sexta-feira, 6 de maio de 2016

"BARBARA HUTTON E SEU IATE VANADIS, HOJE HOTEL FLUTUANTE MÄLARDROTTNINGEN, EM ESTOCOLMO", por FRANCISCO SOUTO NETO para o PORTAL IZA ZILLI.


Barbara Hutton 

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Iza Zilli


Comendador Francisco Souto Neto

BARBARA HUTTON E SEU IATE VANADIS, HOJE HOTEL FLUTUANTE MÄLARDROTTNINGEN, EM ESTOCOLMO. 
Francisco Souto Neto

Quando estive pela primeira vez em Estocolmo, capital da Suécia, hospedei-me no hotel flutuante Mälardrottningen, o iate que à sua época foi o maior do mundo e pertenceu à princesa Barbara Hutton.


Barbara Hutton


Foto 1 – Barbara Hutton.

Barbara Wollworth Hutton (1912-1979) ao nascer foi noticiada nos Estados Unidos como “o bebê de um milhão de dólares”. Seu avô, o arquimilionário Frank Winfield Woolworth, era dono da gigantesca rede de lojas Woolworth espalhadas por todo o mundo. Era filha de Franklyn Hutton (1877-1940) e Edna Woolworth (1883-1918). Edna suicidou-se e quem encontrou o corpo foi sua filha Barbara, aos 5 anos, o que a traumatizou para sempre. Mais tarde Barbara passou a ser conhecida como “Pobre Menina Rica”. Após oito casamentos, envelhecida, começou a ser vista na companhia de jovens amantes, e a imprensa passou maldosamente a trata-la por “Pobre Velha Rica”.

Em 1930, ao completar 18 anos, os Estados Unidos viviam o grave período da depressão. Mas seu pai, dono de monumental fortuna, deu-lhe uma festa no Hotel Ritz-Carlton de Nova York, com um luxo sem precedentes, para 1000 convidados servidos por 200 criados e entretidos por quatro orquestras. Compareceram os Astors, os Rockefellers, e foram contratados artistas como Maurice Chevalier para cantar. O presente que Barbara recebeu do seu pai foi o iate Vanadis, então o maior do mundo. Essa embarcação é hoje o hotel flutuante Mälardrottningen Yacht Hotel, ancorado permanentemente em Estocolmo, na Suécia.

Antes dos 21 anos, com a sua fortuna sabiamente administrada pelo pai, Barbara Hutton já era a terceira mulher mais rica do mundo.

Foto 2 – Barbara Hutton.


1ª marido, o príncipe Alexis Mdivani


Foto 3 – Príncipe Alexis Mdivani e Barbara Hutton.

Aos 20 anos, em janeiro de 1933, passeando em Bangkok, Barbara conheceu Alexis Mdivani (1905-1935), um príncipe russo da Geórgia, e casou-se com ele sem permissão do pai. Com 70 malas de bagagem, iniciou a lua-de-mel na Itália, depois China e Japão. Ela tanto presenteava o marido, que este passou a ser tão exigente, que no ano seguinte o casamento já estava condenado. Ela iniciou o processo de divórcio em 1934 e em maio de 1935 estava divorciada, mas nunca dispensou o tratamento de “princesa”. O príncipe confessou jamais ter amado Barbara e que se casara por interesse na sua fortuna. Apenas três meses depois, ele faleceu numa corrida de automóveis na Espanha.


2º marido, o conde Kurt Reventlow.


Foto 4 – Casamento com o conde Kurt Reventlow.

No mesmo ano de 1935, Barbara casou-se com Kurt Heinrich Eberhard Erdmann Georg von Haugwitz-Hardenberg-Reventlow (1895-1969), um conde dinamarquês, de quem teve o filho Lance Reventlow, num parto tão complicado que ela quase morreu. Barbara soube então que não poderia mais ter filhos.

Foto 5 – Barbara Hutton com uma das suas tiaras de esmeraldas gigantescas.

Em 1936, pagou 1,2 milhões de dólares por uma coleção histórica de esmeraldas que tinham pertencido a Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia. Ao longo dos anos, foi reunindo uma coleção impressionante de jóias e possuiu a mais valiosa coleção de esmeraldas do mundo. Adquiriu outras joias de valor inestimável que tinham pertencido à rainha da França Maria Antonieta, à imperatriz Eugênia também da França e à rainha Dona Amélia de Portugal. Comprou um imenso terreno em Londres, onde construiu um palácio que custou muitos milhões de dólares. Esse seu marido, o conde dinamarquês, foi o que mais a abusou, verbal e fisicamente. Especulava-se que ele pretendia assassiná-la para herdar sua fortuna. Em 1938 ele a agrediu fisicamente, ela fez queixa à polícia e o conde foi preso. A esta altura Barbara começou a usar drogas e a desenvolver anorexia. Divorciou-se no mesmo ano e com a ameaça da Segunda Guerra Mundial regressou com o filho aos Estados Unidos, instalando-se na California.


3º marido, o ator Cary Grant.


Foto 6 – O ator Cary Grant.

Foto 7 – Casamento de Barbara Hutton com Cary Grant.

Durante suntuosas festas em Los Angeles e Hollywood, Barbara conheceu o ator Cary Grant (1904-1986) por quem se apaixonou. Grant era considerado um dos mais belos atores do país. A imprensa passou a tratar o casal como “Cash & Cary” (“Dinheiro & Cary”), mas esse ator foi o único marido que nunca se interessou pelo dinheiro de Barbara, tendo se aproximado do filho dela e feito o papel de bom padrasto, dando-lhe mais atenção do que a própria mãe. Embora Cary Grant soubesse que Barbara não poderia lhe dar filhos, ele sempre quis constituir uma família, mas seus compromissos com filmagens acabaram por fazer com que Barbara se desinteressasse dele, e em 1945 se divorciaram amigavelmente. Grant foi o único marido de Barbara que não recebeu qualquer compensação financeira pelo divórcio e manteve-se sempre seu amigo e do filho Lance. Durante a Segunda Guerra Mundial ela doou ao governo dos Estados Unidos o seu enorme iate Vanadis, também conhecido como iate Lady Hutton... que é atualmente o hotel flutuante Mälardrottningen.


4º marido, o príncipe Igor Troubetskoy.


Foto 8 – No jornal, casamento de Barbara Hutton com o príncipe Igor Troubetskoy, dos arquivos de Historic Images.

Terminada a guerra em 1945, Barbara vendeu o seu palácio londrino aos Estados Unidos pelo preço simbólico de 1 dólar, pelo que o Presidente Harry Truman lhe enviou uma carta de agradecimento. Ela viajou ao Tânger, onde viu que o palácio marroquino “Sidi Hosni” estava para ser vendido ao Generalíssimo Franco da Espanha. Ela dobrou o valor oferecido pelo general e comprou para si o palácio, onde passou a dar festas intermináveis. Tornou-se mais dependente de drogas, combinando pílulas, álcool e haxixe. Numa viagem a Paris, conheceu outro príncipe, este russo, Igor Troubetzkoy (1912-2008), com poucos recursos financeiros, mas bem relacionado na sociedade. Ele amava Barbara e casaram-se em 1947. Ele tentou diminuir a dependência que ela tinha das drogas, o que a desagradou. A convivência de ambos tornou-se insuportável, e foi ele quem pediu o divórcio em 1951. Barbara se ressentiu muito e tentou o suicídio.


5º marido, o playboy Porfirio Rubirosa.

Foto 9 – Barbara Hutton casando-se com o playboy internacional Porfirio Rubirosa. Ao lado, Ranfis Trujillo (amigo de Porfirio, que viria a ser o ditador da República Dominicana em 30.5.1961). À direita, Lance Haugwitz Reventlow, filho único de Barbara.

A esse tempo, eu era um garoto. Meu pai comprava a única revista semanal do Brasil, que se chamava O Cruzeiro. A revista era para mim uma festa, por ser o único veículo que nos contava o que acontecia no mundo. Eu também lia a revista mensal Cinelândia, voltada ao cinema e atores principalmente de Hollywood. Não existia televisão em Ponta Grossa, onde residíamos. Se não fosse por O Cruzeiro, notícias chegavam-me somente através de jornais (que eu, ainda menino, não lia), do rádio (que eu não ouvia) e do “jornal cinematográfico” semanal que era projetado na tela do cinema, antes do filme anunciado. Assim, graças a O Cruzeiro e Cinelândia, eu sabia quem era o playboy Porfirio Rubirosa, pois ele namorava as artistas de cinema mais lindas do mundo, aquelas que mexiam com o coração dos garotos. Na lista das conquistas de Rubirosa seguiam-se Kim Novak, Ava Gardner, Jayne Mansfield e até Marilyn Monroe.  Não resistindo ao charme de Rubirosa, Barbara Hutton casou-se com ele ao iniciar o ano de 1954. A esta altura, ele mantinha um caso com a atriz Zsa Zsa Gabor. 


Foto 10 - A atriz Zsa Zsa Gabor rindo-se maldosamente da foto do casamento de Porfirio Rubirosa com Barbara Hutton.

Barbara tudo fez para afastá-lo de Gabor, tendo até comprado tantos ternos de presente para o marido, graças aos quais ele rapidamente de tornou um dos dez homens mais bem vestidos do mundo. Também comprou-lhe um avião, mas que Rubirosa passou a utilizar para se encontrar mais facilmente com a amante Gabor. Barbara logo percebeu que não seria a mulher exclusiva neste casamento: vendeu o avião e divorciou-se rapidamente em 1954, dando 3,5 milhões de dólares ao ex-marido. Este foi o casamento mais curto de Barbara Hutton: durou apenas 53 dias.


6º marido: barão Gottfried von Cramm.


Foto 11 – Casamento de Barbara Hutton com o barão Gottfried von Cramm.

Gottfried Alexander Maximilian Walter Kurt Freiherr von Cramm (1909-1976), era um aristocrata alemão e famoso jogador de tênis. Ele era amigo de Barbara há anos, tendo ela o ajudado a escapar da morte durante o regime nazista, depois de ter sido ele preso devido a acusações de homossexualidade. Ela o reencontrou em 1955 na festa de uma amiga e resolveu casar-se com ele. Três anos depois, ao voltar das compras, Barbara encontrou o marido na cama com um homem. O casal tentou salvar o casamento de uma forma adulta, mas ao final Barbara achou que o barão não iria ajuda-la no momento conturbado de sua vida envolta em drogas, e divorciaram-se em 1959.


7º marido: James Henderson Douglas II.


Em 1957 Barbara conheceu em Veneza James Henderson Douglas II. Desde o primeiro encontro, ficou claro que ele pretendia simplesmente a sua companhia e amizade e assim a acompanhou de forma desinteressada, fazendo o possível para mantê-la longe das drogas e álcool. Barbara e James viajaram por todo o mundo e esta foi uma boa fase da sua vida. Em 1959 os dois foram ao México, onde Barbara construiu um palácio japonês, e todos os seus empregados vestiam-se com trajes japoneses. Deu ao palácio o nome de Sumiya, conceito japonês que significa paz, tranquilidade, criatividade, saúde e longevidade. Nesta altura, Barbara recebeu a visita do seu filho Lance após anos de afastamento em escolas particulares, e esse reencontro foi desastroso. Lance infelizmente encontrou a mãe num estado deplorável e discutiram de uma forma tão violenta que ele a abandonou imediatamente. Neste instante, Barbara percebeu como tinha ela própria desperdiçado a sua vida sem o único filho.


8º marido: Raymond Doan.



Foto 12 – Barbara Hutton e seu marido, o oportunista Raymond Doan, príncipe de Vinh na Champasak.


Desesperada, voltou em 1960 para o seu palácio em Tânger sem Douglas e retomou a sua vida dependente de drogas, álcool, cigarros e festas intermináveis. Nesta altura conheceu Lloyd Franklin, um inglês de 23 anos que cantava e tocava guitarra no "Dean´s Bar", muito popular em Tânger. Barbara apaixonou-se novamente e embora nunca tenham casado viveram juntos, tendo Franklin recebido muitos presentes valiosos. Barbara encontrava-se nesta altura muito fragilizada, física e psicologicamente, e tornou-se uma presa fácil para dois irmãos que viviam em Tânger. Raymon Doan, um químico do Vietnã, organizou um esquema com o seu irmão de forma a conquistá-la através de uma série de poemas românticos e cartas de amor. Apesar de avisada pelos seus amigos do interesse financeiro de Doan, Barbara casou-se com ele em 7 de abril de 1964. Doan era budista e convenceu Barbara a comprar-lhe um título nobiliárquico. Na embaixada de Rabat, no Laos, Barbara comprou para o marido o título de “Príncipe de Vinh na Champasak”. Este seria o último casamento e título de princesa para Barbara. O divórcio aconteceu em janeiro de 1969 e o príncipe Vinh na Champassak recebeu 2 milhões de dólares.

Foto 13 – Barbara Hutton em 1970, aos 58 anos.


O fim da princesa Barbara Hutton.


No dia 24 de julho de 1972, Barbara recebeu a notícia da morte de Lance Haugwitz Reventlow, seu único filho, num desastre aéreo. Ela ficou num estado tal de desespero e angústia que nem compareceu às cerimônias fúnebres. A partir de então precisou cada vez mais das drogas para viver, e por vezes apareceu alcoolizada em público, gastando o seu dinheiro de forma descontrolada. Relacionou-se com homens mais novos e pessoas desconhecidas, a quem deu dinheiro, pulseiras de diamantes e outras joias valiosas.


Foto 14 – O toureiro Ángel Teruel com Barbara Hutton.

A sua fortuna diminui consideravelmente, devido a gastos excessivos aliados a negócios duvidosos feitos por parte do seu advogado de sempre, Graham Mattison. Por último, chegou ao ponto de ter que vender o seu patrimônio para poder sobreviver. As suas propriedades e joias foram vendidas por pequenas frações do seu preço verdadeiro. Pediu aos seus criados para procurarem as pessoas a quem tinha oferecido joias para as reaver; poucas devolveram.

No verão de 1975, Barbara realizou a sua última visita a Tânger, onde tinha fixado residência legal por motivos fiscais. Voltando aos Estados Unidos, viveu os seus últimos anos numa suite de quatro quartos no luxuoso Regent Beverly Wilshire Hotel, em Beverly Hills, já com a sua saúde bastante debilitada. Ela aparecia no bar e conversava com as pessoas, dando por vezes uma joia em reconhecimento da sua atenção. 


Foto 15 - Barbara Hutton em 1976.

Entretanto, a sua saúde foi piorando até que ficou imobilizada na cama, precisando de criadas para a alimentarem e cuidarem da sua higiene pessoal. O ex-marido Cary Grant foi um dos poucos amigos a visita-la. Barbara morreu de ataque cardíaco em 11 de maio de 1979, aos 66 anos. Da cerimônia fúnebre participaram apenas dez pessoas, entre amigos e familiares. Entre eles, a sua prima Dina Merrill e seu marido Cliff Robertson que leu um poema de Barbara intitulado The Enchanted (A Encantada). Barbara Woolworth Hutton está sepultada no mausoléu construído pelo avô, no Cemitério de Woodlawn, no Bronx, Nova York, junto dos seus avós, mãe e filho.

Foto 16 – Mausoléu de Barbara Hutton


O Vanadis, ou Iate Lady Hutton, hoje Mälardrottningen


Durante a primeira Guerra Mundial, a princesa Hutton “vendeu” o seu iate para a Marinha norte-americana pelo preço simbólico de um dólar. O barco sobreviveu à guerra. Vendido depois a uma companhia de navegação, atuou para o transporte de passageiros no Mar Báltico durante algumas décadas. No final dos anos 80 foi comprado por uma empresa hoteleira da capital da Suécia, que resolveu transformá-lo num hotel flutuante, atracado para sempre em Riddarholmen, no bairro de Gamla Stan.



FOTO 17 - Na década de 50, o iate que é hoje o Mälardrottningen (que teve muitos nomes) chegando a um porto do Mar Báltico.

Foto 18 – Em 2016, o iate Mälardrottninguen ancorado em Riddarholmen, Estocolmo.

As cabines são pequenas, mas confortáveis, com televisor e telefone, e banheiro privativo. A única suíte do iate é a que era ocupada pela princesa. Todas as demais cabines eram usadas pelos seus felizes convidados. Eu fiquei hospedado com meu amigo Rubens Faria Gonçalves na cabine de número 119.

Foto 19 – Cabine do iate-hotel Mälardrottningen.

O café da manhã no Mällardrottningen é um dos melhores que conheci na Europa. Um restaurante funciona no 4º andar da embarcação, um dos mais recomendados de Estocolmo. Uma das atrações do hotel é o Captain Bar, conservado como era desde a inauguração do iate. Em diversos dos ambientes há retratos da princesa Barbara Hutton, um deles na sala principal, cujo piso é de vidro inquebrável – já um tanto arranhado pelo desgaste de quase um século – através do qual vê-se a casa de máquinas do barco.

Foto 20 – Rubens Faria Gonçalves em frente ao hotel-iate Mälardrottningen.

Foto 21 – Rubens Faria Gonçalves tomando o café da manhã no hotel-iate Mälardrottningen.

Foto 22 – Francisco Souto Neto almoçando no hotel-iate Mälardrottningen.

Foto 23 – Francisco Souto Neto nos corredores do Mälardrottningen Yatch Hotel.

Foto 24 – Francisco Souto Neto num dos livings do Mälardrottningen Yatch Hotel, em cuja parede se vê a foto da princesa Barbara Hutton, que foi sua proprietária.

Foto 25 – No Mälardrottningen Yatch Hotel, a foto da princesa Barbara Hutton.

Foto 26 – O casal Cary Grant e Barbara Hutton no iate “Lady Hutton”, hoje Mälardrottningen Yatch Hotel.

Foto 27 – Francisco Souto Neto abrindo a porta da cabine 119 do Mälardrottningen Yatch Hotel.

Foto 28 – Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves na cabine 119 do Mälardrottningen Yatch Hotel. Neste iate, construído há quase um século, deveria ser um luxo o fato de que os convidados de Barbara Hutton contassem com banheiros privativos em suas cabines.

Hospedado naquele iate, não há como não pensar no destino da sua proprietária, que foi “o bebê de um milhão de dólares”. Ela gastou rigorosamente toda a sua fortuna através da vida. Ao morrer num hospital, sua conta bancária assombrou o mundo: não lhe restavam mais do que 3.500 dólares... Sem dúvida, Barbara Hutton viveu como quis. 

Foto 29 - À noite, o Mälardrottningen em Riddarholmen, tendo ao fundo a torre da Prefeitura de Estocolmo, onde se realizam as cerimônias do Prêmio Nobel. 

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Adiante, dois filmes feitos no interior do Mälardrottningen pelo autor deste artigo:




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TEXTO SOBRE ZSA ZSA GABOR

 ACRESCENTADO EM 10.5.2016:


Pelo fato de ter publicado uma fotografia da atriz Zsa Zsa Gabor no artigo acima (vide Foto 10), tive a curiosidade de pesquisar sobre a mesma na internet para conhecer a sua história...


Zsa Zsa Gabor quando jovem, estrelando seus primeiros filmes em Hollywood.

...e fiquei surpreso ao constatar que Zsa Zsa nasceu em 6 de fevereiro de 1916 e que continua entre nós aos seus... 99 anos! Ela casou-se nove vezes, a última em 1986 com o príncipe Frédéric von Anhalt, cuja união dura até hoje.

Na década de 50 eu era fã da atriz Zsa Zsa Gabor. Lia tudo o que sobre ela era publicado nas revistas O Cruzeiro, Manchete e na especializada revista mensal Cinelândia. Ela era muito exuberante. Tinha uma irmã mais nova que ela, Eva Gabor, também atriz, mais bonita do que Zsa Zsa e, parece-me, melhor atriz. Uma coisa curiosa é que a mãe de Zsa Zsa e Eva era uma jovem senhora ainda mais exuberante do que as filhas. Meu irmão Olímpio dizia achar engraçada a sensação que tinha de que as três mulheres - mãe e filhas - pareciam estar sempre competindo para ver qual seria a mais bela.

O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor.


O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor.


O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor em 1989, 3º ano de casados.


Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.

Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.

Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.


Aos 25 anos de casados, em 2011, surgiram outdoors na cidade, convidando o povo para a festa.


Entretanto, nem tudo era alegria. Em 2002 Zsa Zsa estava num carro em Los Angeles, no banco dianteiro do passageiro, quando houve um acidente. Ela ficou parcialmente paralisada e dependente de uma cadeira de rodas.

Nos anos que se seguiram, Zsa Zsa foi submetida a várias cirurgias, e em 2011 teve a perna direita amputada acima do joelho, para salvar sua vida de uma violenta infecção. Em 6 de fevereiro do corrente ano de 2016 comemorou-se o seu 99º aniversário.


Em 2011 o príncipe oferecendo a Zsa Zsa um bolo comemorativo ao seu 95º aniversário. 

O príncipe Frédéric com o bolo para Zsa Zsa comemorativo ao seu 99º aniversário em 2016.

Ars longa, vita brevis – e não ao contrário, mesmo que se viva cem anos.


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O autor, Francisco Souto Neto em sua residência em 2023, aos 79 anos de idade.

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