sábado, 6 de abril de 2019

BACHARELANDOS DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA NO ANO DE 1970 por Francisco Souto Neto.


No 1º ano de Direito em 1966.

Bacharelandos em Direito no ano de 1970:
Antônio Benedito da Silveira Wille,
César Luiz Tavarnaro,
Emílio Mudrey,
Evelyn Maria Todeschini Martins,
Francisco Souto Neto,
Guataçara Navarro Messias,
Jane Maria Mello Paczkowski,
Mauro Elizear de Andrade,
Norivaldo Augusto Furtado,
Orlando de Luca Júnior,
Osmar João de Geus,
Paulo Francisco Reusing,
Paulo Winnik,
Walkíria de Lourdes Koscianski.

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Comendador Francisco Souto Neto

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OS BACHARELANDOS DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA NO ANO DE 1970

Francisco Souto Neto

Preâmbulo

Neste corrente abril de 2019 eu estou entrando no 5º mês após o início da minha mudança de domicílio sem, entretanto, ter conseguido completá-la. No velho endereço tenho passado as tardes “separando o joio do trigo”, isto é, exercitando-me no desapego a revistas, livros e, principalmente, papéis avulsos, milhares deles, cada qual com uma história peculiar. Não sou acumulador, mas creio que sou memorialista, tal como o jornalista e amigo Aroldo Murá chamou-me no volume 9 da coleção “Vozes do Paraná – Retratos de Paranaenses” (edição Bonijuris, 2017).

Dentre tantos papéis, encontrei o convite  – de 1970 –  para a minha formatura em Direito. Também localizei algumas fotografias minhas com colegas e professores. Dentre os recortes de jornais daquela época, o mais significativo foi um de 1966 com a da notícia dos aprovados no vestibular para a Faculdade de Direito, no qual estão relacionados os nomes dos meus colegas que ingressaram na vida universitária.


Publicação (o recorte não preserva o nome do jornal) de 26.2.1966.
TRINTA NOVOS ACADÊMICOS DA FACULDADE DE DIREITO
Apenas trinta candidatos foram aprovados no exame vestibular da Faculdade de Direito da nossa cidade, que não realizará segunda chamada. (…) O maior número de reprovações no vestibular ocorreu na prova de português, onde cerca de 50% dos candidatos inscritos não conseguiram obter a nota mínima necessária para que participassem das demais provas.
ACADÊMICOS – Eis a lista dos novos acadêmicos da Faculdade de Direito: Roseli Garcia Correia, Walkíria de Lourdes Koscianski, Giocondo Fagundes, Valter Luís Divardim, Fernando Ramos David João, Joarez Blum, Diva Veres Brecailo, Francisco Souto Neto, Carlos Oswaldo Morais Andrade, Carlos S. Maia, Evelyn Maria Todeschini Martins, Norivaldo Augusto Furtado, Guataçara Navarro Messias, Paulo F. Reusing, Enio Jobin, Paulo Winnik, Osmar João de Geus, José F. Rodrigues, César L. Tavarnaro, Leojair A. Ferreira, Lucila das Flores, Arichernes Batista Côgo, Carlos Albach, Emílio Mudrey, Jane Maria Mello, Antônio B. da Silveira Wille, Luiz C. Migdalski, Edison Perón Melfi, Renato Nelson Müller e Sílvio Ribas de Andrade.
Seguindo a tradição, os “calouros” não passarão pelo “trote” que ainda sobrevive em algumas Faculdades. Serão recepcionados pelos veteranos numa festa de confraternização cuja data ainda não foi designada.

O cursinho para o vestibular

Meu pai, o jornalista e radialista Arary Souto, falecera em 1963, ano seguinte à minha conclusão do Curso Científico. Eu sentia-me indeciso quanto à minha vocação. Oscilava entre o curso de Medicina (para especializar-me em Psiquiatria) e o de Arquitetura. Mas com o falecimento do meu pai, e tendo desde então que trabalhar durante o dia, restavam-me apenas dois cursos superiores noturnos: Direito e Economia. Entretanto, na indecisão e ainda abalado pelo falecimento de meu pai, fiquei sem estudar durante dois anos e meio, até que, estimulado por minha mãe (que comprou as apostilas para mim), decidi-me pelo Direito.

Fiz um curso preparatório, o denominado “cursinho”, e não me recordo muito bem dos professores, exceto de Lóris Sidenko, de Português. No primeiro dia de aula ele pediu a todos que desenvolvêssemos uma redação sob o tema “por quê desejo estudar Direito”. Na aula seguinte, referido professor trouxe as redações corrigidas e disse à turma que iria ler aquela que considerou a melhor de todas, por estar bem escrita e, principalmente, porque tinha “início, meio e fim”. Na leitura das primeiras palavras, reconheci tratar-se da minha redação. Para mim, aquele fato foi um poderoso incentivo, pois descobri que escrevia bem e senti-me mais autoconfiante. 

Do vestibular em 1966 à formatura em 1970

No vestibular, para minha surpresa, fiquei entre os primeiros classificados. Se estou bem lembrado, em 4º lugar pela desistência de dois que se classificaram na minha dianteira.

No primeiro ano do curso, tirei uma fotografia em frente ao prédio da Universidade, reunindo todos os colegas.

Francisco Souto Neto sentado no chão, no centro da primeira fila.

Abaixo, minhas fotos com os quatro professores do 1º ano de Direito.

Estêvão Zeve Coimbra (Direito Romano)

Olavo Vidal Correia (Teoria Geral do Estado)

Padre Miguel Soaki (Introdução à Ciência do Direito)

Ildefonso Waldemar Steudel (Economia Política)

Adiante, minhas fotos com três dos quatro professores do 2º ano de Direito.

Sílvio Romero Stadler de Souza (Direito Penal)

Henrique Dyniewicz (Direito Financeiro)

Antônio Joaquim Dantas (Direito Constitucional)

Faltou a fotografia do professor de Direito Civil, Armando J. de Oliveira Carneiro. A partir do 3º ano do curso, em 1968, infelizmente perdi o hábito de fotografar os professores.

Formei-me em 1970. As páginas do convite, abaixo, listam os nomes dos apenas quatorze que chegaram ao último ano do curso. Éramos então menos da metade dos que fomos aprovados no vestibular de 1966.














20 anos depois, em 1990


Vinte anos após minha formatura, reunimo-nos num jantar em Ponta Grossa, para rememorar o curso e falar sobre nossas vidas.

Os colegas presentes ao encontro em 1990. Em pé: Emílio Mudrey, Mauro Elizear de Andrade, Guataçara Navarro Messias, Jane Maria Mello Paczkowski, Paulo Winnik, Antonio Benedito da Silveira Wille, Orlando de Luca Júnior. Sentados: Paulo Francisco Reusing, Francisco Souto Neto e Norivaldo Augusto Furtado.

Os colegas, nesta foto incluindo alguns dos cônjuges que compareceram ao jantar.


Em 2001, recebo a visita do Prof. Dantas em Curitiba


Em 2001, 31 anos após formar-me em Direito, recebi a memorável visita do professor dr. Antônio Joaquim Dantas. Lembramo-nos do curso de Direito, dos seus alunos e colegas professores, e daqueles tempos difíceis da História do Brasil. Abaixo, três fotografias do ilustre professor.

Francisco Souto Neto recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.

Francisco Souto Neto recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.

Ainda a visita de Antônio Joaquim Dantas a Francisco Souto Neto em 2001.

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