Iza Zilli
Comendador Francisco Souto Neto
Francisco Souto Neto
Quando estive pela primeira vez em
Estocolmo, capital da Suécia, hospedei-me no hotel flutuante Mälardrottningen,
o iate que à sua época foi o maior do mundo e pertenceu à princesa Barbara
Hutton.
Barbara Hutton
Foto 1 – Barbara Hutton.
Barbara Wollworth Hutton (1912-1979)
ao nascer foi noticiada nos Estados Unidos como “o bebê de um milhão de
dólares”. Seu avô, o arquimilionário Frank Winfield Woolworth, era dono da
gigantesca rede de lojas Woolworth espalhadas por todo o mundo. Era filha de
Franklyn Hutton (1877-1940) e Edna Woolworth (1883-1918). Edna suicidou-se e quem
encontrou o corpo foi sua filha Barbara, aos 5 anos, o que a traumatizou para
sempre. Mais tarde Barbara passou a ser conhecida como “Pobre Menina Rica”.
Após oito casamentos, envelhecida, começou a ser vista na companhia de jovens
amantes, e a imprensa passou maldosamente a trata-la por “Pobre Velha Rica”.
Em 1930, ao completar 18 anos, os
Estados Unidos viviam o grave período da depressão. Mas seu pai, dono de
monumental fortuna, deu-lhe uma festa no Hotel Ritz-Carlton de Nova York, com
um luxo sem precedentes, para 1000 convidados servidos por 200 criados e
entretidos por quatro orquestras. Compareceram os Astors, os Rockefellers, e
foram contratados artistas como Maurice Chevalier para cantar. O presente que
Barbara recebeu do seu pai foi o iate Vanadis, então o maior do mundo. Essa
embarcação é hoje o hotel flutuante Mälardrottningen
Yacht Hotel, ancorado permanentemente em Estocolmo, na Suécia.
Antes dos 21 anos, com a sua fortuna
sabiamente administrada pelo pai, Barbara Hutton já era a terceira mulher mais
rica do mundo.
Foto 2 – Barbara Hutton.
1ª marido, o príncipe Alexis Mdivani
Foto 3 – Príncipe Alexis Mdivani
e Barbara Hutton.
Aos 20 anos, em janeiro de 1933, passeando
em Bangkok, Barbara conheceu Alexis Mdivani (1905-1935), um príncipe russo da
Geórgia, e casou-se com ele sem permissão do pai. Com 70 malas de bagagem,
iniciou a lua-de-mel na Itália, depois China e Japão. Ela tanto presenteava o
marido, que este passou a ser tão exigente, que no ano seguinte o casamento já
estava condenado. Ela iniciou o processo de divórcio em 1934 e em maio de 1935
estava divorciada, mas nunca dispensou o tratamento de “princesa”. O príncipe
confessou jamais ter amado Barbara e que se casara por interesse na sua
fortuna. Apenas três meses depois, ele faleceu numa corrida de automóveis na
Espanha.
2º marido, o conde Kurt Reventlow.
Foto 4 – Casamento com o conde Kurt
Reventlow.
No mesmo ano de 1935, Barbara
casou-se com Kurt Heinrich Eberhard Erdmann Georg von
Haugwitz-Hardenberg-Reventlow (1895-1969), um conde dinamarquês, de quem teve o
filho Lance Reventlow, num parto tão complicado que ela quase morreu. Barbara
soube então que não poderia mais ter filhos.
Foto 5 – Barbara Hutton com uma
das suas tiaras de esmeraldas gigantescas.
Em 1936, pagou 1,2 milhões de dólares
por uma coleção histórica de esmeraldas que tinham pertencido a Catarina, a
Grande, imperatriz da Rússia. Ao longo dos anos, foi reunindo uma coleção
impressionante de jóias e possuiu a mais valiosa coleção de esmeraldas do
mundo. Adquiriu outras joias de valor inestimável que tinham pertencido à
rainha da França Maria Antonieta, à imperatriz Eugênia também da França e à
rainha Dona Amélia de Portugal. Comprou um imenso terreno em Londres, onde
construiu um palácio que custou muitos milhões de dólares. Esse seu marido, o conde
dinamarquês, foi o que mais a abusou, verbal e fisicamente. Especulava-se que
ele pretendia assassiná-la para herdar sua fortuna. Em 1938 ele a agrediu
fisicamente, ela fez queixa à polícia e o conde foi preso. A esta altura
Barbara começou a usar drogas e a desenvolver anorexia. Divorciou-se no mesmo
ano e com a ameaça da Segunda Guerra Mundial regressou com o filho aos Estados
Unidos, instalando-se na California.
3º marido, o ator Cary Grant.
Foto 6 – O ator Cary Grant.
Foto 7 – Casamento de Barbara
Hutton com Cary Grant.
Durante suntuosas festas em Los
Angeles e Hollywood, Barbara conheceu o ator Cary Grant (1904-1986) por quem se
apaixonou. Grant era considerado um dos mais belos atores do país. A imprensa
passou a tratar o casal como “Cash &
Cary” (“Dinheiro & Cary”), mas esse ator foi o único marido que nunca
se interessou pelo dinheiro de Barbara, tendo se aproximado do filho dela e
feito o papel de bom padrasto, dando-lhe mais atenção do que a própria mãe. Embora
Cary Grant soubesse que Barbara não poderia lhe dar filhos, ele sempre quis
constituir uma família, mas seus compromissos com filmagens acabaram por fazer
com que Barbara se desinteressasse dele, e em 1945 se divorciaram
amigavelmente. Grant foi
o único marido de Barbara que não recebeu qualquer compensação financeira pelo
divórcio e manteve-se sempre seu amigo e do filho Lance. Durante a Segunda
Guerra Mundial ela doou ao governo dos Estados Unidos o seu enorme iate
Vanadis, também conhecido como iate Lady Hutton... que é atualmente o hotel
flutuante Mälardrottningen.
4º marido, o príncipe Igor Troubetskoy.
Foto 8 – No jornal, casamento de
Barbara Hutton com o príncipe Igor Troubetskoy, dos arquivos de Historic
Images.
Terminada a guerra em 1945, Barbara
vendeu o seu palácio londrino aos Estados Unidos pelo preço simbólico de 1
dólar, pelo que o Presidente Harry Truman lhe enviou uma carta de
agradecimento. Ela viajou ao Tânger, onde viu que o palácio marroquino “Sidi
Hosni” estava para ser vendido ao Generalíssimo Franco da Espanha. Ela dobrou o
valor oferecido pelo general e comprou para si o palácio, onde passou a dar
festas intermináveis. Tornou-se mais dependente de drogas, combinando pílulas,
álcool e haxixe. Numa viagem a Paris, conheceu outro príncipe, este russo, Igor
Troubetzkoy (1912-2008), com poucos recursos financeiros, mas bem relacionado
na sociedade. Ele amava Barbara e casaram-se em 1947. Ele tentou diminuir a
dependência que ela tinha das drogas, o que a desagradou. A convivência de
ambos tornou-se insuportável, e foi ele quem pediu o divórcio em 1951. Barbara
se ressentiu muito e tentou o suicídio.
5º marido, o playboy Porfirio Rubirosa.
Foto 9 – Barbara Hutton
casando-se com o playboy internacional Porfirio Rubirosa. Ao lado, Ranfis Trujillo (amigo de Porfirio, que viria a ser o ditador da República Dominicana em 30.5.1961). À direita, Lance
Haugwitz Reventlow, filho único de Barbara.
A esse tempo, eu era um garoto. Meu
pai comprava a única revista semanal do Brasil, que se chamava O Cruzeiro. A
revista era para mim uma festa, por ser o único veículo que nos contava o que
acontecia no mundo. Eu também lia a revista mensal Cinelândia, voltada ao cinema e atores principalmente de Hollywood. Não existia televisão em Ponta Grossa, onde residíamos. Se
não fosse por O Cruzeiro, notícias chegavam-me somente através de jornais (que
eu, ainda menino, não lia), do rádio (que eu não ouvia) e do “jornal
cinematográfico” semanal que era projetado na tela do cinema, antes do filme
anunciado. Assim, graças a O Cruzeiro e Cinelândia, eu sabia quem era o playboy Porfirio Rubirosa, pois ele namorava as artistas de cinema
mais lindas do mundo, aquelas que mexiam com o coração dos garotos. Na lista
das conquistas de Rubirosa seguiam-se Kim Novak, Ava Gardner, Jayne Mansfield e
até Marilyn Monroe. Não resistindo ao
charme de Rubirosa, Barbara Hutton casou-se com ele ao iniciar o ano de 1954. A
esta altura, ele mantinha um caso com a atriz Zsa Zsa Gabor.
Barbara tudo fez para afastá-lo de Gabor, tendo até comprado tantos ternos de presente para o marido, graças aos quais ele rapidamente de tornou um dos dez homens mais bem vestidos do mundo. Também comprou-lhe um avião, mas que Rubirosa passou a utilizar para se encontrar mais facilmente com a amante Gabor. Barbara logo percebeu que não seria a mulher exclusiva neste casamento: vendeu o avião e divorciou-se rapidamente em 1954, dando 3,5 milhões de dólares ao ex-marido. Este foi o casamento mais curto de Barbara Hutton: durou apenas 53 dias.
Foto 10 - A atriz Zsa Zsa Gabor rindo-se maldosamente da foto do casamento de Porfirio Rubirosa com Barbara Hutton.
Barbara tudo fez para afastá-lo de Gabor, tendo até comprado tantos ternos de presente para o marido, graças aos quais ele rapidamente de tornou um dos dez homens mais bem vestidos do mundo. Também comprou-lhe um avião, mas que Rubirosa passou a utilizar para se encontrar mais facilmente com a amante Gabor. Barbara logo percebeu que não seria a mulher exclusiva neste casamento: vendeu o avião e divorciou-se rapidamente em 1954, dando 3,5 milhões de dólares ao ex-marido. Este foi o casamento mais curto de Barbara Hutton: durou apenas 53 dias.
6º marido: barão Gottfried von Cramm.
Foto 11 – Casamento de Barbara
Hutton com o barão Gottfried von Cramm.
Gottfried Alexander Maximilian Walter
Kurt Freiherr von Cramm (1909-1976), era um aristocrata alemão e famoso jogador
de tênis. Ele era amigo de Barbara há anos, tendo ela o ajudado a escapar da
morte durante o regime nazista, depois de ter sido ele preso devido a acusações
de homossexualidade. Ela o reencontrou em 1955 na festa de uma amiga e resolveu
casar-se com ele. Três anos depois, ao voltar das compras, Barbara encontrou o
marido na cama com um homem. O casal tentou salvar o casamento de uma forma
adulta, mas ao final Barbara achou que o barão não iria ajuda-la no momento
conturbado de sua vida envolta em drogas, e divorciaram-se em 1959.
7º marido: James Henderson Douglas II.
Em 1957 Barbara conheceu em Veneza James Henderson Douglas II. Desde o primeiro encontro, ficou claro que ele pretendia simplesmente a sua companhia e amizade e assim a acompanhou de forma desinteressada, fazendo o possível para mantê-la longe das drogas e álcool. Barbara e James viajaram por todo o mundo e esta foi uma boa fase da sua vida. Em 1959 os dois foram ao México, onde Barbara construiu um palácio japonês, e todos os seus empregados vestiam-se com trajes japoneses. Deu ao palácio o nome de Sumiya, conceito japonês que significa paz, tranquilidade, criatividade, saúde e longevidade. Nesta altura, Barbara recebeu a visita do seu filho Lance após anos de afastamento em escolas particulares, e esse reencontro foi desastroso. Lance infelizmente encontrou a mãe num estado deplorável e discutiram de uma forma tão violenta que ele a abandonou imediatamente. Neste instante, Barbara percebeu como tinha ela própria desperdiçado a sua vida sem o único filho.
8º marido: Raymond Doan.
Foto 12 – Barbara Hutton e seu
marido, o oportunista Raymond Doan, príncipe de Vinh na Champasak.
Desesperada, voltou em 1960 para o
seu palácio em Tânger sem Douglas e retomou a sua vida dependente de drogas,
álcool, cigarros e festas intermináveis. Nesta altura conheceu Lloyd Franklin,
um inglês de 23 anos que cantava e tocava guitarra no "Dean´s Bar",
muito popular em Tânger. Barbara apaixonou-se novamente e embora nunca tenham
casado viveram juntos, tendo Franklin recebido muitos presentes valiosos. Barbara
encontrava-se nesta altura muito fragilizada, física e psicologicamente, e
tornou-se uma presa fácil para dois irmãos que viviam em Tânger. Raymon Doan,
um químico do Vietnã, organizou um esquema com o seu irmão de forma a
conquistá-la através de uma série de poemas românticos e cartas de amor. Apesar
de avisada pelos seus amigos do interesse financeiro de Doan, Barbara casou-se
com ele em 7 de abril de 1964. Doan era budista e convenceu Barbara a
comprar-lhe um título nobiliárquico. Na embaixada de Rabat, no Laos, Barbara
comprou para o marido o título de “Príncipe de Vinh na Champasak”. Este seria o
último casamento e título de princesa para Barbara. O divórcio aconteceu em janeiro
de 1969 e o príncipe Vinh na Champassak recebeu 2 milhões de dólares.
Foto 13 – Barbara Hutton em 1970,
aos 58 anos.
O fim da princesa Barbara Hutton.
No dia 24 de julho de 1972, Barbara
recebeu a notícia da morte de Lance Haugwitz Reventlow, seu único filho, num
desastre aéreo. Ela ficou num estado tal de desespero e angústia que nem compareceu
às cerimônias fúnebres. A partir de então precisou cada vez mais das drogas
para viver, e por vezes apareceu alcoolizada em público, gastando o seu dinheiro
de forma descontrolada. Relacionou-se com homens mais novos e pessoas
desconhecidas, a quem deu dinheiro, pulseiras de diamantes e outras joias
valiosas.
Foto 14 – O toureiro Ángel Teruel
com Barbara Hutton.
A sua fortuna diminui
consideravelmente, devido a gastos excessivos aliados a negócios duvidosos feitos
por parte do seu advogado de sempre, Graham Mattison. Por último, chegou ao
ponto de ter que vender o seu patrimônio para poder sobreviver. As suas
propriedades e joias foram vendidas por pequenas frações do seu preço
verdadeiro. Pediu aos seus criados para procurarem as pessoas a quem tinha
oferecido joias para as reaver; poucas devolveram.
No verão de 1975, Barbara realizou a
sua última visita a Tânger, onde tinha fixado residência legal por motivos
fiscais. Voltando aos Estados Unidos, viveu os seus últimos anos numa suite de
quatro quartos no luxuoso Regent Beverly Wilshire Hotel, em Beverly Hills, já
com a sua saúde bastante debilitada. Ela aparecia no bar e conversava com as
pessoas, dando por vezes uma joia em reconhecimento da sua atenção.
Entretanto, a sua saúde foi piorando até que ficou imobilizada na cama, precisando de criadas para a alimentarem e cuidarem da sua higiene pessoal. O ex-marido Cary Grant foi um dos poucos amigos a visita-la. Barbara morreu de ataque cardíaco em 11 de maio de 1979, aos 66 anos. Da cerimônia fúnebre participaram apenas dez pessoas, entre amigos e familiares. Entre eles, a sua prima Dina Merrill e seu marido Cliff Robertson que leu um poema de Barbara intitulado The Enchanted (A Encantada). Barbara Woolworth Hutton está sepultada no mausoléu construído pelo avô, no Cemitério de Woodlawn, no Bronx, Nova York, junto dos seus avós, mãe e filho.
Foto 15 - Barbara Hutton em 1976.
Entretanto, a sua saúde foi piorando até que ficou imobilizada na cama, precisando de criadas para a alimentarem e cuidarem da sua higiene pessoal. O ex-marido Cary Grant foi um dos poucos amigos a visita-la. Barbara morreu de ataque cardíaco em 11 de maio de 1979, aos 66 anos. Da cerimônia fúnebre participaram apenas dez pessoas, entre amigos e familiares. Entre eles, a sua prima Dina Merrill e seu marido Cliff Robertson que leu um poema de Barbara intitulado The Enchanted (A Encantada). Barbara Woolworth Hutton está sepultada no mausoléu construído pelo avô, no Cemitério de Woodlawn, no Bronx, Nova York, junto dos seus avós, mãe e filho.
Foto 16 – Mausoléu de Barbara
Hutton
O Vanadis, ou Iate Lady Hutton, hoje Mälardrottningen
Durante a primeira Guerra Mundial, a
princesa Hutton “vendeu” o seu iate para a Marinha norte-americana pelo preço
simbólico de um dólar. O barco sobreviveu à guerra. Vendido depois a uma
companhia de navegação, atuou para o transporte de passageiros no Mar Báltico
durante algumas décadas. No final dos anos 80 foi comprado por uma empresa hoteleira
da capital da Suécia, que resolveu transformá-lo num hotel flutuante, atracado
para sempre em Riddarholmen, no bairro de Gamla Stan.
FOTO 17 - Na década de 50, o iate que é hoje o Mälardrottningen (que teve muitos nomes) chegando a um porto do Mar Báltico.
Foto 18 – Em 2016, o iate
Mälardrottninguen ancorado em Riddarholmen, Estocolmo.
As cabines são pequenas, mas
confortáveis, com televisor e telefone, e banheiro privativo. A única suíte do
iate é a que era ocupada pela princesa. Todas as demais cabines eram usadas
pelos seus felizes convidados. Eu fiquei hospedado com meu amigo Rubens Faria
Gonçalves na cabine de número 119.
Foto 19 – Cabine do iate-hotel
Mälardrottningen.
O café da manhã no Mällardrottningen
é um dos melhores que conheci na Europa. Um restaurante funciona no 4º andar da
embarcação, um dos mais recomendados de Estocolmo. Uma das atrações do hotel é
o Captain Bar, conservado como era desde a inauguração do iate. Em diversos dos
ambientes há retratos da princesa Barbara Hutton, um deles na sala principal,
cujo piso é de vidro inquebrável – já um tanto arranhado pelo desgaste de quase um século – através do qual vê-se a casa de máquinas do barco.
Foto 20 – Rubens Faria Gonçalves em
frente ao hotel-iate Mälardrottningen.
Foto 21 – Rubens Faria Gonçalves
tomando o café da manhã no hotel-iate Mälardrottningen.
Foto 22 – Francisco Souto Neto
almoçando no hotel-iate Mälardrottningen.
Foto 23 – Francisco Souto Neto nos
corredores do Mälardrottningen Yatch Hotel.
Foto 24 – Francisco Souto Neto num
dos livings do Mälardrottningen Yatch Hotel, em cuja parede se vê a foto da
princesa Barbara Hutton, que foi sua proprietária.
Foto 25 – No Mälardrottningen Yatch
Hotel, a foto da princesa Barbara Hutton.
Foto 26 – O casal Cary Grant e
Barbara Hutton no iate “Lady Hutton”, hoje Mälardrottningen Yatch Hotel.
Foto 27 – Francisco Souto Neto
abrindo a porta da cabine 119 do Mälardrottningen Yatch Hotel.
Foto 28 – Francisco Souto Neto e
Rubens Faria Gonçalves na cabine 119 do Mälardrottningen Yatch Hotel. Neste
iate, construído há quase um século, deveria ser um luxo o fato de que os
convidados de Barbara Hutton contassem com banheiros privativos em suas
cabines.
Hospedado naquele iate, não há como
não pensar no destino da sua proprietária, que foi “o bebê de um milhão de
dólares”. Ela gastou rigorosamente toda a sua fortuna através da vida. Ao
morrer num hospital, sua conta bancária assombrou o mundo: não lhe restavam
mais do que 3.500 dólares... Sem dúvida, Barbara Hutton viveu como quis.
Foto 29 - À noite, o Mälardrottningen em Riddarholmen, tendo ao fundo a torre da Prefeitura de Estocolmo, onde se realizam as cerimônias do Prêmio Nobel.
-o-
Adiante, dois filmes feitos no
interior do Mälardrottningen pelo autor deste artigo:
-o-
TEXTO SOBRE ZSA ZSA GABOR
ACRESCENTADO EM 10.5.2016:
Pelo fato de ter publicado uma
fotografia da atriz Zsa Zsa Gabor no artigo acima (vide Foto 10), tive a curiosidade de
pesquisar sobre a mesma na internet para conhecer a sua história...
Zsa Zsa Gabor quando jovem, estrelando seus primeiros filmes em
Hollywood.
...e fiquei surpreso ao constatar que
Zsa Zsa nasceu em 6 de fevereiro de 1916 e que continua entre nós aos seus... 99
anos! Ela casou-se nove vezes, a última em 1986 com o príncipe Frédéric von
Anhalt, cuja união dura até hoje.
Na década de 50 eu era fã da atriz Zsa Zsa Gabor. Lia tudo o que sobre ela era publicado nas revistas O Cruzeiro, Manchete e na especializada revista mensal Cinelândia. Ela era muito exuberante. Tinha uma irmã mais nova que ela, Eva Gabor, também atriz, mais bonita do que Zsa Zsa e, parece-me, melhor atriz. Uma coisa curiosa é que a mãe de Zsa Zsa e Eva era uma jovem senhora ainda mais exuberante do que as filhas. Meu irmão Olímpio dizia achar engraçada a sensação que tinha de que as três mulheres - mãe e filhas - pareciam estar sempre competindo para ver qual seria a mais bela.
O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor.
O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor.
O casal príncipe Frédéric von Anhalt e princesa Zsa Zsa Gabor em 1989, 3º
ano de casados.
Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.
Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.
Zsa Zsa Gabor em sua mansão em Los Angeles.
Aos 25 anos de casados, em 2011, surgiram outdoors na cidade, convidando
o povo para a festa.
Entretanto, nem tudo era alegria. Em
2002 Zsa Zsa estava num carro em Los Angeles, no banco dianteiro do passageiro,
quando houve um acidente. Ela ficou parcialmente paralisada e dependente de uma
cadeira de rodas.
Nos anos que se seguiram, Zsa Zsa foi
submetida a várias cirurgias, e em 2011 teve a perna direita amputada acima do
joelho, para salvar sua vida de uma violenta infecção. Em 6 de fevereiro do
corrente ano de 2016 comemorou-se o seu 99º aniversário.
Em 2011 o príncipe oferecendo a Zsa Zsa um bolo comemorativo ao seu 95º aniversário.
O príncipe Frédéric com o bolo para Zsa Zsa comemorativo ao seu 99º
aniversário em 2016.
Ars longa, vita brevis – e não ao contrário, mesmo que se viva cem anos.
-o-
O autor, Francisco Souto Neto em sua residência em 2023, aos 79 anos de idade.
-o-
Nenhum comentário:
Postar um comentário