Iza Zilli
Comendador Francisco Souto Neto
A casa e os jardins de
Claude Monet
Francisco Souto Neto
É muito fácil visitar a mansão e os
exuberantes jardins de Claude Monet, sempre citado como um dos mais belos do
mundo. Primeiro deve-se ir à cidade de Vernon, às margens do Sena, que pode ser
alcançada a bordo dos maravilhosos trens franceses. A antiga propriedade de
Monet situa-se a uns quatro quilômetros da estação ferroviária de Vernon, numa
vila chamada Giverny. Faz-se o percurso de táxi por preço relativamente barato.
Perfil de
Monet
O pintor francês Claude Monet nasceu
em Paris em 1840 e faleceu em Giverny em 1926, aos 86 anos. Ele e alguns outros
artistas franceses estabeleceram as bases do impressionismo com uma pintura
revolucionária para os padrões da época: nas suas pinceladas, eles passaram a
ater-se mais à qualidade da atmosfera e da luz, e menos na precisão da imagem
propriamente dita. Monet, mais particularmente, dedicou-se a temas fluídos e
tratou em cores vibrantes e claras os efeitos luminosos do ar e da água. As
flores do seu jardim foram pintadas como que em explosões de cores e luzes.
FOTO 1 – Monet no lago do seu
jardim, com ponte japonesa ao fundo, às suas costas.
FOTO 2 – Monet vindo pelo
jardim, de frente para a entrada da sua casa.
FOTO 3 – Monet pintando os
lírios d’água.
Em 1883 Monet já estava instalado na
sua propriedade de Giverny, onde plantou o extraordinário jardim em frente à
casa, hoje transformada em museu.
Monet teve a sorte de conhecer o
sucesso em vida. Costumava receber convidados para o jantar, e
mostrava-se exigente, comme il faût, em termos de horários e de
disciplina: assim, mesmo aos mais íntimos amigos não dispensava pontualidade à
mesa.
FOTO 4 - Pintura de Monet.
FOTO 5 - Pintura de Monet.
FOTO 6 - Pintura de Monet.
A casa
A gigantesca fachada da casa, com 40
metros de extensão, pintada em cor-de-rosa e com janelas verdes, é coberta de
roseiras e trepadeiras.
FOTO 7 – Francisco Souto Neto em
frente à mansão de Claude Monet.
Começa-se a visita pelo atelier do
artista, que exibe apenas cópias dos quadros, cujos originais estão nos mais
importantes museus do mundo. Numa das paredes, observei uma foto de Monet no Le
Mont-Saint-Michel, exatamente no lugar onde eu estivera alguns dias antes.
FOTO 8 – O estúdio onde Monet
pintava.
FOTO 9 – Outro ângulo do
estúdio.
As cores do interior da residência
são também aquelas que Monet apreciava. Os cômodos que mais me impressionaram
foram a sala de jantar com paredes e móveis amarelos, e cozinha com azulejos azuis e as panelas de
cobre, com brilho impecável, penduradas em ganchos nos armários das paredes.
FOTO 12 – A cozinha azul.
FOTO 13 – Outro ângulo da cozinha.
FOTO 14 – O quarto de Monet.
No andar superior estão os quartos e
banheiros. Retornando às salas do andar térreo e ao estúdio do artista, pus-me
a imaginar as maiores celebridades daquela época e os mais importantes artistas
plásticos do mundo ali reunidos.
Os jardins
Se a casa encanta, que dizer dos jardins?
Eles estendem-se por uns 200 metros abaixo e são de uma exuberância
inenarrável. Atualmente estão divididos ao meio por uma estrada, mas a
comunicação por ambas as partes faz-se através de um túnel particular para
pedestres, que passa sob referida via pública.
A parte de baixo do jardim tem um
lago coalhado de lírios d’água, sobre o qual está a ponte chinesa de cor verde
que Monet imortalizou em tantas telas. Ali também passa um riacho com não mais
do que dois metros de largura, mas aparentemente profundo e – o que é
impressionante – de águas muito rápidas. Tal riacho corre ao nível dos jardins,
sem barrancos laterais, o que ajuda a criar a sensação de um lugar mágico, sem
paralelo no mundo.
FOTO 15 – A ponte japonesa verde
sobre o lago cheio de lírios d’água.
FOTO 16 – Francisco Souto Neto
entre turistas na ponte verde.
FOTO 17 – Os jardins de Monet.
FOTO 18 – Os jardins de Monet.
FOTO 19 – Os jardins de Monet.
FOTO 20 – Os jardins de Monet.
FOTO 21 – Os jardins de Monet.
FOTO 22 – Os jardins de Monet.
As flores são extraordinariamente
variadas e nascem de todos os lados, ora formando alamedas, ora fechando-se em
caramanchões, ora espalhando-se pelos caminhos e misturando-se numa amálgama
quase irreal de tipos e cores.
Após algumas horas de verdadeiro
encantamento, deixei a antiga propriedade de Claude Monet com a certeza de ter
conhecido um dos lugares mais belos do planeta.
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Filme nos jardins de Claude Monet feito por
Francisco Souto Neto e
Rubens Faria Gonçalves:
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