sábado, 22 de janeiro de 2022

O AVANÇO DA COVID-19 AO INÍCIO DE 2022, por Francisco Souto Neto.

 

 

Em janeiro de 2022, o aumento vertiginoso das contaminações pela Covid-19.


Comendador Francisco Souto Neto

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O AVANÇO DA COVID-19 AO INÍCIO DE 2022

por  Francisco Souto Neto

 

Há quase dois meses, em 25 de novembro do ano passado, os índices de contaminações pela Covid-19 estavam auspiciosamente baixos. A pandemia aparentava estar chegando ao fim. Mas dois dias antes, em 23 de novembro, a OMS havia feito um comunicado ao mundo de que uma nova cepa do coronavírus tinha surgido na África do Sul e que proliferava rapidamente já em seis países ao sul da África. Previ, obviamernte, que o Brasil poderia sofrer um novo “boom” de contaminações. Escrevi o seguinte:

No entanto, a pandemia ainda não terminou. As reuniões de Natal e de réveillon, bem como as programadas festividades do carnaval de 2022, poderão abrir caminho para que a doença venha a recrudescer.  

Como não bastasse, antes de ontem a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou o mundo do surgimento de uma nova variante do coronavírus na África do Sul, batizada de Ômicron. Até agora eram conhecidas as variantes Alfa, Beta, Gama e Delta. A Ômicron já está em rapidíssima proliferação em seis países do sul do continente africano”.

O artigo completo poderá ser lido neste link:

http://fsoutone.blogspot.com/2021/11/em-25-de-novembro-de-2021-ameaca-da.html

Até ao fim de dezembro os índices de contaminações e mortes continuavam a cair. Mas neste mês de janeiro ainda nem terminado, as contaminações pela variante Ômicron surgiram e aumentaram vertiginosamente. Em menos de um mês a doença alcança um nível muitíssimo mais alto do que foi o seu ápice no primeiro semestre de 2021.

As aglomerações nas praias brasileiras no natal e no réveillon foram mostradas nos jornais televisivos por sorridentes repórteres. “Que  beleza” para eles e para as pessoas ignorantes que agiram como se não existisse pandemia, como se esta já tivesse acabado. Para mim, “que bizarro”! E o resultado aí está: o Paraná coloca-se agora como o 2° pior estado brasileiro em contaminações (o 1º lugar, que é um verdadeiro flagelo, está com Minas Gerais).

As fotos abaixo mostram o estágio o estágio da contaminação pela Covid-19 no Paraná e no Brasil:

No "Boa Noite PR" (RPC), a vertiginosa evolução da média de casos nos últimos 30 dias.


Ocupação de leitos hospitalares subindo diariamente no Paraná.


        Assustadora evolução da média móvel de infecções no país pela Covid-19

Índices mais altos da história da pandemia no Brasil, e ainda subindo...

Total de casos e de mortes em ascensão.


Média de mortes subindo mais de 100% por dia.


   Média de mortes subindo mais de 100% por dia.


 O Brasil e a pandemia.


 A vacinação no Brasil no dia 21.1.2022.


 A vacinação no Brasil no dia 21.1.2022.


 A vacinação nos Estados. 

Mas o que esperar daqueles que teriam a obrigação de dar o bom exemplo no combate à pandemia? O pior e o mais repugnante exemplo vem sempre de cima. O presidente do Brasil, refletido no Ministério da Saúde, tentou de todos os modos possíveis para atrasar e evitar a vacinação infantil no país. Na véspera do Natal, declarou que não havia nenhuma pressa na vacinação infantil. 

https://www.youtube.com/watch?v=NE505b_ETOo

Um dos mais revoltantes exemplos do contínuo negacionismo do presidente da República e seu governo à ciência, foi vê-lo pegar uma criança no colo e retirar a máscara que o menino usava:

https://www.youtube.com/watch?v=x4mhp4Sw1O8

A culpa pelo gigantesco salto da pandemia no Brasil neste primeiro mês de 2022 não cabe apenas a Bolsonaro e ao Ministério da Saúde. Cabe principalmente à falta de educação do povo que não compreende que a Ciência é soberana no que diz respeito à saúde. Mas ainda muito pior são aqueles que, aparentemente muito bem educados, continuam a apoiar os desmandos e os crimes que têm sido perpetrados contra os brasileiros. Maledict sint.

Foi-se a minha vontade de vaticinar. Não quero mais pensar no futuro. Nem precisaria, pois tudo tem sido tão previsível... E agora, após dois anos de isolamento e de cuidados fundamentais à preservação da saúde, tenho estado meio apático, imerso em um tanto de desânimo. Então, para me animar um pouco, penso que já transcorreram três anos e 22 dias da grande decepção. Agora faltam apenas onze meses e oito dias.

Há luz no fim do túnel. 

Capa da revista ISTOÉ desta semana (19/JAN 2022).


https://www.youtube.com/watch?v=F_Z1dDpYmEs&t=12s


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