sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

SAUDADE DE MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NA RUA AUGUSTO RIBAS Nº 571, EM PONTA GROSSA, PR. Por Francisco Souto Neto.

 

  


 Francisco Souto Neto aos 15 anos, em casa.

 

Comendador Francisco Souto Neto

 

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SAUDADE DE MINHA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

NA RUA AUGUSTO RIBAS Nº 571,

EM PONTA GROSSA, PR.

 

Francisco Souto Neto

Neste tempo de pandemia, há quase um ano em isolamento social, irritado e estressado com nosso maldito governo, tenho estado nostálgico e bastante reflexivo. Vivi três épocas diferentes em P. Grossa, e a mais marcante pelas lembranças da minha família foi aquela em que moramos na Rua Augusto Ribas, entre final de 1955 até aproximadamente 1962. Lamentavelmente os amigos dos meus pais, assim como eles próprios, já se foram (se vivos, teriam hoje mais de 100 anos). Os acontecimentos sociais somados a praticamente tudo o que gravitava ao redor da “jeunesse dorée” da década de 50 caiu no esquecimento. Por isso resolvi rememorar aqui no Facebook um pouco dos tempos mágicos da Rua Augusto Ribas.

 

 

1ª de 16 FOTOS.

Nesta foto, eu entre os 12 e os 13 anos, entrando em casa com minha mãe.


 
2ª de 16 FOTOS.

Numa tarde chuvosa de 1957, Mamãe (de capa escura) e minha irmã Ivone (de capa clara) atravessam a Rua Augusto Ribas em direção à Bombonière da Anastácia, que ficava ao lado do Edifício Ópera (o prédio de 4 andares, 5 com o mezzanino) na esquina com a Rua XV. Tirei esta foto da janela da minha casa.


 
3ª de 16 FOTOS.

Papai numa foto 3x4 de 1958.

 

4ª de 16 FOTOS.

Papai lendo.


 
5ª de 16 FOTOS:

Mamãe na sala de jantar.


6ª de 16 FOTOS.

Meu irmão Olímpio, 10 anos mais velho, dava lindas festas naquela grande sala, às vezes à luz de velas, e minha mãe servia quitutes enquanto os casais dançavam, vigiados pelos olhos atentos do meu pai... Na foto, meu irmão naquela sala, ouvindo um disco de Jane Froman.


 7ª de 16 FOTOS.

Minha irmã Ivone em casa.


 
8ª de 16 FOTOS.

Ivone em casa.

 

9ª de 16 FOTOS.

Eu aos 16 anos, entrando em casa. Naquele tempo, garotos como eu já usavam terno e gravata... com colete. O lindo casarão que aparece ao fundo, do outro lado da rua, pertenceu ao Sr. Antônio Vendrami.


10ª de 16 FOTOS.

Eu no barzinho que tínhamos num canto da sala.


11ª de 16 FOTOS.

Em 1986 estive em Ponta Grossa, e naquela ocasião fui fotografar a casa onde morei, no nº 571 da Rua Augusto Ribas. Por aquele portão acessava-se a escadaria, bem alta, que levava ao 1º andar, onde morávamos. Apesar da altura, tínhamos lá um lindo e grande quintal com jardim, horta, e até um galinheiro ao fundo. Naquele quintal vivia o nosso cachorro Cacique, que dormia numa casa ao lado do galinheiro. A Sweet dormia dentro de casa. As portas na calçada eram da entrada dos nossos vizinhos, a família Pereira Jorge. Depois desta família, mudou-se para ali o casal Jayme Strozzi e nossa velha amiga Lourdes Rocha Strozzi. O pedaço do prédio que aparece à esquerda, pintado de azul pálido, era a Câmara Municipal (e antes dela tinha sido a sede do Clube Thalia).



12ª de 16 FOTOS.

A escada que levava à minha casa, no 1º andar. Após a escadaria, uma passarela conduzia à entrada da sala. Na parte em que a casa ficava mais estreita (que não aparece nestas fotos), havia mais duas portas. Uma, da copa para o quintal. E outra de uma saleta, que ficava entre a cozinha e o quarto e banheiro de empregada, dando mais para o fundo do quintal.


13ª de 16 FOTOS.

Apenas dois anos depois, em 1986, retornei a Ponta Grossa, agora a trabalho (eu era Assessor para Assuntos de Cultura da diretoria do Banestado) e fui rever a "minha" casa... Tristeza, tristeza, ela estava em demolição. A escada encontrava-se assim:


14ª de 16 FOTOS.

Com grande dificuldade subi equilibrando-me sobre os tijolos que escondiam os degraus e fui me despedir da casa amada. Este era o corredor de entrada à casa, vendo-se do outro lado da rua, aquela que pertenceu ao Sr. Vendrami.


15ª de 16 FOTOS.

A casa era muito extensa. Aqui, vê-se à esquerda ainda um pouco da grama do quintal. Para tirar esta foto, fiquei onde estava o quarto de empregada, e atrás de mim o banheiro de empregada. Havia uma saleta entre a cozinha e o quarto de empregada, que usávamos como uma despensa, com armários. O batente da porta, a única estrutura da casa que ainda estava em pé, era de uma das duas portas que levavam ao quintal. Esse batente, isolado e em pé no meio ao caos, não lembra o misterioso monólito do filme “2001 – Uma Odisseia no Espaço”?


16ª de 16 FOTOS (última).

Foto aérea que mostra o telhado da minha casa na Rua Augusto Ribas e o quintal, entre a XV de Novembro (em cuja esquina vê-se o Edifício e Cine-Teatro Ópera) e a Marechal Deodoro (onde era a casa do General e o casarão que é agora Centro Europeu). À esquerda da minha residência, é a casa de Dª Sinhazinha Ribas. Deste ângulo parecem juntas, mas eram separadas por uma distância razoavelmente grande. A construção da esquina à direita, era a Câmara Municipal, que anteriormente tinha sido a sede do Clube Thalia. A casinha no fundo do meu quintal, que assinalei em amarelo, era metade um quarto de despejo, e outra metade a casa do nosso cachorrão Cacique. (P.S.: No quarteirão abaixo da Rua XV está o enorme Cine Ópera. Assinalei ali, em cor laranja, a entrada para a Rádio Central do Paraná, da qual meu pai era diretor. De casa até à Rádio eram apenas uns 100 metros).

 

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Francisco Souto Neto em 2020 (início da pandemia)


Francisco Souto Neto em janeiro de 2021 (10º mês da pandemia)

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