No 1º ano de Direito em 1966.
Bacharelandos
em Direito no ano de 1970:
Antônio Benedito da Silveira Wille,
César Luiz Tavarnaro,
Emílio Mudrey,
Evelyn Maria Todeschini Martins,
Francisco Souto Neto,
Guataçara Navarro Messias,
Jane Maria Mello Paczkowski,
Mauro Elizear de Andrade,
Norivaldo Augusto Furtado,
Orlando de Luca Júnior,
Osmar João de Geus,
Paulo Francisco Reusing,
Paulo Winnik,
Walkíria de Lourdes Koscianski.
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Comendador Francisco Souto Neto
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OS BACHARELANDOS DO
CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA NO ANO DE 1970
Francisco
Souto Neto
Preâmbulo
Neste corrente abril de 2019 eu estou entrando no 5º mês
após o início da minha mudança de domicílio sem, entretanto, ter conseguido
completá-la. No velho endereço tenho passado as tardes “separando o joio do
trigo”, isto é, exercitando-me no desapego a revistas, livros e,
principalmente, papéis avulsos, milhares deles, cada qual com uma história
peculiar. Não sou acumulador, mas creio que sou memorialista, tal como o
jornalista e amigo Aroldo Murá chamou-me no volume 9 da coleção “Vozes do
Paraná – Retratos de Paranaenses” (edição Bonijuris, 2017).
Dentre tantos papéis, encontrei o convite – de 1970 – para a minha formatura em Direito. Também
localizei algumas fotografias minhas com colegas e professores. Dentre os
recortes de jornais daquela época, o mais significativo foi um de 1966 com a da
notícia dos aprovados no vestibular para a Faculdade de Direito, no qual estão
relacionados os nomes dos meus colegas que ingressaram na vida universitária.
Publicação (o recorte não preserva o
nome do jornal) de 26.2.1966.
TRINTA NOVOS ACADÊMICOS DA FACULDADE
DE DIREITO
Apenas trinta candidatos foram aprovados no exame vestibular da
Faculdade de Direito da nossa cidade, que não realizará segunda chamada. (…) O
maior número de reprovações no vestibular ocorreu na prova de português, onde
cerca de 50% dos candidatos inscritos não conseguiram obter a nota mínima
necessária para que participassem das demais provas.
ACADÊMICOS – Eis a lista dos novos acadêmicos da Faculdade de Direito:
Roseli Garcia Correia, Walkíria de Lourdes Koscianski, Giocondo Fagundes,
Valter Luís Divardim, Fernando Ramos David João, Joarez Blum, Diva Veres
Brecailo, Francisco Souto Neto, Carlos Oswaldo Morais Andrade, Carlos S. Maia,
Evelyn Maria Todeschini Martins, Norivaldo Augusto Furtado, Guataçara Navarro
Messias, Paulo F. Reusing, Enio Jobin, Paulo Winnik, Osmar João de Geus, José
F. Rodrigues, César L. Tavarnaro, Leojair A. Ferreira, Lucila das Flores,
Arichernes Batista Côgo, Carlos Albach, Emílio Mudrey, Jane Maria Mello,
Antônio B. da Silveira Wille, Luiz C. Migdalski, Edison Perón Melfi, Renato Nelson
Müller e Sílvio Ribas de Andrade.
Seguindo a tradição, os “calouros” não passarão pelo “trote” que ainda
sobrevive em algumas Faculdades. Serão recepcionados pelos veteranos
numa festa de confraternização cuja data ainda não foi designada.
O cursinho para o
vestibular
Meu pai, o jornalista e radialista Arary Souto, falecera em
1963, ano seguinte à minha conclusão do Curso Científico. Eu sentia-me indeciso
quanto à minha vocação. Oscilava entre o curso de Medicina (para
especializar-me em Psiquiatria) e o de Arquitetura. Mas com o falecimento do
meu pai, e tendo desde então que trabalhar durante o dia, restavam-me apenas
dois cursos superiores noturnos: Direito e Economia. Entretanto, na indecisão e
ainda abalado pelo falecimento de meu pai, fiquei sem estudar durante dois anos
e meio, até que, estimulado por minha mãe (que comprou as apostilas para mim),
decidi-me pelo Direito.
Fiz um curso preparatório, o denominado “cursinho”, e não me
recordo muito bem dos professores, exceto de Lóris Sidenko, de Português. No
primeiro dia de aula ele pediu a todos que desenvolvêssemos uma redação sob o
tema “por quê desejo estudar Direito”. Na aula seguinte, referido professor
trouxe as redações corrigidas e disse à turma que iria ler aquela que
considerou a melhor de todas, por estar bem escrita e, principalmente,
porque tinha “início, meio e fim”. Na leitura das primeiras palavras, reconheci
tratar-se da minha redação. Para mim, aquele fato foi um poderoso incentivo,
pois descobri que escrevia bem e senti-me mais autoconfiante.
Do vestibular em 1966 à
formatura em 1970
No vestibular, para minha surpresa, fiquei entre os
primeiros classificados. Se estou bem lembrado, em 4º lugar pela desistência de
dois que se classificaram na minha dianteira.
No primeiro ano do curso, tirei uma fotografia em frente ao
prédio da Universidade, reunindo todos os colegas.
Francisco Souto Neto
sentado no chão, no centro da primeira fila.
Abaixo, minhas fotos com os quatro
professores do 1º ano de Direito.
Estêvão Zeve Coimbra (Direito
Romano)
Olavo Vidal Correia
(Teoria Geral do Estado)
Padre Miguel Soaki (Introdução
à Ciência do Direito)
Ildefonso Waldemar Steudel
(Economia Política)
Adiante, minhas fotos com três dos
quatro professores do 2º ano de Direito.
Sílvio Romero Stadler de
Souza (Direito Penal)
Henrique Dyniewicz
(Direito Financeiro)
Antônio Joaquim Dantas
(Direito Constitucional)
Faltou a fotografia do professor de Direito Civil, Armando
J. de Oliveira Carneiro. A partir do 3º ano do curso, em 1968, infelizmente perdi
o hábito de fotografar os professores.
Formei-me em 1970. As páginas do convite, abaixo, listam os
nomes dos apenas quatorze que chegaram ao último ano do curso. Éramos então
menos da metade dos que fomos aprovados no vestibular de 1966.
20 anos depois, em 1990
Vinte anos após minha formatura, reunimo-nos num jantar em
Ponta Grossa, para rememorar o curso e falar sobre nossas vidas.
Os colegas presentes ao
encontro em 1990. Em pé: Emílio Mudrey, Mauro Elizear de Andrade, Guataçara
Navarro Messias, Jane Maria Mello Paczkowski, Paulo Winnik, Antonio Benedito da
Silveira Wille, Orlando de Luca Júnior. Sentados: Paulo Francisco Reusing,
Francisco Souto Neto e Norivaldo Augusto Furtado.
Os colegas, nesta foto
incluindo alguns dos cônjuges que compareceram ao jantar.
Em 2001, recebo a visita
do Prof. Dantas em Curitiba
Em 2001, 31 anos após formar-me em Direito, recebi a
memorável visita do professor dr. Antônio Joaquim Dantas. Lembramo-nos do curso
de Direito, dos seus alunos e colegas professores, e daqueles tempos difíceis
da História do Brasil. Abaixo, três fotografias do ilustre professor.
Francisco Souto Neto
recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.
Francisco Souto Neto
recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.
Ainda a visita de Antônio
Joaquim Dantas a Francisco Souto Neto em 2001.
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