segunda-feira, 1 de maio de 2017

REUNIÃO DA ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR versus EDITORA PRISMAS versus VISCONDE DE SOUTO por Francisco Souto Neto.



Anita Zippin presidindo reunião da Academia de Letras José de Alencar.

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Comendador Francisco Souto Neto

Reunião da Academia de Letras José de Alencar
versus Editora Prismas versus visconde de Souto
Francisco Souto Neto

Embora o Palacete dos Leões – sede da Academia de Letras José de Alencar franqueada por cortesia do BRDE – esteja passando por uma restauração, sua administradora Ana Teresinha Ribeiro Vicente, com a amabilidade que lhe é peculiar, abre as portas do edifício histórico para que nós, acadêmicos, ali continuemos realizando normalmente as nossas sessões mensais.

Na última reunião realizada em 27 de abril sob a presidência de Anita Zippin, compareceram os acadêmicos (em ordem alfabética) Adriano Siqueira, Alberto Silva Gomes, Arioswaldo Trancoso Cruz, Celso Portugal, Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, Hamilton Bonat, João Carlos Cascaes, Noilves Araldi, Rubens Faria Gonçalves e Tânia Rosa Ferreira Cascaes, e os convidados Josane Cavallin, Keetrin Oliveira, Mustafá Ibn Ali Kanso e Valter Cardoso.

Ao contrário das vezes anteriores, quando sempre me refiro inteiramente às reuniões da nossa Academia – ALJA –, desta feita vou apenas exibir algumas fotos do nosso encontro, à guisa de introdução ao verdadeiro tema deste artigo, que envolve a Editora Prismas, representada naquela confraria por Keetrin Oliveira, e também a perspectiva da edição da biografia do visconde de Souto, assunto da abertura da reunião pela presidenta Anita Zippin.

Anita Zippin, Arioswaldo Trancoso Cruz e Hamilton Bonat.

João Carlos Cascaes no quadro “Com a palavra”, falando aos presentes sobre sua experiência de vida.

Alberto Silva Gomes, Dione Mara Souto da Rosa, Adriano Siqueira, Valter Cardoso, Mustafá Ibn Ali Kanso, Keetrin Oliveira, Rubens Faria Gonçalves, Josane Cavallin, Noilves Araldi, Celso Portugal.

Arioswaldo olhando antigo álbum com foto de Tânia Cascaes na coluna de Juril Carnasciali.

Assim será a capa da biografia do visconde de Souto, da autoria dos seus trinetos Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini, a ser publicada pela Editora Prismas, com diagramação e projeto gráfico de Brenner Silva.

Mustafá Ibn Ali Kanso, Keetrin Oliveira, Rubens Faria Gonçalves, Josane Cavallin.

Celso Portugal e o casal Tânia e João Carlos Cascaes.

Noilves Araldi e Francisco Souto Neto.

Hamilton Bonat, Alberto Gomes e Dione Mara Souto da Rosa.

Logo ao início da reunião, a presidenta Anita Zippin propôs duas moções de júbilo. Uma para o escritor e radialista ponta-grossense Aldo Mikaelli que, nas palavras de Zippin, “...está escrevendo o livro Vultos Notáveis de Ponta Grossa, no qual ele vai inserir Arary Souto e Francisco Souto Neto. (...) Todos aqueles que fazem bem à nossa Academia merecem um carinho”. E prossegue: “E a segunda moção de júbilo a Keetrin Oliveira e sua editora, que vieram nos trazer uma luz muito importante para a nossa Academia (...): estão em andamento [as edições de] três livros sem ônus para os escritores. Vocês são os mecenas da cultura. Então Keetrin, você e sua editora recebam nossos parabéns. Um dos livros é do Souto Neto, de quinhentas páginas”.

As palavras acima poderão ser ouvidas no filme feito pelo nosso confrade João Carlos Cascaes, Diretor de Comunicações e Marketing da Academia de Letras:


Os três livros mencionados por Anita Zippin que estão sendo editados pela Prismas, são: Visconde de Souto: Ascensão e “Quebra” no Rio de Janeiro Imperial, de Francisco Souto Neto e Lúcia Helena Souto Martini, A Prosa Gótica de Álvares de Azevedo em Noite na Taverna, de Dione M. S. Rosa, e Naga, da mesma autora.

Breve retrospecto do noticiário sobre a biografia do visconde de Souto

A primeira publicação sobre a biografia do Visconde que eu e minha coautora estávamos escrevendo, partiu da jornalista Elaine C. Bento Prada, no Jornal Centro Cívico de outubro de 2011, que poderá ser lida no seguinte link:


A segunda publicação sobre o mesmo assunto ocorreu quase simultaneamente, e foi feita por José Gil de Almeida no Jornal Água Verde também de outubro de 2011, que está neste link:


Os primeiros jornalistas a divulgar na internet a biografia do Visconde, na qual trabalhávamos, foram Iza Zilli e Aroldo Murá G. Haygert. Esses apoios foram fundamentais para que, nos anos seguintes, pesquisadores nos localizassem como, por exemplo, os Detetives da História, do canal internacional The History Channel (André Guerreiro e Renata Imbriani) que  nos encontraram e divulgaram o “boneco” (“protótipo”) do nosso livro no capítulo “O Elefante sem Identidade” da referida série televisiva, e nos entrevistaram, como poderá ser visto no YouTube:


Outro episódio muito singular envolve a morte de um bebê de apenas três meses. A história é a seguinte: Francisco José Alves Souto, meu bisavô (6º filho do visconde de Souto) casou-se com Maria Luiza de França e Silva e o casal deu ao seu primogênito o nome de Francisco José Alves Souto Filho, que morreu com apenas três meses. Faleceu também Maria Luiza. Agora viúvo, Francisco José Alves Souto contraiu segundas núpcias com Maria da Lapa de Salles Oliveira Souto, e a um dos seus filhos deram o nome de Francisco Souto Júnior (meu avô). Mantiveram o mesmo prenome do primogênito Francisco, mas alteraram o último nome, “Filho”, para “Júnior”. O bebê morto aos três meses (portanto meu tio-avô) foi enterrado no Cemitério Municipal de Petrópolis e lá ficou esquecido. 



O túmulo do bebê “Anjinho de Petrópolis” (Francisco José Alves Souto Filho), morto com apenas três meses, sempre cheio de brinquedos que representam agradecimento por graças ou milagres alcançados. Foto Marco Oddone (Tribuna de Petrópolis).

Seu túmulo continua existindo e ao bebê ali enterrado (hoje apelidado de “Anjinho de Petrópolis”) são atribuídos inúmeros milagres. Quem tiver curiosidade por tal história, consulte a reportagem de Aline Rickly na Tribuna de Petrópolis de 17.11.2013 e veja as fotografias no seguinte link:


A biografia

Eu minha prima Lúcia Helena Souto Martini começamos a pesquisar a vida de nosso trisavô, o visconde de Souto, no ano de 2006. Entre 2007 a 2014 trabalhamos na feitura do livro dia e noite, e fizemos viagens ao Rio de Janeiro, onde viveu nosso biografado no século XIX, para pesquisarmos nas instituições que guardam a memória do Império e para percorremos os locais ligados à história pessoal e ao cotidiano de nosso antepassado. Fomos levados a descobertas surpreendentes sobre aquele homem que foi um dos mais poderosos do Segundo Reinado, mas que caiu no esquecimento da História do Brasil e dos seus próprios descendentes.

Em 2014 contratamos a ONG Unicultura – Soluções Culturais, porque fomos informados de que a mesma providenciaria o enquadramento do livro na Lei Rouanet, obteria patrocínio e editaria a obra. De fato obteve o enquadramento, conforme se vê na foto abaixo, publicado no Diário Oficial da União nº 144, quarta-feira, 30 de julho de 2014:

Diário Oficial da União nº 144, quarta-feira, 30 de julho de 2014, enquadrando a biografia do Visconde de Souto aos benefícios da Lei Rounaet.

Mas depois disso, no tocante à captação de patrocínio, o fracasso foi total. Perdemos tempo e dinheiro com a referida ONG. Essa Organização foi muito lenta, tinha propostas (idênticas à nossa) de um número impressionante de autores e, a meu ver, contemplou com os benefícios da Lei de Incentivo à Cultura apenas a seus amigos mais chegados. Ficamos a ver navios, como dizem os portugueses.

A maior vantagem da Lei Rouanet seria a de que dezenas de exemplares poderiam ser enviados às principais bibliotecas do Brasil e de alguns países que tivessem interesse em recebê-los, a muitas Universidades brasileiras e do Exterior, tudo sem despesas para os autores. Infelizmente essa possibilidade esvaiu-se. Daí levamos nosso livro a algumas das principais editoras do país, começando com a Companhia das Letras. Tudo inútil, pois as mesmas não se interessam por autores não conhecidos, ou pouco conhecidos. Decepção, frustração, ausência de perspectivas.

Editora Prismas

Foi então que a escritora e advogada – minha sobrinha – Dione Mara Souto da Rosa descobriu, através de outro escritor – Adriano Siqueira – a existência de duas editoras associadas, Prismas e Fragmentos, aqui mesmo em Curitiba, que se mostraram abertas a novos talentos e com condições favoráveis a ambas as partes. Minha sobrinha fez contato também com o professor Mustafá Ibn Ali Kanso, diretor da Oficina Literária André Carneiro, que tem ligação com as duas citadas editoras e que vem descobrindo novos talentos literários e estreitando os laços entre as instituições que representam a intelectualidade paranaense. Apresentados por Dione Mara à Academia de Letras José de Alencar, esses mecenas editores e o Professor Kanso estenderam as mãos aos acadêmicos, e estes encontraram neles o endereço seguro para a realização dos seus projetos literários.

Como prova disso, a Editora Prismas interessou-se pela biografia do visconde de Souto e está neste momento ultimando a diagramação da obra. O estudo para sua capa, quarta capa (contracapa), lombada e uma orelha já estão prontos e aprovados, como se vê abaixo.


Estudo para a capa de Visconde de Souto: ascensão e “quebra” no Rio de Janeiro Imperial.

São editoras como esta, decididas e com alto quilate empresarial, que estão estimulando e impulsionando os intelectuais à criatividade. Neste burburinho de novidades, parece-me estarmos presenciando um capítulo inteiramente novo da História das Letras no Estado do Paraná.


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6 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo, Sr. Francisco. Muito me emociona ser citada de maneira alegre pelo meu trabalho e o de minha equipe. Somos muito gratos.

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    1. Querida confreira Keetrin, quem agradece somos nós, acadêmicos, pelo maravilhoso trabalho que suas editoras desenvolvem.

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  2. Fico imensamente honrado em poder testemunhar a realização desse sonho que é a publicação dessa magnífica obra que, a meu ver, é uma valiosíssima contribuição ao acervo cultural e histórico de nosso estado e de nosso país. Parabéns a todos. Essa é mais uma prova de que a tenacidade aliada ao talento são componentes imprescindíveis da vitória.

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    1. Obrigado, caro Mustafá. Você é um poderoso estímulo em prol da cultura. Grande abraço.

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  3. que bela matéria jornalística. também nossa Academia de Letras José de Alencar se engalana ao ver sua história atual escrita e descrita por este colega, nosso Diretor 2° Secretário. saudações acadêmicas. Anita Zippin-Presidente da ALJA

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    1. Querida amiga e presidenta Anita Zippin, grato pelas palavras de estímulo. Levo comigo a nossa querida ALJA por onde quer que eu vá. Um abraço.

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