terça-feira, 17 de novembro de 2020

EM NOVEMBRO DE 2020, CURITIBA E O PARANÁ EM ALTA NOS CONTÁGIOS PELA COVID 19 por Francisco Souto Neto.

Foto tirada da tela do televisor em 15.11.2020:  covid-19 em alta. 

 
Comendador Francisco Souto Neto 

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EM NOVEMBRO DE 2020, CURITIBA E O PARANÁ EM ALTA NOS CONTÁGIOS PELA COVID 19

 

Francisco Souto Neto

 

Comecei a escrever este texto hoje, 16 de novembro de 2020, dia seguinte às eleições para prefeitos e vereadores em todo o país.

Ontem o Jornal Nacional divulgou os assustadores índices do aumento em Curitiba e no Paraná dos contágios pela covid 19. Nos Estados Unidos e em alguns países europeus ocorre o que chamam de “segunda onda” da pandemia, o mesmo que, lamentavelmente, começa a acontecer também entre nós.

A bem da verdade, o brasileiro médio não está dando a importância que a pandemia requer. No mundo todo os índices não param de crescer e a situação é cada vez mais preocupante.


Acho estranho que tantas pessoas estejam politizando a pandemia. Os bolsonarianos têm dito seguidamente nas redes sociais que o presidente da República não tem culpa pelo avanço do coronavírus, porque, segundo eles, cuidar-se é responsabilidade de cada um e que isto nada tem a ver com Bolsonaro. Mas a realidade é que o presidente, desde o começo do flagelo, minimizou o poder do coronavírus, dizendo no princípio que isto não passava de uma “gripezinha”, que o uso de máscara era para “os fracos” e estimulou seus seguidores a sair às ruas sem máscara, ignorando o isolamento social. Ele próprio há meses é visto sem máscara nas suas incursões pelas ruas, abraçando admiradores – muitos sem máscara – e tirando “selfies” com as vítimas do descuido. Não bastou que fosse acometido pela covid-19, pois tendo tido a sorte de curar-se, continuou no seu habitual mau exemplo. Há duas semanas ele declarou que o Brasil é um país de maricas, referindo-se àqueles que têm medo do contágio. Em julho Bolsonaro chegou ao absurdo de vetar lei sobre obrigatoriedade de uso de máscaras aprovada pelo Congresso Nacional que determinava que o uso obrigatório em locais fechados onde há reunião de pessoas, como estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos e locais de ensino.

Tirei esta foto da tela do meu televisor no dia 15, antes de ontem. Nos dois últimos dias o salto atingiu um nível ainda muito mais alto de contaminações.

Detalhe da foto anterior.

Foto também do dia 15, antes de ontem.

Detalhe da foto anterior.

 E assim todos os que são fanatizados pelo tal “mito” – que de "forças da natureza" nada tem – e extremistas, seguem o péssimo exemplo do presidente e influenciam negativamente familiares e amigos. Portanto, declarar que o presidente “nada tem a ver” com o aumento das contaminações verificado nos últimos dias, é um atestado de ignorância aos preceitos mais básicos da profilaxia.


Antes de ontem este era o salto do Paraná em contaminações. Hoje, 17 de novembro, apenas dois dias após o índice acima, houve um salto ainda maior, de mais 40% de contaminações. Isto significa que lamentavelmente estamos entrando em um período muito mais crítico do que todos os anteriores.  Todo cuidado é pouco.

O Brasil tem 5.864.943 casos e 165.858 mortes por coronavírus hoje confirmados. No mundo já são 54.678.159 casos registrados e 1.321.403 mortos. Esses dados que englobam todos os países do planeta são atualizados de hora em hora neste link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Predefini%C3%A7%C3%A3o:Dados_da_pandemia_de_COVID-19

Os dez piores países em contaminação de pessoas pela covid-19 são neste momento os seguintes: Estados Unidos, Índia, Brasil, França, Rússia, Espanha, Argentina, Reino Unido, Colômbia e Itália.

Felizmente nos Estados Unidos Donald Trump foi derrotado em sua tentativa de reeleição, um presidente abjeto e ridículo avesso à própria democracia, aos direitos individuais, ao respeito às minorias, à cultura e até mesmo à ciência... um exemplo que foi seguido e ampliado pelo presidente brasileiro.

Em julho Bolsonaro chegou ao absurdo de vetar lei sobre obrigatoriedade de uso de máscaras aprovada pelo Congresso Nacional que determinava o uso obrigatório em locais fechados onde há reunião de pessoas como estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos e locais de ensino.


O fato é que o Bolsonaro é um entrave até mesmo no tocante nos episódios que temos presenciado, que envolvem as tão esperadas vacinas contra a peste. Por questões políticas, esse homem opôs-se à vacina chinesa, uma dentre várias outras que estão em avançado estágio de testes e que já está sendo produzida no Brasil. Não vale a pena estender-me sobre esses fatos que estão todos registrados na internet e são de sobejo conhecidos pelas pessoas bem informadas. Isso faz-me acreditar que no futuro esse homem poderá vir a ser julgado por um tribunal internacional. Abjeto, ignorante, incompetente. Mentalidade medieva, continua negando a ciência e minimizando a pandemia. Uma família de sanguessugas envolvidos com milicianos e criminosos: é a corrupção em seu grau mais nefasto.

Felizmente maior parte dos candidatos (a prefeito e a vereador) apoiados por Bolsonaro não se elegeram na votação de ontem. Agora que estamos chegando à metade do tempo do mandato de quatro anos do presidente, é bom tratarmos de ajudar a empurrá-lo ladeira abaixo, para que o próximo presidente possa afastar o nazifascismo do Brasil e representar um tempo de respeito à ciência, à ética, aos direitos individuais, ao  jornalismo e à verdadeira democracia, jogando tudo o que não presta à lata de lixo da História.

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OBSERVAÇÃO EM 18.11.2020, APENAS TRÊS DIAS APÓS AS FOTOS QUE APARECEM AO INÍCIO DO ARTIGO ACIMA.







As fotos acima, que tirei da tela do televisor em 18.11.2020, durante o Jornal Nacional, mostram as linhas ascendentes do pavoroso avanço das contaminações e mortes pela covid-19 no Brasil. Podem ser comparadas com as estampadas ao início do artigo, tiradas há apenas 3 dias.

Em apenas três dias as contaminações e mortes pela covid-19 tiveram um avanço assustador. Isto significa que antes mesmo de cessada a "primeira onda" da pandemia entre nós, já ingressamos na segunda. Como o coronavírus manifesta-se no organismo aproximadamente 15 dias após o contágio, pode-se atribuir este avanço ao "feriadão" do Dia de Finados, com as pessoas andando sem máscara pelas ruas e viajando às praias como se já estivéssemos livres da peste.  Durante as eleições o prefeito Rafael Greca manteve a "bandeira amarela" em Curitiba, fazendo parecer que o controle à covid-19 estaria estável, quando ele deveria ter alertado à realidade de Curitiba nesse contexto. Creio que no começo de dezembro nós teremos mais um lamentável e triste aumento de contaminações e mortes devido à concentração de pessoas em vários locais de votação no dia 15 último. Todos teriam que dar um basta à política negacionista de Bolsonaro e demonstrar que temer a contaminação e usar máscara não é "ser maricas", nem "ser fraco", conforme o pensamento asqueroso do presidente. É estar preservando a própria vida e a do próximo.

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