terça-feira, 24 de dezembro de 2019

OS 80 ANOS DA ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR - SESSÃO SOLENE e NOVOS MEMBROS. Por Francisco Souto Neto.

OS 80 ANOS DA ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR
em 27 de novembro de 2019

SESSÃO MAGNA e NOVOS MEMBROS

O convite para a sessão solene dos 80 anos da Academia de Letras José de Alencar.

Por Francisco Souto Neto

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OS 80 ANOS DA ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR

SESSÃO MAGNA e NOVOS MEMBROS

Francisco Souto Neto


A sessão solene da Academia de Letras José de Alencar – ALJA – que comemorou os 80 anos de fundação da instituição, foi realizada em 27 de novembro de 2019, no salão nobre do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, na presença de muitas autoridades e dezenas de convidados.

Presidida pela advogada e jornalista Anita Zippin, a ALJA, na oportunidade, efetivou o ingresso de associados nas categorias patronímicos (ou titulares), efetivos e correspondentes.

Na categoria de sócios patronímicos foram empossados quatro membros que já eram sócios efetivos, mas que agora foram elevados a titulares, passando a ocupar cadeiras patronímicas. Foram eles: ALBERTO VELLOZO MACHADO (que passou a ocupar a cadeira nº 38, de Nestor de Castro), PAULO ROGÉRIO M. DE BITTENCOURT (passou a ocupar a cadeira nº 11, de Miguel Couto), RUBENS FARIA GONÇALVES (passou a ocupar a cadeira nº 2, de Cruz e Sousa),  e VERA LÚCIA RAUTA (passou a ocupar a cadeira nº 5, de Júlia da Costa).

Na qualidade de sócios efetivos, ingressaram os novos ELISA MORAIS MONTICELLI, RAFAELA MENEGOTI TASCA, RENAN DOS SANTOS e TITO LÍVIO FERREIRA VIEIRA.

Ingressaram também, como sócios correspondentes, ANA MARIA RANGEL DIHL (Rio Grande do Sul), ENGELBERT SCHLÖGEL (Áustria) e MARIA JÚLIA PACHECO (Portugal).

O confrade João Carlos Cascaes, da diretoria da ALJA, é quem faz as filmagens das reuniões da Academia para colocá-los no blog da referida instituição, donde copiei o discurso de Rubens Faria Gonçalves, que poderá ser ouvido no seguinte endereço:


Como na gravação acima faltou a parte inicial do discurso de Rubens Faria Gonçalves, reproduzo abaixo o texto da referida fala:


DISCURSO DE POSSE – RUBENS FARIA GONÇALVES

Boa noite senhoras e senhores! Quando meus amigos e colegas acadêmicos Anita Zippin e Francisco Souto Neto cobriram meu torso com esta toga de cordão dourado, a mim foi conferida a honra de tornar-me o atual ocupante da cadeira n° 2 desta prestigiada Academia de Letras José de Alencar, cadeira esta anteriormente ocupada por Leopoldo Scherner, ilustre bacharel em Direito, poeta, prosador e, acima de tudo, saudoso professor nascido em São José dos Pinhais em 1919 e falecido em janeiro de 2011, uma vida dedicada aos livros e ao ensino do idioma português. Para mim, é uma grande honra tornar-me, hoje, seu sucessor na cadeira cujo patrono é o nosso poeta rebelde Cruz e Sousa, o introdutor do simbolismo no Brasil.
Cruz e Sousa nasceu em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, no dia 24 de novembro de 1861, no porão de um solar patriarcal provinciano típico do Segundo Império, filho de Carolina e Guilherme da Cruz, negros alforriados. Dos pais, o pequeno João herdou a cor da pele e a Cruz do nome. Ficou sendo João da Cruz. O Sousa viria depois.
Desde cedo nosso Joãozinho da Cruz contou com a simpatia e a proteção do seu senhor branco, o marechal Guilherme Xavier de Sousa, que lhe garantiu uma educação de acordo com o padrão senhorial da época. Anos mais tarde, num gesto de reconhecimento e gratidão, o poeta acrescentaria ao seu nome o Sousa do nome do seu benfeitor, passando a assinar João da Cruz e Sousa, ou simplesmente Cruz e Sousa. Até seus 14 anos, estudou no Ateneu Provincial Catarinense, recebendo uma formação humanística, com aulas de latim, grego, literatura francesa e inglesa, além de matemática e ciências naturais. Sua notável inteligência, a vivacidade intelectual, os pendores para poética e declamatória, associados ao ótimo desempenho escolar, trouxeram-lhe os primeiros elogios ― elogios estes que não eram suficientes para apagar o estigma da raça.
Para manter-se, além de trabalhar como caixeiro, o jovem Cruz e Sousa ministrava aulas particulares para filhos de famílias abastadas, o que ampliou suas relações sociais e lhe trouxe novas amizades, mas, em contrapartida, ficou mais exposto às reações preconceituosas da sociedade provinciana, o que, de certo modo, em 1881, levou-o a aceitar o convite para viajar com a Companhia Dramática Julieta dos Santos, atuando como ponto. (“Ponto” é o nome que se dava ao auxiliar de teatro que, oculto do público, recordava aos atores as falas dos personagens.) Empregado pela mencionada companhia teatral, Cruz e Sousa pôde sair do ambiente acanhado em que vivia e conhecer outras regiões do Império, participando de campanhas abolicionistas e divulgando seus poemas.
Em 1890 estabeleceu-se no Rio de Janeiro, onde se aproximou do então chamado Grupo dos Novos, exercendo forte liderança e dando contornos brasileiros a uma nova poética inspirada em propostas do simbolismo europeu. Em fevereiro de 1893, Magalhães & Cia Editores lançou os livros “Missal”, de prosa poética, e “Broquéis”, os dois únicos livros “solo” que Cruz e Sousa publicou em vida. Obras inovadoras, precursoras do simbolismo no Brasil, provocaram fortes críticas por parte daqueles que, como padrão literário, exigiam fidelidade realística e nacionalismo, em oposição à representação subjetiva da realidade e a uma linguagem que a classe intelectual dominante tolamente tachava de incompreensível.
Ainda em 1893, Cruz e Sousa casou-se com Gavinda Gonçalves, negra. Do casamento, nasceram quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, e a própria Gavinda começou a sofrer sérios distúrbios mentais. Por fim, em 1898, em Curral Novo, Minas Gerais, Cruz e Sousa faleceu também de tuberculose. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, Rio de Janeiro. Em 2007 teve seus restos mortais transferidos para o Palácio Cruz e Sousa, antigo Palácio do Governo em Florianópolis.
Morto aos 38 anos, continua vivo nos seus versos, nos quais persistem a musicalidade, o sensualismo, o espiritualismo, a exteriorização dos mais íntimos sentimentos e a dor dissolvida em líricas imagens devotadas à Arte Pura, quando a expressão simbólica da emoção torna-se o principal instrumento do fazer literário. Em Lages, foi criado o Clube Cruz e Sousa para preservar a memória do poeta e promover a cultura negra. Em 1998 o cineasta Sílvio Back lançou um filme denominado “Cruz e Sousa – o Poeta do Desterro”. Na Academia Catarinense de Letras, Cruz e Sousa é o patrono da Cadeira 15. E aqui, em nossa prestigiada Academia de Letras José de Alencar, ele é o patrono da cadeira 2, a qual eu tenho o imenso orgulho de ocupar a partir de hoje.
Para fechar minha fala, é da pena de Cruz e Sousa, em seu notável poema “Arte”, que retiro os versos que leio a seguir:
Enche de estranhas vibrações sonoras
a tua Estrofe, majestosamente...
            Põe nela todo o incêndio das auroras
            para torná-la emocional e ardente.

            Derrama luz e cânticos e poemas
            no verso e torna-o musical e doce
            como se o coração, nessas supremas
            Estrofes, puro e diluído fosse.

Muito obrigado!


Muitas foram as fotografias tiradas de todos os momentos da cerimônia, por profissionais e pelos convidados. Entretanto, adiante reproduzirei apenas as quinze fotografias que foram feitas com minha câmera fotográfica, registrando apenas alguns momentos da comemoração dos 80 anos da Academia de Letras José de Alencar:

 Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves. À direita, Tito Lívio Ferreira Vieira.

 Noives Araldi, Tito Lívio Ferreira Vieira, Francisco Souto Neto, Dione Mara Souto da Rosa, Rubens Faria Gonçalves, Isabelle Aguilar.

Os quatro membros efetivos da ALJA que assumiram cadeiras patronímicas: Vera Rauta, Alberto Vellozo Machado, Paulo Rogério M. de Bittencourt e Rubens Faria Gonçalves. Sentados: Anita Zippin (presidenta) e Joatan  Carvalho (diretor).

 Na mesa de honra: Joatan Carvalho (diretor), Arioswaldo Trancoso Cruz (vice-presidente e presidente de honra), o presidente do IHGPR e a acadêmica Luislinda de Valois.

O discurso de Rubens Faria Gonçalves.

O discurso de Rubens Faria Gonçalves.

O discurso de Rubens Faria Gonçalves.

O discurso de Rubens Faria Gonçalves. Na mesa de honra: Anita Zippin e Joatan Carvalho.

Rubens Faria Gonçalves recebe sua diplomação das mãos de Luislinda de Valois.

O coquetel.

O coquetel.

O bolo comemorativo aos 80 anos da ALJA. A partir da esquerda: Celso Portugal, Arioswaldo Trancoso Cruz, Anita Zippin, Rubens Faria Gonçalves e um funcionário do Tribunal de Justiça.

Hamilton Bonat e Anita Zippin.

Dione Mara Souto da Rosa, Isabelle Aguilar, Guilherme Confortin e Rubens Faria Gonçalves.


O diploma de Rubens como sócio titular ocupante da Cadeira Patronímica nº 2, de Cruz e Sousa.

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domingo, 28 de abril de 2019

REUNIÃO DOS PARTICIPANTES DO NÚCLEO DE LITERATURA E CINEMA ANDRÉ CARNEIRO em abril de 2019, por Francisco Souto Neto.


A escritora Dione Mara Souto da Rosa, cujo conto foi analisado.
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Comendador Francisco Souto Neto 
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REUNIÃO DOS PARTICIPANTES DO NÚCLEO DE LITERATURA E CINEMA ANDRÉ CARNEIRO em abril de 2019

Francisco Souto Neto


Reuniu-se no último sábado, dia 27 do corrente, numa sala da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o grupo que compõe o Núcleo de Literatura e Cinema André Carneiro - NLCAC.

Durante o ano passado, eu raramente compareci às reuniões mensais, envolvido que estive com minha mudança de domicílio. Mas no dia 1º de janeiro daquele ano, 2018, publiquei um artigo sobre NLCAC no Portal Iza Zilli, contando alguns dados biográficos sobre o intelectual que deu o nome ao Núcleo, e evocando a memória do saudoso e querido amigo Mustafá Ibn Ali Kanso, que coordenou o grupo até seu falecimento em 2017, quando Valter Cardoso, competentemente, sucedeu-o na coordenação.

Tal artigo, com fotografias não apenas das personalidades mencionadas, como também dos participantes, poderá ser encontrado no seguinte link:


A reunião

Nas reuniões mensais, um texto de um dos participantes é “oficinado”, ou seja, é lido, analisado e criticado pelos presentes, um a um. Apontam-se falhas e oferecem-se sugestões com o propósito de lapidar (“oficinar”) os trabalhos literários.

Além do coordenador Valter Cardoso e da escritora Dione Mara Souto da Rosa cuja obra foi analisada, compareceram à última reunião (aqui mencionados em ordem alfabética): Evaldo Pedroso de Paula e Silva, Francisco Souto Neto, Gustavo Brasman, Henrique Duarte Oliveira, José Assumpção, Keetrin Oliveira, Rubens Faria Gonçalves e Tatiana Cared.

Abaixo, as fotografias dos membros do Núcleo que aqui foram mencionados.

Tatiana Cared, Gustavo Brasman, Evaldo Pedroso de Paula e Silva, José Assumpção. 

 Evaldo Pedroso de Paula e Silva, José Assumpção, Rubens Faria Gonçalves. De costas, Tatiana Cared.

 Rubens Faria Gonçalves, Keetrin Oliveira, Valter Cardoso, Dione Mara Souto da Rosa. De costas, Tatiana Cared.

 Valter Cardoso, Dione Mara Souto da Rosa, Henrique Duarte Oliveira.

 Keetrin Oliveira, Valter Cardoso, Dione Mara Souto da Rosa, Henrique Duarte Oliveira.

Gustavo Brasman, Evaldo Pedroso de Paula e Silva, José Assumpção. 

 Valter Cardoso, Dione Mara Souto da Rosa, Henrique Duarte Oliveira.

José Assumpção, Rubens Faria Gonçalves, Francisco Souto Neto, Keerin Oliveira.

Rubens Faria Gonçalves, Francisco Souto Neto, Keetrin Oliveira.

As fotografias foram feitas por Francisco Souto Neto, exceto as duas últimas, por Valter Cardoso.

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sábado, 6 de abril de 2019

BACHARELANDOS DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA NO ANO DE 1970 por Francisco Souto Neto.


No 1º ano de Direito em 1966.

Bacharelandos em Direito no ano de 1970:
Antônio Benedito da Silveira Wille,
César Luiz Tavarnaro,
Emílio Mudrey,
Evelyn Maria Todeschini Martins,
Francisco Souto Neto,
Guataçara Navarro Messias,
Jane Maria Mello Paczkowski,
Mauro Elizear de Andrade,
Norivaldo Augusto Furtado,
Orlando de Luca Júnior,
Osmar João de Geus,
Paulo Francisco Reusing,
Paulo Winnik,
Walkíria de Lourdes Koscianski.

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Comendador Francisco Souto Neto

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OS BACHARELANDOS DO CURSO DE DIREITO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA NO ANO DE 1970

Francisco Souto Neto

Preâmbulo

Neste corrente abril de 2019 eu estou entrando no 5º mês após o início da minha mudança de domicílio sem, entretanto, ter conseguido completá-la. No velho endereço tenho passado as tardes “separando o joio do trigo”, isto é, exercitando-me no desapego a revistas, livros e, principalmente, papéis avulsos, milhares deles, cada qual com uma história peculiar. Não sou acumulador, mas creio que sou memorialista, tal como o jornalista e amigo Aroldo Murá chamou-me no volume 9 da coleção “Vozes do Paraná – Retratos de Paranaenses” (edição Bonijuris, 2017).

Dentre tantos papéis, encontrei o convite  – de 1970 –  para a minha formatura em Direito. Também localizei algumas fotografias minhas com colegas e professores. Dentre os recortes de jornais daquela época, o mais significativo foi um de 1966 com a da notícia dos aprovados no vestibular para a Faculdade de Direito, no qual estão relacionados os nomes dos meus colegas que ingressaram na vida universitária.


Publicação (o recorte não preserva o nome do jornal) de 26.2.1966.
TRINTA NOVOS ACADÊMICOS DA FACULDADE DE DIREITO
Apenas trinta candidatos foram aprovados no exame vestibular da Faculdade de Direito da nossa cidade, que não realizará segunda chamada. (…) O maior número de reprovações no vestibular ocorreu na prova de português, onde cerca de 50% dos candidatos inscritos não conseguiram obter a nota mínima necessária para que participassem das demais provas.
ACADÊMICOS – Eis a lista dos novos acadêmicos da Faculdade de Direito: Roseli Garcia Correia, Walkíria de Lourdes Koscianski, Giocondo Fagundes, Valter Luís Divardim, Fernando Ramos David João, Joarez Blum, Diva Veres Brecailo, Francisco Souto Neto, Carlos Oswaldo Morais Andrade, Carlos S. Maia, Evelyn Maria Todeschini Martins, Norivaldo Augusto Furtado, Guataçara Navarro Messias, Paulo F. Reusing, Enio Jobin, Paulo Winnik, Osmar João de Geus, José F. Rodrigues, César L. Tavarnaro, Leojair A. Ferreira, Lucila das Flores, Arichernes Batista Côgo, Carlos Albach, Emílio Mudrey, Jane Maria Mello, Antônio B. da Silveira Wille, Luiz C. Migdalski, Edison Perón Melfi, Renato Nelson Müller e Sílvio Ribas de Andrade.
Seguindo a tradição, os “calouros” não passarão pelo “trote” que ainda sobrevive em algumas Faculdades. Serão recepcionados pelos veteranos numa festa de confraternização cuja data ainda não foi designada.

O cursinho para o vestibular

Meu pai, o jornalista e radialista Arary Souto, falecera em 1963, ano seguinte à minha conclusão do Curso Científico. Eu sentia-me indeciso quanto à minha vocação. Oscilava entre o curso de Medicina (para especializar-me em Psiquiatria) e o de Arquitetura. Mas com o falecimento do meu pai, e tendo desde então que trabalhar durante o dia, restavam-me apenas dois cursos superiores noturnos: Direito e Economia. Entretanto, na indecisão e ainda abalado pelo falecimento de meu pai, fiquei sem estudar durante dois anos e meio, até que, estimulado por minha mãe (que comprou as apostilas para mim), decidi-me pelo Direito.

Fiz um curso preparatório, o denominado “cursinho”, e não me recordo muito bem dos professores, exceto de Lóris Sidenko, de Português. No primeiro dia de aula ele pediu a todos que desenvolvêssemos uma redação sob o tema “por quê desejo estudar Direito”. Na aula seguinte, referido professor trouxe as redações corrigidas e disse à turma que iria ler aquela que considerou a melhor de todas, por estar bem escrita e, principalmente, porque tinha “início, meio e fim”. Na leitura das primeiras palavras, reconheci tratar-se da minha redação. Para mim, aquele fato foi um poderoso incentivo, pois descobri que escrevia bem e senti-me mais autoconfiante. 

Do vestibular em 1966 à formatura em 1970

No vestibular, para minha surpresa, fiquei entre os primeiros classificados. Se estou bem lembrado, em 4º lugar pela desistência de dois que se classificaram na minha dianteira.

No primeiro ano do curso, tirei uma fotografia em frente ao prédio da Universidade, reunindo todos os colegas.

Francisco Souto Neto sentado no chão, no centro da primeira fila.

Abaixo, minhas fotos com os quatro professores do 1º ano de Direito.

Estêvão Zeve Coimbra (Direito Romano)

Olavo Vidal Correia (Teoria Geral do Estado)

Padre Miguel Soaki (Introdução à Ciência do Direito)

Ildefonso Waldemar Steudel (Economia Política)

Adiante, minhas fotos com três dos quatro professores do 2º ano de Direito.

Sílvio Romero Stadler de Souza (Direito Penal)

Henrique Dyniewicz (Direito Financeiro)

Antônio Joaquim Dantas (Direito Constitucional)

Faltou a fotografia do professor de Direito Civil, Armando J. de Oliveira Carneiro. A partir do 3º ano do curso, em 1968, infelizmente perdi o hábito de fotografar os professores.

Formei-me em 1970. As páginas do convite, abaixo, listam os nomes dos apenas quatorze que chegaram ao último ano do curso. Éramos então menos da metade dos que fomos aprovados no vestibular de 1966.














20 anos depois, em 1990


Vinte anos após minha formatura, reunimo-nos num jantar em Ponta Grossa, para rememorar o curso e falar sobre nossas vidas.

Os colegas presentes ao encontro em 1990. Em pé: Emílio Mudrey, Mauro Elizear de Andrade, Guataçara Navarro Messias, Jane Maria Mello Paczkowski, Paulo Winnik, Antonio Benedito da Silveira Wille, Orlando de Luca Júnior. Sentados: Paulo Francisco Reusing, Francisco Souto Neto e Norivaldo Augusto Furtado.

Os colegas, nesta foto incluindo alguns dos cônjuges que compareceram ao jantar.


Em 2001, recebo a visita do Prof. Dantas em Curitiba


Em 2001, 31 anos após formar-me em Direito, recebi a memorável visita do professor dr. Antônio Joaquim Dantas. Lembramo-nos do curso de Direito, dos seus alunos e colegas professores, e daqueles tempos difíceis da História do Brasil. Abaixo, três fotografias do ilustre professor.

Francisco Souto Neto recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.

Francisco Souto Neto recebe a visita do seu antigo professor dr. Antônio Joaquim Dantas.

Ainda a visita de Antônio Joaquim Dantas a Francisco Souto Neto em 2001.

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