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O
AVANÇO DA COVID-19 AO INÍCIO DE 2022
por Francisco Souto Neto
Há quase dois meses, em 25 de
novembro do ano passado, os índices de contaminações pela Covid-19 estavam
auspiciosamente baixos. A pandemia aparentava estar chegando ao fim. Mas dois
dias antes, em 23 de novembro, a OMS havia feito um comunicado ao mundo de que
uma nova cepa do coronavírus tinha surgido na África do Sul e que proliferava
rapidamente já em seis países ao sul da África. Previ, obviamernte, que o
Brasil poderia sofrer um novo “boom” de contaminações. Escrevi o seguinte:
“No entanto, a
pandemia ainda não terminou. As reuniões de Natal e de réveillon, bem
como as programadas festividades do carnaval de 2022, poderão abrir caminho
para que a doença venha a recrudescer.
Como não bastasse,
antes de ontem a OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou o mundo do
surgimento de uma nova variante do coronavírus na África do Sul, batizada de
Ômicron. Até agora eram conhecidas as variantes Alfa, Beta, Gama e Delta. A
Ômicron já está em rapidíssima proliferação em seis países do sul do continente
africano”.
O artigo completo
poderá ser lido neste link:
http://fsoutone.blogspot.com/2021/11/em-25-de-novembro-de-2021-ameaca-da.html
Até ao fim de dezembro os índices de
contaminações e mortes continuavam a cair. Mas neste mês de janeiro ainda nem
terminado, as contaminações pela variante Ômicron surgiram e aumentaram
vertiginosamente. Em menos de um mês a doença alcança um nível muitíssimo mais
alto do que foi o seu ápice no primeiro semestre de 2021.
As aglomerações nas praias
brasileiras no natal e no réveillon foram mostradas nos jornais
televisivos por sorridentes repórteres. “Que
beleza” para eles e para as pessoas ignorantes que agiram como se não
existisse pandemia, como se esta já tivesse acabado. Para mim, “que bizarro”! E
o resultado aí está: o Paraná coloca-se agora como o 2° pior estado brasileiro
em contaminações (o 1º lugar, que é um verdadeiro flagelo, está com Minas
Gerais).
As fotos abaixo mostram o estágio o
estágio da contaminação pela Covid-19 no Paraná e no Brasil:
Mas o que esperar daqueles que teriam
a obrigação de dar o bom exemplo no combate à pandemia? O pior e o mais repugnante exemplo vem
sempre de cima. O presidente do Brasil, refletido no Ministério da Saúde, tentou
de todos os modos possíveis para atrasar e evitar a vacinação infantil no país.
Na véspera do Natal, declarou que não havia nenhuma pressa na vacinação infantil.
https://www.youtube.com/watch?v=NE505b_ETOo
Um dos mais revoltantes exemplos do
contínuo negacionismo do presidente da República e seu governo à ciência, foi vê-lo pegar uma
criança no colo e retirar a máscara que o menino usava:
https://www.youtube.com/watch?v=x4mhp4Sw1O8
A culpa pelo gigantesco salto da
pandemia no Brasil neste primeiro mês de 2022 não cabe apenas a Bolsonaro e ao
Ministério da Saúde. Cabe principalmente à falta de educação do povo que não
compreende que a Ciência é soberana no que diz respeito à saúde. Mas ainda
muito pior são aqueles que, aparentemente muito bem educados, continuam a
apoiar os desmandos e os crimes que têm sido perpetrados contra os brasileiros.
Maledict sint.
Foi-se a minha vontade de vaticinar. Não quero mais pensar no futuro. Nem precisaria, pois tudo tem sido tão previsível... E agora, após dois anos de
isolamento e de cuidados fundamentais à preservação da saúde, tenho estado meio
apático, imerso em um tanto de desânimo. Então, para me animar um pouco, penso que
já transcorreram três anos e 22 dias da grande decepção. Agora faltam apenas onze meses e oito
dias.
Há luz no fim do túnel.
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