segunda-feira, 21 de setembro de 2015

HÉLIO SEREJO, VASCO TABORDA RIBAS, ARARY SOUTO e FARIS MICHAELE num mesmo Balaio de Bugre.

HÉLIO SEREJO, VASCO TABORDA RIBAS,
ARARY SOUTO e FARIS MICHAELE
num mesmo Balaio de Bugre

Francisco Souto Neto

   Continuo descobrindo o prazer de escrever sem o compromisso de publicar em jornal ou revista. Este é o meu terceiro texto – não necessariamente crônica – escrito para este blog, de modo a deixa-lo pairando no ciberspace. “Na nuvem”, como dizem os internautas.

   Nos últimos quatro meses tenho me ocupado em colocar no YouTube antigos filmes que foram por mim rodados no celuloide do Super8 mudo na década de 70, transpostos para o VHS e sonorizados nos anos 80, e transformados em DVD na década de 90. Agora em 2015, passados mais de 40 anos, estou editando-os para o YouTube. Foi assim que me deparei com um filme que fiz em 1976 na ocasião em que viajei de carro com meu cunhado e minha irmã a Presidente Venceslau, cidade da Alta Sorocabana paulista, onde nasci em 1943. Naquele ano do meu nascimento, meu pai Arary Souto era o tesoureiro da prefeitura municipal e em 1946 ou 1947 ele foi, durante curto período, prefeito do município, em condições excepcionais, um cargo público, como ele próprio justificava, imposto pela guerra, e depois pelo pós-guerra.

   A ideia de viajarmos a Presidente Venceslau em 1976, quando morávamos em Ponta Grossa, PR, foi movida pela nostalgia do lugar onde residimos por alguns anos. Minha irmã Ivone, cinco anos mais velha que eu, nascera em Santos em 1938. Meu irmão Olímpio, que não participou daquele evento e que em 1976 residia em Nova York, nascera no ano de 1934.

   Quando minha família mudou-se para Ponta Grossa, deixou amigos e também parentes em Presidente Venceslau. Dentre os parentes, meu Tio Hélio Serejo. Ele era, na verdade, casado com uma prima de minha mãe, Henriqueta. O casal teve duas filhas, Nahara Tatiana Serejo de Carvalho e Helita Barbosa Serejo Fontão. Naquele tempo, contudo, era comum que as crianças tratassem os primos mais velhos, já casados e da geração anterior, por “tios”. Assim, o casal era para mim e meus irmãos, “Tio Hélio” e “Tia Queta”.

   Na década de 50, Hélio Serejo, já respeitado e conhecido escritor, deu início a uma grande campanha em prol da construção de uma ponte sobre o Rio Paraná, ligando Presidente Epitácio, em São Paulo, a Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul). Moveu “céus e terras” e conseguiu importantes apoios para que sua idealização se transformasse em realidade... e o conseguiu. Arary Souto, meu pai, jornalista e intelectual, ajudou o primo a conscientizar as autoridades da necessidade da ponte rodoviária ligando dois Estados da Federação. Entre São Paulo e Mato Grosso havia então uma única ponte sobre o Rio Paraná, mas que era ferroviária.

   O filme em Super8 que realizei em 1976 mostra o nosso encontro em Presidente Venceslau com o médico pelas mãos de quem eu nasci, Dr. Mendes, que foi o obstetra da minha mãe. Eu, minha irmã e seu marido fomos até à Ponte Maurício Joppert, então a mais extensa do Brasil com seus mais de dois quilômetros e meio. Lembrávamo-nos de que na década de 50, antes de ser inaugurada, Arary Souto enviou correspondência ao presidente Jânio Quadros, sugerindo que aquela ponte levasse o nome do seu idealizador, Hélio Serejo. A resposta do presidente, formal, foi de que "considerando todos os argumentos apresentados, seria de mérito homenagear o idealizador da grande obra". Entretanto, e infelizmente, ao ser inaugurada levou o nome de Ponte Maurício Joppert, que homenageava um engenheiro e político do Rio Janeiro, que foi ministro dos Transportes na década de 1940 e nada teve a ver com a obra que interligou os Estados. Passaram-se décadas. Somente em 10 de abril de 2014, através da Lei nº 12.610, a obra passou a ser denominada "Ponte Hélio Serejo".

   Depois de vermos a então Ponte Maurício Joppert, retornamos a Presidente Venceslau e visitamos Hélio Serejo.

   O filme dessa nossa viagem a Presidente Venceslau tem menos de 5 minutos de duração e poderá ser visto no seguinte link:


   Abaixo, algumas das fotografias tiradas durante a viagem a Presidente Venceslau e a Presidente Epitácio:


FOTO 1 – Ivone Souto da Rosa e Dulci Col da Rosa (irmã e cunhado de Francisco Souto Neto) em Porto Epitácio, onde foram ver a Ponte Maurício Joppert.
FOTO 2 – Ponte Maurício Joppert, então a maior do Brasil, ligando os Estados de São Paulo e Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul). O nome da ponte foi alterado e hoje chama-se, com justiça, Ponte Hélio Serejo.
FOTO 3 – Em Presidente Venceslau, Francisco Souto Neto com o médico obstetra de sua mãe, Dr. Mendes, pelas mãos de quem nasceu.
FOTO 4 – A casa onde nasceu Francisco Souto Neto cujas janelas em 1943 eram adornadas com floreiras contendo gerânios vermelhos.
FOTO 5 – Francisco Souto Neto conversando com seu tio Hélio Serejo, no escritório do escritor.
FOTO 6 – Hélio Serejo entre Francisco Souto Neto e Ivone Souto da Rosa.

   Um dos livros do escritor Hélio Serejo que aparecem no filme acima chama-se “Balaio de Bugre”. Após rememorar esse detalhe no filme, procurei em minha biblioteca e encontrei um exemplar do referido livro, cuja capa é esta:



   A primeira página do livro reservava-me a surpresa de descobrir que Hélio Serejo era membro da Academia de Letras José de Alencar, do Paraná (entidade da qual sou membro e a cuja diretoria pertenço, onde ocupo a cadeira patronímica nº 26). conforme se lê na página 1 de “Balaio de Bugre”, abaixo:



   Outra surpresa: meu pai, Arary Souto, que tinha ligações com o Centro de Letras do Paraná, apresentou Hélio Serejo ao renomado escritor paranaense Vasco Taborda Ribas, e estes tornaram-se grandes amigos. Foi Taborda quem escreveu nas orelhas do livro, à guisa de prefácio, o que pode ser lido na ilustração abaixo, texto que assinou como “Seu irmão Vasco, da Terra dos Pinheirais”:



   Das páginas 43 a 45 lê-se um belo elogio de Arary Souto ao escritor e também indianista Hélio Serejo, no qual relata como foi que em 1952 apresentou seu primo (que então residia na capital de São Paulo) ao intelectual ponta-grossense Prof. Faris Antônio Salomão Michaele. Após esse texto, Arary Souto transcreve uma carta de cativante brilho, destinada no referido ano de 1952, por Serejo a Michaele, conforme se lê abaixo.




   Arary Souto faleceu em 1963 e não chegou a ver publicado o seu elogio a Hélio Serejo, porque o livro foi editado somente em 1964. Mas então, no mesmo livro, Serejo publicou o sensível texto “Palavras a um morto querido (1)”, no qual se refere à memória de Arary de maneira tocante, conforme se lê nas páginas 17 e 18, abaixo:



   Ao encerrar, rendo homenagem a esses brilhantes intelectuais que ajudaram a escrever com letras douradas a História da Cultura Paranaense: Hélio Serejo, Vasco Taborda Ribas, Faris Michaele e meu extremoso pai Arary Souto, todos mortos mas que continuam vivendo nas letras que compuseram em textos magníficos e que engrandecem o Brasil.

Francisco Souto Neto
Curitiba, 20 de setembro de 2015.

-o-

(1) – Hélio Serejo homenageia a memória de Arary Souto:

PALAVRAS A UM MORTO QUERIDO

Após lutar, desesperadamente, contra insidiosa moléstia, sem jamais se acovardar ou recriminar a sorte madrasta – numa agonia que arrancou lágrimas de muitos – tombou para todo o sempre Arary Souto, o bom, o simples, o modelo de pai, o exemplar chefe de família e o amigo incondicional de todas as horas.

Na “terra dos pinheirais”, sob o vento gélido de Ponta Grossa, não resistindo à crise aguda do mal aterrador, ele vergou o corpo e cerrou, lentamente, os olhos para a eternidade.
Desapareceu um justo.

Caiu um monumento de sinceridade.

Arary Souto era, em verdade, um apaixonado pela vida: como jornalista, sensível e brilhante, vivia no silêncio, a vida tumultuosa das grandes metrópoles, cantando com maestria seus dolorosos e terrificantes dramas sociais; como cidadão de alma intensamente cabocla – pura e nobre – amava as coisas belas do sertão, em rutilâncias de amor e ternura; emoção e ternura que a pena fraca não pode alinhavar nem traduzir.

Seu coração, grande e raro, tinha – na linguagem da lenda íncola – maior fulgurância que a Lua-Cheia, andeja e inquieta, possuindo ainda, em dose elevada, a fragrância da floração sertaneja, quando os campos ondulados se abrem e se engalanam para receber o “bom dia” magnetizador da primavera, que é o cântico emoldurado de perfume e saudade.

Tombou um justo. Desapareceu um amigo. Um amigo e um companheiro no entendimento máximo do vocábulo. Morreu um, que foi pedestal grandioso e belo de bondade e amor fraternal; um, que jamais cultivou ódio no coração, por haver sido gigante, por ter vivido a sua vida acima das mesquinharias e das indignidades terrenas.

Quem com tanta nobreza viveu e lutou pelos seus e pelo próximo, merece as bênçãos e as graças do Alto.

Preces a ele! Paz a sua alma!

Arary Souto é merecedor da oração que engrandece e purifica o coração do cristão.

Viveu pregando o amor comum.

Destilou, sempre, clarinadas de civismo em sua caminhada de triunfos e glórias.

Foi, sim, um justo na vida.

Oremos por ele!
Hélio Serejo
1963


-o-

domingo, 13 de setembro de 2015

Eu, um Comendador?!


 Eu, um Comendador?!

Francisco Souto Neto

Eu, um Comendador?! É coisa que nunca me passou pela cabeça, nem por sonho. Eu nem sequer imaginaria que isto fosse possível. Mas há alguns dias fui surpreendido com a notícia de que receberia o título de Comendador outorgado pela Associação Brasileira de Liderança (São Paulo), seguido do também inesperado “Prêmio Excelência e Qualidade Brasil 2015”, que me qualifica como “destaque cultural entre os melhores do Brasil”. É claro que não me considero entre os melhores do Brasil em absolutamente nada, exceto na honestidade... e talvez no meu respeito à Língua Portuguesa (sic).
 
Procurei saber o motivo da honraria e se alguém teria me indicado à Associação. Entrei em contato com a instituição, que me informou que no meu caso o meu nome certamente chegou aos seus auditores através da web, onde pesquisam. Segundo eles, “isto somado aos resultados obtidos do cruzamento de informações através de participações em feiras nacionais e internacionais, congressos, desenvolvimento de produtos inovadores, tradição no mercado nacional, atividades de importação e exportação, Associações Comerciais, Industriais, de Serviços, Informações Empresariais, por prêmios recebidos, pela Responsabilidade Social, e Certificados de Qualidade adquiridos no decorrer de sua existência e muitas outras diretrizes, aplicadas a nossa metodologia de escolha e nos informa índices de excelência em áreas diferenciadas e múltiplas, dando aos auditores por fim a ferramenta de busca de informações para o Credenciamento pessoal de cada convidado”.

Parece-me que levaram em consideração tudo o que se publicou sobre meu trabalho como assessor da diretoria e presidência do Banestado até aposentar-me, também o prêmio “Troféu Imprensa do Brasil 2015” que recebi no ano passado, ainda o fato de eu ser membro da Academia de Letras José de Alencar, somados ao sucesso da biografia do Visconde de Souto (que embora ainda inédita, já recebeu a atenção do The History Channel que em 2013 entrevistou a mim e minha prima Lúcia Helena Souto Martini no programa “Detetives da História(1), teve trechos publicados na Revista do IHGB (2) e na Revista do IHGRJ (3), que estão na internet, e que deverá ser publicada pela Editora Trento, de Ricardo Trento, presidente da Unicultura – Soluções Culturais. Mas o motivo principal da honraria provavelmente deve-se aos meus mais de 3.000 textos publicados em jornais e revistas, minha longeva coluna “Expressão & Arte” no Diário I&C (a convite do diretor Aroldo Murá), a extensa colaboração nos jornais de José Gil de Almeida (Jornal Água Verde, Folha do Batel e Jornal Centro Cívico) e em revistas (a mais duradoura foi “Mary in Foco”, dirigida por Mary Schaffer e Marco Antonio Felipak) e também ao meu histórico profissional registrado pela imprensa.

Mesmo e sinceramente sem me considerar “um dos melhores do Brasil”, é óbvio que gostei que os auditores tenham chegado ao meu nome, e feliz com a homenagem. Por impossibilidade de comparecer à solenidade em São Paulo, o pessoal da Associação me informou que minha ausência não causaria qualquer problema, pois é comum alguns homenageados não poderem comparecer devido a obstáculos da idade, ou por doença, ou por dificuldade de locomoção, ou por força maior, e que em tais casos a comenda é encaminhada por correio. E foi exatamente assim que aconteceu (4).

Após alguns dias meditando sobre o evento, finalmente cheguei à conclusão de que, de fato, colhemos o que plantamos. Nesta fase da vida, que tem sido mais de recolhimento e de reflexão, elevo meu pensamento a meus saudosos e maravilhosos pais que me legaram os mais preciosos tesouros da vida: a boa educação, a honestidade... e a capacidade do domínio das letras e das palavras, que é a amálgama que nos constrói como jornalistas e como pessoas. E assim a vida vai transcorrendo plena e generosamente venturosa.
Francisco Souto Neto
Curitiba, 12 de setembro de 2015


NOTAS À CRÔNICA:


(1) - Um resumo do programa “Detetives da História”, do “The History Channel”, no episódio “O elefante sem identidade”, no qual o detetive investiga a história de um elefante taxidermizado do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro, descobre a existência do Visconde de Souto e localiza seus trinetos Lúcia Helena Souto Martini e Francisco Souto Neto. Neste site:


(2) - A Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro nº 455, abr./jun. 2012, publicou “Visconde de Souto, Fazenda Bela Vista e Capela Mayrink”. Neste site:


(3) - A Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro nº 18, de 2011, publicou “A Chácara do Souto e seu Jardim Zoológico”. Neste site:


(4) - Fotografias com detalhes da comenda de Francisco Souto Neto, autor deste blog:




O comendador Francisco Souto Neto com seu chihuahua Paco Ramirez

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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Introdução ao blog "Crônicas não publicadas em jornais e revistas"

INTRODUÇÃO AO BLOG
“CRÔNICAS E ARTIGOS NÃO PUBLICADOS EM JORNAIS E REVISTAS”

Francisco Souto Neto

      Este ano de 2015 será o marco de uma mudança radical em meu histórico jornalístico, pois estou iniciando hoje este blog que se chamará “Crônicas e artigos não publicados”. Entenda-se: não publicadas em jornais ou revistas, e sim no abstrato da web.
 
   A imprensa, desde que me tornei jornalista, tinha apenas três variantes de manifestações que se limitavam a estes adjetivos: escrita, falada e televisionada. Hoje há uma quarta versão para imprensa: a digital, de certo modo abstrata, que se encontra apenas na internet e que é alcançada unicamente através de computadores.

     Os jornalistas mais tradicionais, entretanto, consideravam que apenas aquilo que se publicava em jornais e revistas representava a imprensa autêntica, porque a falada e a televisionada seriam nada mais do que palavras ao vento. Mesmo quando já era possível gravar-se em fita algo do que se dissesse no rádio, não era comum gravarem-se programas radiofônicos inteiros. Na década de 40, aquilo que se falava e se via na televisão perdia-se no ar e na memória, pois o VHS ainda não fora inventado. Basta observar que do dia em que foi inaugurada a televisão no Brasil, 18 de setembro de 1950, não há imagens das solenidades, exceto um fragmento de filme mudo em celuloide, de apenas 24 segundos (1), que mostra nada mais do que Assis Chateaubriand discursando (obviamente sem som) ao lado de Homero Silva (2), que foi o apresentador do primeiro programa da televisão brasileira. São somente 24 segundos de imagens tremidas, feitas por algum anônimo herói da preservação da memória, que filmou com câmera portátil – coisa raríssima – o nascimento da tevê no Brasil.

     Como jornalista, eu escrevo e publico desde o fim da década de 50. Até ao ano passado, 2014, foram mais de 3.000 textos da minha autoria publicados em jornais e revistas, que agora estão quase todos transcritos em cinco blogs temáticos (3) que tenho na internet. Até há pouco tempo era-me impensável a possibilidade escrever algum texto diretamente na web, sem antes tê-lo publicado em jornal ou revista. Entretanto o mundo e as comunicações mudaram completamente. O poder da internet me veio há cerca de dez anos, nas palavras da querida amiga Iza Zilli, respeitada jornalista e colunista em Curitiba. Disse-me ela: “Hoje as pessoas estão preferindo que eu publique as notícias na internet do que no jornal”. De fato, o leitor que compra o jornal lê a notícia, ou a crônica, ou a coluna social, naquele mesmo dia. No dia seguinte o exemplar vai para o lixo, e morre o assunto de que tratava. Porém se a mesma notícia for veiculada na internet, repercutirá ad aeternum no Brasil inteiro, em todos os continentes e até nos cafundós do mundo. A coluna Expressão & Arte (4) que mantive durante mais de dez anos num jornal, era lida (quando lida) no dia da sua publicação por apenas um restrito número de interessados. Agora todas as minhas referidas colunas transcritas na internet – embora enfocando fatos antigos das décadas de 80 e 90 – somam dezenas de milhares de acessos de pesquisadores ou de simples curiosos espalhados por centenas de países...

     Enfim, ao começar este blog, dou início também a uma novidade absoluta na minha vida: colocar textos na internet sem tê-los antes publicado em jornais ou revistas, por isso o título “Crônicas e artigos não publicados”. E faço isto com a novidade de não estar limitado a um número de caracteres que caibam em determinado espaço do jornal ou da revista, e com a liberdade de fazê-lo como e quando desejar. Bem a propósito, este início ocorre no dia 10 de setembro, data da falência do meu trisavô o banqueiro Visconde de Souto (5), ocorrida em 1864, há exatos 151 anos.

     Esta primeira página do blog é, portanto, a introdução a meus textos não publicados preliminarmente em jornais e revistas. É este o meu primeiro passo em direção ao virtual do mundo cibernético.

Francisco Souto Neto (6)