PORTAL IZA ZILLI
Comendador Francisco Souto Neto
Iza Zilli
Meu depoimento ao Instituto Memórias Paraná
Francisco Souto Neto
Fui convidado pelo memorialista Luiz
Renato Ribas a gravar um depoimento para o acervo do Instituto Memórias Paraná,
o que se realizou no dia 21 do corrente. Esse convite me surpreendeu, porque eu
jamais poderia supor que o modesto relato da minha trajetória de vida pudesse
figurar ao lado dos depoimentos de personalidades verdadeiramente importantes,
como alguns ex-governadores do Paraná, famosos artistas plásticos, arquitetos,
atores, escritores, músicos, poetas, jornalistas, médicos, radialistas, enfim,
pessoas que se destacaram em dezenas de profissões e em todas as áreas de
atividades e do conhecimento, que compõem essa impressionante amálgama de
valores humanos que constrói a História do Paraná.
O convite chegou-me através da coluna
de Aroldo Murá, no Diário Indústria & Comércio, seção “Cartas” da edição de
26 de agosto de 2016, e referia-se a algumas considerações que eu fizera sobre
o saudoso jornalista Dino Almeida. Eis o
teor da mencionada carta:
Aroldo,
O
depoimento do Dino (citado em recente mensagem de Souto Neto) foi a 153ª. dos
223 colhidos para a Memória Viva (Bamerindus) no dia 14/12/94. Ontem, dia 16,
colhemos o depoimento de Pedro Américo, que juntamente com Nelson Farias, foram
os braços direito dele.
Já
está no ar em www.memoriasparana.com.br e todo o relevante trabalho do Dino é
enaltecido orgulhosamente pelo jornalista Pedro Américo. Vale a pena vê-lo.
Gostaria
de imensamente, além do seu já prometido depoimento, também convidar o querido
Francisco Souto Neto, cujo e-mail e telefones desconheço.
LUIZ
RENATO RIBAS, Curitiba
Assim foi que pesquisei e encontrei o
Luiz Renato Ribas no Facebook, e logo obtive o número do telefone do Instituto
Cultural Cinevídeo1, do qual Ribas é presidente, e mantive contato com seu
assessor Rômulo José Lima.
Pode-se dizer que, aos 83 anos, Luiz
Renato continua sendo um jovem com invejável fluência verbal, agilidade física e efervescência
intelectual. As pesquisas com gravações para Memórias Paraná começaram em 2005,
porém essa atividade envolvendo a preservação da memória paranaense vinha sendo
exercida por Luiz Renato desde as últimas décadas do século XX. Ele foi editor
de uma revista especializada em turfe, narrou corridas de cavalos através de
três diferentes rádios, trabalhou nos jornais A Tarde e O Dia, e foi um dos
fundadores do Diário do Paraná. Informações disponíveis na internet lembram que
Luiz Renato produziu e também apresentou programas de televisão. Em 1961
tornou-se proprietário e editor de uma publicação que foi importantíssima: a TV
Programas que chegou a editar 23.000 exemplares por mês. No começo da década de
70 fundou uma empresa gráfica e a revista Guiatur, que também fez grande
sucesso. Casou-se com Regina Pinheiro Machado.
FOTO 1 – O casal Luiz
Renato Ribas e Regina Pinheiro Machado em 1957
O Instituto Memórias Paraná funciona
no subsolo do Cinevídeo1 – que também pertence a Luiz Renato –, à Rua Padre
Anchieta nº 458. Além do Rômulo, trabalham na administração duas moças: Renata Pinheiro Machado Ribas Silva (neta de Luiz Renato) e a estagiária Kamilla Dessert Falcão Brandão. Trata-se do mesmo Cinevídeo1 que
originalmente se localizava na Praça da Espanha, primeira loja para locação de
DVD em Curitiba... um endereço que fez história pela excelência do seu acervo e
que é ainda por todos lembrado.
FOTO 2 – Luiz Renato Ribas
e Francisco Souto Neto em 21.10.2016, no Instituto Cultural Memórias Paraná.
FOTO 3 – Francisco Souto
Neto entre Rômulo José Lima e José Renato Ribas no dia 21.10.2016.
FOTO 4 – Luiz Renato Ribas com sua neta Renata,
ao lado de Rômulo José Lima.
O meu depoimento
Num estúdio muito confortável, com
poltronas de veludo, são colhidos os depoimentos dos convidados. Não há
diálogos e a gravação não é posteriormente editada. Rômulo faz a pergunta
inicial: “Quem é você?”, e a pessoa passa a contar a sua história sem limitação
de tempo. A média das falas é de cerca de uma hora, mas o convidado é livre
para terminar quando quiser, a seu bel prazer.
O meu depoimento durou 47 minutos.
Procurei não me estender em demasia. Entretanto, ao ver-me e ouvir-me depois no
YouTube, notei que me referi a alguns assuntos sem muita importância e que me
esqueci de outros que eram verdadeiramente relevantes. Por exemplo, é
imperdoável que eu não tenha me lembrado de falar que meu pai, Arary Souto, foi
o diretor da Rádio Central do Paraná no período de 1955 até ao seu falecimento
em 1963 (quando era presidente do Rotary Club local) e dos seus vários
trabalhos por diletantismo em prol da comunidade ponta-grossense. Esqueci-me
também de contar que minha mãe, Edith Barbosa Souto, sempre foi voluntária da
Rede Feminina de Combate ao Câncer, instituição que presidiu durante certo
período. E ainda, ao relatar a minha trajetória de vida, não me referi ao museu
que idealizei, inaugurei e presidi: o Museu Banestado... e que todo aquele
precioso acervo cultural do povo paranaense submergiu pelas garras da corrupção
que grassou no Governo Jaime Lerner de triste memória. Apesar desses lapsos ao
longo do meu depoimento, o que mais importa e me sensibiliza, foi a honra de
deixar minhas lembranças gravadas no Instituto Memórias Paraná, pelo que muito agradeço a Luiz Renato Ribas Silva.
O depoimento no YouTube
Abaixo, o endereço do YouTube onde
poderá ser visto o vídeo contendo o meu depoimento de 47 minutos:
Alguns momentos do meu depoimento, em fotografias feitas da tela do computador:
Sete momentos de Francisco Souto Neto
durante o depoimento a Memórias Paraná
Adiante, a relação que elaborei em
ordem alfabética das 340 pessoas que até 21 de outubro de 2016 participaram de
Memórias Paraná: Adair Alcione Krolow, Adalgiza Portugal Freixo, Adonai Aires
Arruda, Affonso Antoniuk, Airton Ravaglio Cordeiro, Airton Rui Antunes dos
Santos, Alcides José Branco Filho, Alexandre Silva Sampaio Lobo, Algaci Túlio,
Ali Chaim, Ali Zraik, Almir Chagas Vilela, Álvaro Dias, Alzeli Bassetti,
Antônio Acir Breda, Antônio Bernal Grau, Antônio Carlos Carneiro Neto, Antônio
Miguel Espolador Neto, Antônio Romão Montes, Araci Pedroso, Aramis Bertholdi,
Aramis Chain, Ário Taborda de Rawicz, Ary Beira Fontoura, Augustinho Pasko,
Avani Tortato Slomp Rodrigues, Ayrton Luiz Baptista, Barcímio Sicupira Júnior,
Belmiro Valverde Jobim Castor, Bernardo Bittencourt Neto, Biratã Higino Almeida
Giacomoni, Bóris Musialowiski, Bruno Franco, Bruno Maurízio Grillo, Calouros do
Ritmo, Cândido Gomes Chagas, Carlos Alberto Anciutti Pessoa, Carlos Alberto
Sanches, Carlos Beal, Carlos da Costa Coelho, Carlos Eduardo Jung, Carlos
Renato Fernandes, Carlos Roberto Bostelmann, Carlos Roberto da Rocha, Carlos
Roberto Marassi, Carlos Rodolfo Sandrini, Carlos Rogério Florenzano, Celso Ferreira
Nascimento, Chloris Casagrande Justen, Cid Deren Destefani, Claudete Rufino,
Cláudio Cordeiro Kiryla, Cleide Anastácio Rando, Clemente Ivo Juliatto,
Clodoaldo Guilherme, Constantino Batista Viaro, Constantino Roberto
Constantini, Cristóvam Linero Sobrinho, Dácio Leonel de Quadros, Dalton Mehl
Andrusko, Danilo Avelleda, Danilo Decker D’Ávila, Darar William Zraik, Darci
Piana, Darcy Nasser de Melo, Demosthenes Mendes de Moraes, Dimitry Kosemjakin,
Dino José Bronze de Almeida, Dionéia Dresch & José Budel, Dorival Sprenger
Vianna, Durval Monteiro, Edson Luiz Campagnolo, Edson Luiz Góis Militão, Edson
Luiz Vidal Pinto, Edson Suit Ruck, Eduardo Guy de Manoel, Eduardo Luiz
Campagnolo, Eduardo Rocha Virmond, Egon Taruhn, Elídio Pierre Gusso, Elói
Zanetti, Elon da Silva Garcia, Enrico Caruso, Eraldo Palmerini, Ernani Lopes
Buchmann, Estefano Ulandowski, Euclydes Cardoso, Eulâmpio Vianna Filho, Ewaldo
Wachelke, Faruk El Khatib, Fausto Pereira Lacerda Filho, Felix Miranda,
Fernando Antônio Fontoura Bini, Fernando Antônio Miranda, Fernando César,
Fernando Paulino da Silva Wolf, Fernando Pernetta Velloso, Fernando Ribas
Amazonas de Almeida, Fernando Vidal Pereira de Oliveira, Firmino Dias Lopes,
Flora Munhoz da Rocha, Francisco Borsari Netto, Francisco Cunha Pereira, Francisco
Cunha Pereira Filho, Francisco Fernando Fontana, Francisco Miguel Roberto
Moraes Silva, Francisco Souto Neto, Francisco Xavier da Silva, Fritz Bassfeld,
Garibaldo Antônio José Maria Muoio, Gastão Pereira da Cunha, Geraldo Leão Veiga
de Camargo, Geroldo Augusto Hauer,
Gilberto Bittencourt Fontoura, Gilberto de Abreu Pires, Gilberto
Ferreira, Gilberto Luiz Koppe, Gilberto Patriota, Giuseppe Bertollo, Gláudio
José Geara, Glauco Souza Lobo, Guido Borgomanero, Harry Luhn, Hélcio Buck
Silva, Hélio Fileno de Freitas Puglielli, Helmuth Kampmann, Henrique Paulo
Schmidlin, Heron Arzua, Hilton Ronald Alice, Hiram Silva Souza, Homero Oliva,
Hugo Daniel Mengarelli, Humberto Osmar Utrabo, Iseu Elias Affonso da Costa,
Ismael João André Lago, Ítalo Conti, Ito Fabrício de Melo, Ivaldo Sá Barreto,
Ivan de Azevedo Gubert, Ivan Fadel, Ivo Thomazoni, Jair Brito, Jair Euclides
Capristo, Jael Bergamaschi Barros, Jan Szpatowski, Jayme Canet Júnior, Jean
Luiz Sampaio Féder, Jeorling Joely Cordeiro Cleve, Jilcy Mara Joly Rink, João
Batista Marchesini,João Cândido Ferreira Cunha Pereira, João Carlos Ribeiro,
João Chiminazzo Neto, João Darcy Ruggieri, João De Deus Freitas Neto, João de
Pasquale, João Féder, João Jacob Mehl, João José Werzbitzki, João Lydio Seiler
Bettega, João Lothário Bettega (Mauro de Alencar), João Luiz Fiani de Assis
Baptista, João Lydio Seiler Bettega, João Pedro Corrêa, João Teodoro da Silva,
Joel Malucelli, Joel Ramalho Júnior, Jofre Cabral e Silva, Jonatas Reichert,
Jonel Chede, Jorge Ângelo Wachelke, José Augusto Iwersen, José Carlos
Albuquerque do Amaral, José Carlos Assunção Belotto, José Carlos Corrêa Leite,
José Caetano Ferreira Neto, José Cid Campêlo, José Dionísio Rodrigues, José
Domingos Borges Teixeira, José Eduardo Alves Ferreira, José Eldir Ost, José
Eugênio Souza de Bueno Gizzi, José Francisco Sávio, José Henrique do Carmo,
José Jamur Filho (Jamur Jr), José Kalkbrenner, José Lúcio Glomb, José Machado
de Oliveira, José Maria de Paula Correia, José Maria Garcia da Silva, José
Pedro da Rocha Neto, José Plínio Taques, José Roberto Bastos Oliva, José
Roberto Orquiza, José Tadeu Basso, José Wanderley Dias, Júlio Luís Zaruch,
Júlio Pechmann, Júlio Raphael Gomel, Juril de Plácido e Silva, Lais Mann da
Silva, Lala Schneider, Lauro de Oliveira (Paulo Branco), Lauro Grein Filho, Léo
de Almeida Neves, Léo Krieger, Léo Vaz, Lia Borges D’Ávila, Lincoln Thiago
Isahias Tarquínio, Lívio Tito Calderari, Luís Fernando Marcondes Albuquerque,
Luiz Alfredo Malucelli, Luiz Antônio Solda, Luiz Augusto Xavier, Luiz Carlos
Borges da Silveira, Luiz Carlos Chacon, Luiz Carlos Martins, Luiz Fernando
Kosop, Luiz Fernando Kubrusly, Luiz Francisco Guil, Luiz Geraldo Mazza, Luiz
Gonzaga Andraos Cypriano de Mattos, Luiz Gonzaga da Motta Ribeiro, Luiz Groff,
Luiz Roberto Bruel, Luiz Sallim Emed, Lylian Betty Tamplin Vargas, Manoel Dória
Guimarães Filho, Manoel Izidro Coelho, Manoel Ubirajara Menezes da Silva,
Marcelo Ivan Melek, Marcelo Marchioro, Marco Antônio de Oliveira Fatuch, Marcos
Domakoski, Marcus Aurélio de Castro, Mardem Lincoln Amaral Machado, Maria
Cármen Iglesias Teixeira, Maria Inês Pierin Borges da Silveira, Mário Celso
Cunha, Mário de Mari, Mário Fernando De Camargo Maranhão, Mário Machado Macedo,
Mário Sérgio Silveira Márquez, Massimo Lorenzetti, Maurício Frischmann, Maurício
Schulman, Mauro Seraphim, Max Conradt Júnior, Miguel Arcanjo Capriotti, Milton
Luiz Pereira, Moacyr Lopes Gouvêa, Moysés Goldstein Paciornik, Munir Karam,
Nagibe Chede Abrahão, Néslio Rodrigues Pinheiro, Nestor Baptista, Ney José de
Freitas, Nilson Menezes Monteiro, Nilton Romanowski, Norberto Gastão Toedter,
Octávio Cesário Pereira Júnior, Odair Bettega, Odilon Túlio Vargas, Olival
Ronald Leitão, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, Omar Sabbag Filho, Onez Mário da
Silva, Orcy Stumm, Oriovisto Guimarães, Orlando Azevedo, Orlando José Weber,
Orly Bach, Orly Stumm, Osiris Batista Nadal, Osiris Haddad, Osmar Alfredo
Kohler, Osmar Sabbag Filho, Osvaldo Nascimento Júnior, Ovídio Gasparetto, Paulo
Cruz Pimentel, Paulo Hilário Bonametti, Paulo Salamuni, Paulo Siqueira, Paulo
Taborda Ribas de Souza Ortiz Camargo, Paulo Venturelli, Pedro Américo de Almeida, Pedro Augusto
Schwab, Pedro José Gomes, Pedro Luiz Nicolau, Pedro Rogério Prosdócimo, Pedro
Stenghel Guimarães, Pedro Washington de Almeida, Pier Massimo Nota, Quitilhano
Machado Neto, Ramiro Fernandes Dias, Raul Mazza do Nascimento, Reinaldo Moraes
Bessa, Renato Follador Júnior, Renato Sousa Bello, Renato Valmassoni Pinho,
René Ariel Dotti, Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, Roberto Cerulli Vezozzo,
Roberto José da Silva, Roberto Sotomaior Karam, Roberto Velloso, Rodney Frare e
Silva, Rogério Pedrozo Mainardes, Ronald Sanson Stresser, Rubens Pinho, Rui de
Almeida Valente, Samuel Guimarães da Costa, Samuel Ramos Lago, Sansão José
Loureiro, Sebastião Carneiro de Souza, Selma Suely Teixeira, Sérgio Picchetto, Sérgio Silbel Soares Reis,
Sinval Ferreira Martins, Sílvio Batista Piotto, Sylvio Ronald Leitão, Terezinha
Pereira Abagge, Ubiratan Willian Lustosa, Valdir de Paula Furtado, Valmir Sarat
Gomes, Valmor Zimermann, Venevérito da Cunha,Vicente Mickosz, Vinícius Coelho,
Virgínia Leite, Waldir Simões Assis Filho, Walter Werner Schmidt, Walter
Xavier, Wasyl Stuparyk, Willy Fritz Gonser, Wilson Martins, Wilson Portes, Zaki
Akel Sobrinho, Zélia Maria Nacimento Sell e Zilda Arns.
Fui informado de que minha amiga
Anita Zippin, que preside a Academia de Letras José de Alencar, será uma das
próximas personalidades a ingressar na lista acima.
-o-
P.S.: Se o meu depoimento for aberto diretamente no blog de MEMÓRIAS PARANÁ, o leitor encontrará também os meus traços biográficos:
http://memoriasparana.com.br/francisco-souto-neto-2016.../
TRAÇOS BIOGRÁFICOS NOS ARQUIVOS DE "MEMÓRIAS PARANÁ":
P.S.: Se o meu depoimento for aberto diretamente no blog de MEMÓRIAS PARANÁ, o leitor encontrará também os meus traços biográficos:
http://memoriasparana.com.br/francisco-souto-neto-2016.../
TRAÇOS BIOGRÁFICOS NOS ARQUIVOS DE "MEMÓRIAS PARANÁ":
Francisco Souto Neto (2016) Jornalismo – Presidente Venceslau – São Paulo
Francisco Souto Neto nasceu a 2 de setembro de 1943 em Presidente Venceslau, SP, filho do jornalista e radialista Arary Souto e Dª Edith Barbosa Souto. Em 1948 seu pai transferiu-se para Ponta Grossa, PR, para assumir o cargo de diretor de redação do diário Jornal do Paraná, e onde Francisco cursou o 1º e o 2º ano do Primário. Em 1953 a família mudou-se para Campo Grande, MS, a convite do primo de Dª Edith, Wilson Barbosa Martins, para fundar um jornal. Em 1955 retornaram para Ponta Grossa, onde seu pai organizou a Rádio Central do Paraná, da qual foi diretor geral até seu falecimento em 1963, quando era presidente do Rotary Club local. Aos 15 anos Francisco teve a primeira experiência em escrever para um matutino, como colaborador da coluna social “Cortina de Seda”, no Jornal da Manhã, que era assinada por Fadlo Auak (heterônimo do Prof. Sebastião Nascimento Filho) e depois por uma misteriosa colunista com o pseudônimo de Belinda. Em seu espaço na Cortina de Seda, assinava sob o pseudônimo de “Mister X”. Estudou por quatro anos no Ginásio Ponta-grossense, e depois fez o Curso Científico no Colégio Regente Feijó.
Após o falecimento de seu pai, ingressou por concurso público no Banco do Estado do Paraná. A convite do amigo de seu genitor, o intelectual Faris Antônio Michaelle, Francisco passou a participar da diretoria do Centro Cultural Euclides da Cunha, e o poeta Deodoro Alves Quintiliano chamou-o para integrar a diretoria da União dos Trovadores do Brasil, Seção Ponta Grossa, que eram importantes instituições culturais na cidade.
Sua mãe, Dona Edith, sempre foi voluntária desde que criada a Rede Feminina Ponta-grossense de Combate ao Câncer, a qual presidiu na década de 60.
Após dez anos trabalhando na agência Banestado, no começo dos anos 70 participou de um concurso interno para o cargo de inspetor e foi bem sucedido. Esse período de inspeções poderá ser encontrado na internet sob o título “Francisco Souto Neto + Dura vida de inspetor”. Ao princípio do Governo Jayme Canet Jr., meados da década de 70, um diretor do Banco convidou-o a assessorá-lo em Curitiba. Ao início de cada governo, um novo diretor sempre convidava Souto a prosseguir no mesmo cargo de confiança. E assim foi até que, terminado o Governo Ney Braga e o “mandato-tampão” de José Hosken de Novaes, assumiu o primeiro governador após a ditadura militar, eleito em sufrágio universal, José Richa.
Com o apoio do novo diretor Octacílio Ribeiro da Silva, do Governo Richa, Francisco começou a organizar e montar o Programa de Cultura do Banestado, que visava estimular as artes plásticas, a literatura (editando livros em prosa e poesia), a música, o teatro e o cinema. Ao mesmo tempo, a convite de Aroldo Murá, criou a coluna “Engenho & Arte” (título que posteriormente alterou para “Expressão & Arte”), no início ocupando meia página e depois página inteira do jornal, que foi publicada durante 10 anos. A certa altura, a coluna era veiculada ao mesmo tempo em três diferentes jornais, numa revista, e tornou-se um programa radiofônico na Rádio Estadual (a convite de René Ariel Dotti, apoio de Heron da Luz Trindade e de Sale Wolokita), que era um treinamento para que Francisco Souto Neto em seguida inaugurasse e apresentasse na Tevê Educativa (Estadual) o programa “Expressão & Arte”. Como Souto trabalhava no Banestado durante todos os dias úteis, essas atividades paralelas eram exercidas com o seu tempo disponível à noite e aos sábados e domingos.
Durante muitos anos participou como diretor ou conselheiro de órgãos oficiais ligados à Secretaria de Estado da Cultura. Nessa época chegou a assinar textos para a página dos editoriais da Gazeta do Povo, graças ao apoio do diretor do jornal, o saudoso Dr. Francisco Cunha Pereira Filho, de quem foi par de diretorias e de conselhos de algumas instituições, tais como o Conselho de Cultura da Telepar, a Sociedade dos Amigos dos Museus de Curitiba, e outras.
No Banestado, ao longo de vários governos, além de assessorar a diversos diretores, foi também assessor de dois presidentes: Edisson Elleri Faust e Carlos Antonio de Almeida Ferreira, verdadeiros mecenas. No terceiro mês do Governo Requião, com Heitor Wallace de Mello e Silva na presidência do extinto banco oficial do Paraná, aposentou-se em 1991, com apenas 47 anos – assim a Lei o permitia – para cumprir determinações de uma portaria interna, que exigia aos funcionários que se aposentassem aos 30 anos de carreira.
Entre 2007 e 2013, em coautoria com sua prima Lúcia Helena Souto Martini, escreveu a biografia – ainda inédita – de seu trisavô, o Visconde de Souto (1813-1880). Embora a obra permaneça inédita, teve capítulos publicados na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e na Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, e tornou-se um capítulo da série “Detetives da História”, apresentado pelo canal internacional The History Channel, que pode ser encontrado na internet ou diretamente no YouTube sob o título “O Elefante sem Identidade”.
Em 2014 foi-lhe outorgado o título de comendador. É membro da Academia de Letras José de Alencar, a cuja diretoria pertence, e onde ocupa a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta. Seis blogs temáticos, envolvendo todas as suas publicações e citações a seu trabalho, em mais de 3000 textos, estão disponíveis na internet.
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LINKS DOS MEUS SEIS BLOGS TEMÁTICOS:
Coluna “Expressão & Arte” no Jornal Indústria & Comércio e revista Charme:
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“Crônicas” para o Jornal Centro Cívico:
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“Francisco Souto Neto no ano de... (até 2007)”:
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“Francisco Souto Neto - Viagens e Opiniões”:
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“Francisco Souto Neto – Arte, Memórias de Viagens e Participação em livros”:
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“Crônicas e Artigos não publicados em Jornais e Revistas”:
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