Francisco
Souto Neto em Santos, SP, em dezembro de 2024.
Comendador Francisco Souto Neto em 2015
VIAGEM A SANTOS, SP
por Francisco Souto Neto
PARTE
1
VIAGEM CURITIBA-SANTOS DE ÔNIBUS.
Eu e meu amigo Rubens fomos a Santos, SP, a passeio. Como não existem
voos entre Curitiba e Santos, pois em Santos não há aeroporto, resolvemos
viajar de ônibus pela Viação Catarinense que faz ligação direta entre Curitiba
e a Baixada Santista.
Esses veículos têm dois andares: no de baixo localizam-se 8 poltronas
que se transformam em leitos. No de cima são 46 poltronas identificadas como
semi-leitos porque têm uma certa inclinação, porém não se transformam em
“camas” como as existentes no andar de baixo. O tempo de viagem é de 6 horas e
meia, saindo de Curitiba às 8:45 horas, com previsão de chegada a Santos às
15:15.
Resolvemos viajar no compartimento “leitos”, de baixo. Mas logo
percebemos que esse privilégio de viajar com mais conforto teria vários
inconvenientes. Por exemplo: entre o piso do corredorzinho do ônibus e a base
das poltronas há um desnível de cerca de 30 centímetros e o espaço ao nível dos
pés da poltrona é pequeno para entrar ali. Essa explicação parece bem confusa,
mas de fato: não dá para primeiro sentar e depois elevar as pernas; é preciso
antes “subir os pés” e só depois acomodar o traseiro na poltrona... O pior: não
há banheiro naquele compartimento. O wc existe somente no andar de cima, e é
preciso subir (eu quase diria “escalar”) e descer a escada inclinadíssima, com
apenas 7 degraus, cada um deles de altura colossal, uma tarefa bem difícil para
os passageiros idosos, com o ônibus correndo e fazendo curvas através da
estrada. Imensas letras com o nome da empresa foram afixadas sobre as janelas.
Estas, as janelas, situam-se em nível tão baixo, que não é possível apreciar as
paisagens. Outro detalhe: ali não há bagageiros, de modo que não há como
acomodar a bagagem de mão, exceto se a colocarmos debaixo das nossas pernas. E
se ainda espaço houver para reclamações, inexiste televisor no veículo, o que
no passado era comum em ônibus-leitos.
Antes da partida, o motorista deu várias informações (que nós não
ouvimos) aos passageiros do andar de cima – que é o dos semi-leitos – mas nada
falou para nós, do cubículo dos leitos. Assim, ao chegarmos ao restaurante de
Registro para o almoço, não tínhamos sido informados do tempo de parada – que
descobrimos, ali mesmo com os funcionários do restaurante, que deveria ser de
meia hora.
O pior ainda: as nossas poltronas, lado a lado, eram as primeiras das
três filas. À nossa frente, havia apenas um paredão preto em toda e extensão do
cubículo, que é o que separa as poltronas da cabine do motorista e que tem
entrada exclusiva somente por fora do veículo. Ficamos assim sem nada podermos
ver à frente, a não ser os nossos pés encostados no depressivo paredão preto. E
através das janelas laterais, vale reafirmar, as imensas letras afixadas no
vidro atrapalhavam o pseudo panorama.
Em suma, acreditamos que viajar no andar de cima, ainda que sem o
conforto das poltronas que se transformam em leitos, seria muito melhor. Isso faríamos
ao retorno.
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Em 17.12.2024 na
Estação Rodoviária de Curitiba. Não há aeroporto em Santos, mas esta viagem de
ônibus faz o percurso direto a partir de Curitiba, evitando a cidade de São
Paulo.
O embarque. Na parte de
baixo há 8 poltronas-leito que se transformam em "camas". Na parte de
cima são 48 as poltronas chamadas "semi-leito" que reclinam um pouco.
Na primeira fila,
nossas pernas esticadas... mas na frente de nossas poltronas há um painel preto
sem visão da estrada.
Letras fixadas nas
janelas atrapalham a visão lateral.
Chegamos a Santos e hospedamo-nos no Atlântico Hotel, mas isto será assunto para a PARTE 2 deste relato.
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PARTE
2
A HOSPEDAGEM NO ATLÂNTICO HOTEL.
Chegando a Santos, hospedamo-nos no Atlântico Hotel, situado no nº 1 da
Rua Anna Costa, esquina com a Presidente Wilson, de frente para a Praça das
Bandeiras. Anna Costa é a mais importante avenida da cidade, que liga o centro
velho com a praia. Segundo nosso motorista do táxi que nos levou da estação
rodoviária ao hotel, Dona Anna Costa foi a esposa do homem mais rico e poderoso
da cidade, que mandou abrir essa via pública para que ela pudesse ser levada
pelos seus escravos diretamente ao mar que ela muito amava.
Pedimos nosso apartamento de frente para a praia e para o movimento
intenso de carros, de transeuntes, de bicicletas na ciclovia, das pessoas na
areia da praia que é imensa na maré baixa, para a brisa que move generosamente
a copa dos coqueiros e demais arvoredos do belíssimo e quilométrico jardim
praiano.
O Atlântico Hotel teve sua construção iniciada em 1908 e foi inaugurado
em 1922. Possuía 150 quartos, salões de festas, chás e refeições, este com piso
de mármore branco e negro. As refeições eram realizadas ao som de piano. Seus
hóspedes pessoas ricas e famosas, bem como artistas populares e políticos.
Segundo informações na internet, durante a II Guerra Mundial o local foi
transformado em quartel. Por causa do blecaute à noite, cortinas de veludo
negro cobriam as janelas. Na época, temia-se que o inimigo alemão se orientasse
pelas luzes da cidade para atacar. Com o cassino fechado pela proibição do jogo
de azar no Brasil, em 1946, por determinação do então presidente Dutra, roletas
e outros instrumentos passaram a ser mantidos cobertos por lençóis amarelos. Um
dia, caminhões de transporte levaram tudo, não se sabe para onde.
Eis algumas
pessoas de destaque que foram hóspedes do famoso hotel: Luiz Carlos Prestes,
Maria Bethânia, Gal Costa, Jamelão, Wando, Alcione, Jair Rodrigues e Mario
Covas, entre outras personalidades. Tudo isso sem deixar de lembrar das várias
delegações de times de futebol que ali se hospedaram.
Ao entrarmos no hotel, ficamos decepcionados com a ausência de poltronas
e sofás no lobby. Segundo informaram-me, na noite anterior tinha havido no
terraço do hotel um grande show do conjunto musical Roupa Nova, para o público
da rua e da praia, que os móveis haviam sido retirados temporariamente e que
voltariam a seus lugares após uma limpeza que seria feita no ambiente. Mas
durante os cinco dias que lá permanecemos, os móveis continuaram numa sala
anexa, fechada ao público, empobrecendo e descaracterizando a entrada do
estabelecimento.
Sem os móveis, obviamente salva-se a arquitetura primorosa, mas
empalidece a elegância do hotel, tornando-o menos expressivo. Para ilustrar
este meu artigo, colhi da internet as cinco primeiras fotografias anexas, e
completei com as que eu e Rubens tiramos do hotel e das imediações.
O hotel tem uma enorme varanda no andar térreo, voltada para a praia.
Pois não havia nela nem cadeiras, nem mesinhas, que pudessem acomodar os
hóspedes que, como em hotéis similares em países europeus, gostam de ficar
sentados observando o movimento das calçadas e da rua. Fica, pois, mais uma
sugestão para que o Atlântico Hotel possa manter o charme da sua história
iniciada com merecida pompa há mais de um século. Uma gerência que se preocupe
com esses detalhes poderá fazer uma grande diferença para a preservação e o
futuro desse monumento histórico e arquitetônico.
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O Atlântico Hotel, com
suas janelas e venezianas de madeira, inaugurado há 102 anos.
Entrada do Atlântico
Hotel.
Entrando.
O "lobby" do
hotel.
Nosso apartamento no 4º
andar.
Meu dedo aponta ao
bondinho que está instalado, imóvel, na praça em frente ao hotel, a Praça das
Bandeiras.
Na Praça das Bandeiras,
uma fonte, as bandeiras do mundo (que lhe dão o nome), o bondinho e a praia.
"Selfie".
Rubens mexendo em seu
celular e eu refletido no espelho. A porta do apartamento é original
(centenária).
As janelas do
apartamento sobre os jardins da praia.
Navios cargueiros.
Bem ao fundo, os
prédios da Ilha Porchat. No mar, à direita da foto, há um molhe, sobre o qual
nota-se uma famosa e gigantesca escultura vermelha de Tomie Otake.
Navio cargueiro
passando.
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O bondinho. |
As primeiras impressões sobre a cidade de Santos estarão na PARTE 3 deste relato.
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PARTE
3
PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE SANTOS.
A BIQUINHA DE SÃO VICENTE E A ILHA
PORCHAT.
Conheço Santos desde minha juventude. Mas a cidade mudou muito nestas
últimas décadas. Nesse primeiro dia surpreendemo-nos com a existência de dois
grandes shopping centers, um ao lado do hotel e outro no quarteirão seguinte. A
Praça da Independência, aos fundos do Atlântico Hotel, com sua forma elíptica,
irradia ruas movimentadas com profusão de lojas cheias de luzes. Após algumas
horas, o que se vê é uma cidade que tem ares de grande metrópole, com
motoristas muito bem educados que respeitam a faixa branca de pedestres. Minha
saudosa irmã Ivone nasceu em Santos no ano 1938, quando esta era uma das dez
mais populosas cidades do Brasil, e que depois passou a um lugar muito mais
discreto nessa classificação, mas agora desponta como uma metrópole antiga,
porém renovada com edifícios de 40 andares e até com um VLT (veículo leve sobre
trilhos), moderno sistema de transporte coletivo que vem sendo adotado em todo
o mundo e que é, na verdade, bem mais um metrô de superfície do que um bonde.
Os sobrinhos de meu amigo Rubens, Denis Luup e sua esposa Tati Luup, residem a apenas
três quarteirões do Atlântico Hotel. Conheço Denis, hoje aos 48 anos, desde seu
nascimento. O casal foi extremamente gentil e atencioso, fazendo questão de nos
ciceronear, levar-nos aos pontos que desejávamos ver e aos por eles sugeridos,
o que tornou nossa viagem surpreendentemente rica e muito mais interessante.
O primeiro lugar onde Denis e Tati nos levaram foi à histórica Biquinha
de Anchieta, em São Vicente, que é de 1553. De hoje a mais 30 anos, a Biquinha
comemorará 500 anos. Meio milênio.
Antes do nascimento de minha irmã Ivone, em Santos, meus pais residiram
em São Vicente, a apenas uns 300 metros da Biquinha de Anchieta. Minha mãe
nadava todas as manhãs ali na Praia do Gonzaguinha, onde se encontra o Marco
Padrão de São Vicente.
Achamos a Biquinha muito descuidada. Na realidade, a praça da Biquinha
está em obras e acredito que esse marco histórico de São Vicente será
restaurado.
Depois Denis e Tati levaram-nos à Ilha Porchat, onde estive na minha
infância e depois com meu amigo Rubens em 1972. No local onde havia um espaçoso
mirante, foi construído o Restaurante e Choperia Terraço, onde também
estivemos.
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Praça das Bandeiras vista do nosso apartamento.
Passeio pela Praça das Bandeiras. Atrás de mim, o Atlântico Hotel com suas janelas azuis.
Terraço do hotel.
Terraço do hotel.
Praça das Bandeiras à noite.
Shopping Center ao lado do hotel.
Num dos shoppings.
Átrio de outro shopping center.
Denis e Tati vêm buscar-nos para irmos à Biquinha de Anchieta.
Denis e Tati vêm buscar-nos para irmos à Biquinha de Anchieta.
Na Biquinha de Anchieta, em São Vicente.
Diz a lenda que quem bebe da Biquinha, voltará a São Vicente e Santos.
Diz a lenda que quem bebe da Biquinha, voltará a São Vicente e Santos.
Na Biquinha de Anchieta, em São Vicente.
Na Biquinha de Anchieta, em São Vicente.
À esquerda, a Ilha Porchat. À direita, o Marco Padrão de São Vicente.
No Marco Padrão de São Vicente.
O Marco Padrão de São Vicente.
Rubens fotografando, observado pelos sobrinhos.
Por volta de 1935, Mamãe nadava aqui quando começou a ser arrastada pela correnteza. Ela era uma exímia nadadora, e com muito esforço e muito tempo conseguiu voltar à praia. Desde então, passou a tomar mais cuidado com as águas da Praia do Gonzaguinha.
Nossa próxima visita: a Ilha Porchat.
Do alto da Ilha Porchat, vistas de São Vicente.
Do alto da Ilha Porchat, vistas de São Vicente.
Do alto da Ilha Porchat, vistas de São Vicente.
Do alto da Ilha Porchat, vistas de Santos.
Do alto da Ilha Porchat, vistas de Santos com Ilha Urubuqueçaba ao centro.
Entrada do Restaurante e Choperia Terraço.
Denis e Tati no terraço do restaurante.
Na PARTE 4 deste relato continuarão as fotografias de nosso passeio pela orla de São Vicente e Santos.
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PARTE
4
TELEFÉRICO DE SÃO VICENTE – PRAIA DO
ITARARÉ.
Uma das atrações das cidades-gêmeas São Vicente e Santos, é o Teleférico
de São Vicente, na Praia de Itararé.
Denis e Tati não quiseram subir, mas insistiram para que nós fôssemos,
enquanto eles ficariam à espera. Então resolvemos ser levados pelas cadeirinhas
aéreas... e o passeio foi muito interessante porque no alto do morro existe a
Rampa de Voo Livre. Como não havia nenhum parapente saltando, pudemos entrar no
gramado que leva à rampa... e senti-me extasiado com a vista da cidade de
Santos, absolutamente gloriosa.
No gramado, também aproveitando a ausência de parapentes naquele
momento, um casal de noivos por ali andava de mãos dadas, sob a mira de um
pequeno drone.
Descemos à estação do funicular, lá embaixo, onde Denis e Tati
esperavam-nos.
As cadeirinhas do teleférico de São Vicente.
Subindo ao morro.
Subindo ao morro.
Subindo ao morro.
Subindo ao morro.
Subindo ao morro.
Na rampa de onde saltam os parapentes. Deslumbrante vista de São Vicente e Santos.
Na rampa onde saltam os parapentes. Deslumbrante vista de São Vicente e Santos.
Na rampa onde saltam os parapentes. Deslumbrante vista de São Vicente e Santos.
Na rampa onde saltam os parapentes. Deslumbrante vista de São Vicente e Santos.
Na rampa onde saltam os parapentes. Deslumbrante vista de São Vicente e Santos.
O drone seguindo o casal.
O drone seguindo o casal.
O próximo passeio, ao Slack Park, poderá ser visto na PARTE 5.
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PARTE
5
O SLACK PARK DE SANTOS E A FASCINANTE
E GIGANTESCA ESCULTURA DE TOMIE OTAKE.
Visto à distância, da janela do nosso apartamento no Atlântico Hotel, o
Slack Park assemelhava-se a um molhe avançado sobre o mar. Mas lá chegando,
tive a impressão de tratar-se de um apêndice natural. É um verdadeiro parque
cheio de atrações, muitas brincadeiras para crianças, e ali, na sua ponta, foi
instalada uma gigantesca escultura da celebrada e saudosa Tomie Otake, em
homenagem ao centenário da imigração japonesa.
A escultura é de uma alucinante beleza, e ali ficamos até ao anoitecer,
conversando e observando o início da navegação de um navio de cruzeiro da MSC.
Uma refeição leve, no shopping, preparou-nos para um sono reparador.
No Slack Park de Santos.
Fim de tarde e lá vai o navio de cruzeiro da MSC para navegar em outros mares...
Passa o grande navio de cruzeiro.
A orla de Santos renovada com edifícios altíssimos, como o que se vê à esquerda.
Finalmente, a escultura de Tomie Otake.
Rubens e a escultura de Tomie Otake.
As pessoas às nossas costas servem para avaliar-se o gigantismo da escultura.
A placa avisa que crianças não podem brincar na escultura. Mas os pais não se importam, o que é uma pena.
Eu entre Denis e Tati admirando a escultura de Tomie Otake.
O próximo passeio, ao Aquário de Santos e à Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré , poderá ser visto na PARTE 6.
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PARTE
6
O AQUÁRIO E A BASÍLICA MENOR DE SANTO
ANTÔNIO DO EMBARÉ.
O aquário de Santos é muito antigo: foi inaugurado em 2 de julho de 1945
pelo presidente Getúlio Vargas. Ele é quase tão velho quanto eu... Eu sempre gostei
de aquários; o mais fascinante de todos os que conheço é o de Gênova, na
Itália, moderníssimo. O de Santos é pequeno, mas não perdeu o seu encanto.
Depois disso, Denis e Tati Luup levaram-nos a
conhecer a Basílica Menor de Santo Antônio do Embaré. O estilo é neogótico, que
é um movimento arquitetônico que começou no final da década de 1740 na
Inglaterra. Este movimento buscava reviver caraterísticas do estilo gótico, que
foi predominante na Europa durante a baixa Idade Média (século X a XV). Essa igreja
foi inaugurada em 1945, sendo elevada pelo papa Pio XII, em 1952, à categoria
de basílica.
Olhá-la de frente espanta porque, realmente, parece uma catedral gótica
europeia. O requinte do seu interior impressiona ainda mais. Não me cansei de
fotografá-la em seu interior. Na última das fotografias aqui publicadas,
procurei mostrar o contraste do seu estilo com o modernismo dos prédios que a
cercam.
De costas para a praia, fotografei este lindo canal de Santos, que assinala o bairro do Gonzaga (do lado esquerdo) e Boqueirão (do lado direito). Esta é a Av. Washington Luís, a uns 300 metros do nosso hotel. Nesta avenida, distante apenas uns 4 ou 5 quarteirões, mora minha prima Aidinha. E a apenas uns 150 metros deste ponto, residem Denis e Tati, sobrinhos do Rubens.
No Aquário.
No Aquário.
No Aquário.
Peixe do Aquário.
Peixes do Aquário.
Peixe do Aquário.
Rubens e Tati observando os peixes.
Eu sendo engolido pelo tubarão do Aquário.
Denis e Tati levam-nos para vermos a Basílica de Santo Antônio do Embaré. Ao redor há imensos novos prédios, como este ao fundo, que deve ter uns 40 andares.
A Basílica de Santo Antônio do Embaré.
O impressionane altar.
O altar.
A igreja.
Detalhes.
Vitrais.
Estátua de Santo Antônio, com base em informações reais.
Eu em frente ao altar.
A rosácea.
Detalhes das capelas laterais.
O púlpito.
Lá na frente, eu de perfil fotografando a igreja.
Denis e Tati apreciando a igreja.
Rubens com seu celular, mandando algumas das fotografias para o seu Facebook.
Em frente à igreja, a estátua de São Francisco.
São Francisco e os passarinhos.
A igreja cercada por altos edifícios, num impressionante contraste. De costas para mim, a estátua de São Francisco. Entre a estátua e a igreja, Denis, Tati e Rubens conversam.
Os acontecimentos do dia seguinte, no que se incluiu uma visita que fiz
a uma querida prima, Aida Crescência Martins Peliças, sua filha Lílian e seu
neto Hugo, e também a Denis e Tati Luup, poderão ser vistos na PARTE 7 deste
relato.
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PARTE
7
VISITA À MINHA PRIMA AÍDA CRESCÊNCIA
MARTINS PELIÇAS; DEPOIS, AO CASAL DENIS E TATI LUUP.
Conheci esta querida prima Aidinha (Aida Crescencia Martins Peliças) quando eu estaria
com aproximadamente 3 ou 4 anos de idade. Eu não a via há mais de 30 anos.
Fotografei-a em sua acolhedora casa que é cheia de folhagens e samambaias. E
conheci sua filha Lilian Araujo e seu neto.
Logo depois, encontrei-me com Tati Luup e Denis, em sua
casa, onde estava Rubens à minha espera. Tirei uma foto do casal projetando e
comentando fotografias que tiraram em dois exóticos países onde viveram: o
Japão e a Arábia Saudita.
Aida Crescência Martins Pericás, minha prima de Presidente Venceslau, que agora reside em Santos.
Aidinha.
Aidinha e sua parede de memórias.
Parede de memórias, com os parentes de Aidinha.
Aidinha cortando o bolo que fez para mim.
Bolo deliciooooooooso!
Aidinha com sua filha Lílian e o neto Hugo.
Meu primo Hugo me fotografa com sua mãe e avó.
O casal Denis e Tati Luup que nos levaram por todos os lugares mais interessantes de Santos. Nesta foto, eles passavam na tv cenas de lugares que visitaram enquanto viveram no Japão.
A seguir, na PARTE 8 deste relato, fotografias do nosso passeio no VLT
de Santos.
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PARTE
8
CONHECENDO O VLT SANTOS-SÃO VICENTE.
Na manhã do dia 20, Denis e Tati Luup levaram-nos à
estação Anna Costa do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e fizeram conosco um
passeio até ao ponto final da composição férrea.
O primeiro VLT que conheci foi em Strasbourg, na Suíça, há mais de 20
anos. Trata-se de um sistema derivado do metrô, com a diferença de circular na
superfície, nas ruas, como se fosse um bonde, com o qual muito se assemelha.
Esse moderno tipo de transporte coletivo esTá sendo adotado em cidades
de todo o mundo, até mesmo em metrópoles antigas como Jerusalém e Istanbul. Em
Curitiba, a implantação do VLT vem sendo menrtirosamente anunciada por
políticos oportunistas e jamais cumprida, o que venho denunciando inúmeras
vezes na imprensa curitibana, tal como este meu artigo de 2016:
https://fsoutone.blogspot.com/.../prefeitura-de-curitiba...
Meu artigo acima teve como base a seguinte notícia publicada na imprensa
de Curitiba no mesmo ano de 2016, como poderá ser comprovado abaixo. A notícia
publicada pela Gazeta do Povo tinha, COMO SEMPRE, fins eleitoreiros:
https://www.gazetadopovo.com.br/.../curitiba-lanca.../
Esta é, lamentavelmente, uma forma de enganar os leitores e conquistar
seu voto com notícias falsas e jamais concretizadas.
O sistema de VLT de Santos, ao contrário dos falsos projetos para
Curitiba, é um sucesso real. Uma pena que Curitiba não tenha conquistado
igualmente esse moderno tipo de transporte público. Meus parabéns à
municipalidade de Santos por fazer a cidade, mais uma vez, servir de exemplo
para Curitiba e para o Brasil.
Fiz vários pequenos filmes do nosso passeio pelo VLT, mas não consegui
inclui-lo entre as poucas fotografias abaixo. Falta-me desenvoltura nas lides
com a internet para saber como publicar as cenas aqui no Facebook. Farei isso
assim que eu aprender como fazê-lo.
O VLT chegando à estação.
Tati Luup à minha frente, nesta perspectiva do interior do VLT.
Rubens e Tati no interior do VLT.
Rubens fazendo uma selfie dele com o sobrinho Denis Luup.
Esta foto que tirei de costas do Rubens (à esquerda) e Denis e Tati (à direita) serve para mostrar o conforto dos passageiros no interior do moderno VLT.
Tati fotografando quando o nosso VLT passa em frente ao ponto de partida do teleférico, na praia, onde estivemos no dia anterior.
Tati fotografando quando o nosso VLT passa em frente ao ponto de partida do teleférico, na praia, onde estivemos no dia anterior.
Selfie do Rubens incluindo a mim e ao casal Luup.
Rubens e eu com Denis ao fundo.
...e lá vai o VLT pelas ruas de Santos.
Na próxima PARTE 9 deste relato, publicarei as fotografias de outro
passeio que fizemos com Denis e Tati Luup, desta vez de bonde, pelo setor
histórico de Santos.
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PARTE
9
A PRIMEIRA CHUVA. DEPOIS, O CENTRO
HISTÓRICO E PASSEIO NO BONDE TURÍSTICO.
Na manhã do dia 20 o casal Denis e Tati nos levaram a conhecer o VLT. E
combinamos que após o almoço iríamos ao Centro Histórico de Santos e tomaríamos
o bonde turístico para um passeio pela região. Entretanto, nas primeiras horas
da tarde choveu muito forte. Lá pelas 16 horas a chuva parou e recebemos um
telefonema do Denis dizendo-nos que acreditava que poderíamos manter o passeio
programado. Em poucos minutos, na companhia de Tati, Denis estacionou seu carro
na porta do nosso hotel e nos dirigimos ao Centro Histórico. Porém, quando
estávamos quase chegando ao nosso destino, a chuva voltou. Ainda assim ele
levou-nos para vermos a linda estação do bonde turístico, mostrou-nos também o
local onde existe o funicular do Monte Serrat e passamos pelas antigas ruas do
Centro Histórico, o que me impressionou pela riqueza foi a arquitetura daquele
local, de há mais ou menos um século. Há muitos casarões em decadência, mas se
forem restaurados, a região do porto terá condições de tornar-se um lugar de
atração internacional.
Na manhã seguinte não chovia e o sol brilhava. Então tivemos tempo para
realizarmos o passeio no bonde turístico e para subirmos ao Monte Serrat pelo
funicular, graças às atenções de Denis e Tati. E com o entusiasmo de sempre, o
gentilíssimo casal foi buscar-nos.
Já com os bilhetes, faltava meia hora para a próxima partida do bonde,
de modo que entramos por alguns instantes no prédio em frente à estação, onde
está instalado o Museu Pelé.
O passeio de bonde foi encantador. Sentamo-nos na primeira fila e pude
observar os movimentos do motorneiro ao dirigir o veículo sobre os trilhos.
Filmei bastante o passeio, mas não consegui descobrir como colocar esses filmes
aqui no Facebook junto às fotografias. Em todo caso, aí estão as fotos que
poderão dar uma ideia do que foi o passeio. Como desde criança eu sempre adorei
andar de bonde aqui no Brasil (até que eles foram retirados das ruas), e depois
disso andei de bonde somente na Europa, para mim foi uma grande alegria poder voltar
a usar esse meio de transporte.
De manhã, mesmo com chuva, Denis e Tati levaram-nos à estação do bonde turístico, mas não embarcamos devido ao mal tempo.
Vimos o bonde lá parado, que é o que foi doado por Nagasaki, Japão.
Detalhe do bonde japonês, que é um dos 5 ou 6 tipos que ali circulam.
Em seguida, ainda sob chuva, Denis mostrou-nos a estação do teleférico que leva ao Monte Serrat.
O teleférico (vermelho e amarelo) estacionado e a riqueza dos corrimões da antiquíssima estação.
Na manhã seguinte, sem chuva, da janela do nosso apartamento vimos a chegada de um navio de cruzeiro ao porto de Santos.
Pela manhã, Denis e Tati levaram-nos novamente à estação de bondes. Este é o bonde fechado nº 38.
Enquanto esperávamos pelo horário do nosso bonde, vimos este chegar a levar os passageiros da vez.
O bonde com o reboque.
Lá foi o bonde.
Enquanto esperávamos pelo horário do nosso bonde, fizemos um rápido passeio ao Museu Pelé, que fica em frente à estação.
Eu e Rubens sentamo-nos na primeira fila. Vê-se ali o banco do motorneiro.
Eu e Rubens sentamo-nos na primeira fila. Vê-se ali o banco do motorneiro.
Eu no bonde.
Começa o passeio.
Os turistas vão fotografando e filmando o percurso.
Casa dos Azulejos.
Imóvel em restauração.
Requintada arquitetura.
Construções do começo do Século XX.
Rica arquitetura.
Rica arquitetura.
Imóveis abandonados à espera de restauro.
Fim do passeio de bonde. Fiz muitos filmes e posteriormente os colocarei no YouTube ou aqui mesmo neste blogger.
Visita à Igreja Santuário Santo Antônio do Valongo. que é de 1641, uma das mais antigas do Brasil.
Porta de entrada, enquando uma moça varre o local.
A igreja de quase 400 anos.
Uma das capelas de um dos lados do templo.
Capelas da igreja.
No altar, o padre celebra a missa.
Depois fomos ver a exposição de presépios.
Eram dezenas de presépios em exposição.
Rubens, Tati e Denis no corredor dos presépios.
Tivemos tempo ainda para subirmos ao Monte Serrat. Na próxima PARTE 10
(a última) serão vistas as fotografias do passeio ao Monte Serrat e então
termina nossa estada em Santos e retornamos de ônibus a Curitiba.
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PARTE
10
O MONTE SERRAT E O FIM DA VIAGEM.
Após o passeio de bonde, Denis e Tati levaram-nos, pertinho, ao
funicular do Monte Serrat. Ali estive quando menino e nunca me esqueci. Pelo
que me lembro, o funicular nada mudou. Acho que é o mesmo desde sua
inauguração. O bondinho do Monte Serrat, em Santos, foi planejado em 1910, mas
inaugurado somente em 1927. É um sistema funicular que leva ao topo do Monte
Serrat, também conhecido como Morro de São Jerônimo.
O Monte Serrat é um local antigo para visitar e conhecer a história da
cidade. O bondinho ou funicular é uma atração turística importante, juntamente
com o antigo Cassino do Monte Serrat, que funcionou até 1946.
Situado a 157 m de altitude, possibilita uma visão de 360º de toda a
cidade. É um marco no coração de Santos. Também possui em seu topo um Santuário
de Nossa Senhora do Monte Serrat (padroeira de Santos, festejada no dia 8 de
setembro).
Essa pequena igreja construída no alto do monte, remonta a 1603 e foi
erguida a pedido de dom Francisco de Sousa, governador-geral do Brasil de 1599
a 1605.
Depois desses dois passeios matinais, fomos diretamente a um restaurante
num shopping center ali no centro de Santos, que é o maior da cidade. Após
almoçarmos, fomos à casa de Denis e Tati, que nos conduziram à estação
rodoviária às 4 da tarde.
Eu fotografo Denis, Tati e Rubens subindo para pegarem um bom assento no funicular.
Já no alto do Monte Serrat: quem não quiser subir de funicular, pode subir através de mais de 400 degraus até ao alto do morro.
Santos vista do Monte Serrat. A avenida que aparece à direita é a Anna Costa, que corta a cidade do porto à praia.
O porto de Santos.
Agora a Av. Anna Costa aparece à esquerda.
O Denis fotografa ao Rubens, a Tati e a mim em frente à porta do antigo Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat.
Quando fotografei este interior da igrejinha, um susto: aquele casal que entrou à nossa frente fez algo bem estranho: a mulher subiu no altar até ficar ao lado da santa, enquanto o marido a fotografa. Incrível! Ou será que isso é habitual?!
Esta foto de Tati e Denis ao lado do Santuário de Nossa Senhora do Monte Serrat, serve como uma despedida nossa desse casal que com tamanho carinho nos recebeu e nos levou a lugares onde não teríamos ido se não fossem eles! Obrigado, Denis e Tati Luup.
Nosso retorno foi pela Viação Catarinense, porém compramos a passagem na
parte mais alta do ônibus, evitando o cubículo, tipo sarcófago, que é onde
estão as 8 poltronas-leito. O embarque foi meio tumultuado, porque o ônibus
estava estacionado já há tempo, mas ninguém abria o bagageiro para o transporte
das malas. Finalmente embarcamos. As poltronas da classe “semi-leito” não eram
tão apertadas, a viagem começaria às 16:55 horas e chegaríamos a Curitiba 15
minutos antes da meia-noite.
Desta vez o motorista falou a todos, que deveríamos usar os cintos de
segurança, que teríamos dentro de 4 horas uma parada em Registro com duração de
30 minutos, mostrou o local onde há um telefone para casos de emergência se
precisarem falar com o motorista. E ele fez um alerta que chega a ser meio
assustador, porém é uma realidade. Disse ele que quando deixássemos a estrada
da praia e chegássemos à São Paulo – Curitiba, a viagem passaria a ser muito
perigosa porque é a que registra maioria dos acidentes no país, mas que pedia a
Deus para que chegássemos bem ao nosso destino.
Realmente, o que há de desastres nessa estrada é uma coisa assustadora.
Geralmente há caminhões e ônibus envolvidos. Como me disse o Rubens na hora: se
houver passageiros de outros países a bordo, ficarão apavorados, se ainda não
souberem que aquela estrada é mesmo uma “assassina”. Quase todos os dias temos
notícias de tragédias na BR-116, a BR-3 dos tempos da ditadura. Toni Tornado já
cantava: “A gente morre na BR-3”...
A lei brasileira é muito frouxa na punição aos motoristas que não
cumprem a lei e não fazem a manutenção adequada de seus veículos. Assim, uma
simples viagem pelas estradas brasileiras pode ser um risco de morte.
Mas a viagem foi tranqüila e pudemos ver a paisagem e os prédios altos e
compactos de toda a orla paulista, de Santos a Peruíbe, passando por Praia
Grande, Mongaguá e Itanhaém.
Entretanto, não foi uma viagem sem aborrecimentos, porque o ônibus
chegou a Curitiba alguns minutos após a uma hora da madrugada, um atraso de
mais de uma hora!
Uma amiga perguntou-me: “Mas por que não foram de avião, que é tão mais
confortável e rápido?”. Simplesmente porque em Santos não há aeroporto. Não há
voos para Santos. Seria necessário voar de Curitiba a São Paulo, e lá termos o
incômodo de pegar um táxi e irmos até à estação rodoviária (eu detesto andar de
táxi no gigantismo de São Paulo com seus motoristas grande parte irritantes e
irritados) e de lá viajar de ônibus para Santos. Não e não. Apesar dos pesares,
a viagem melhor é a direta de ônibus entre Curitiba e Santos.
Francisco Souto Neto no Natal de 2024.
E agora, em Curitiba, vou tratar de curar a minha gripe que em 26/12/2024 está em fase de expectoração, e aguardar pelo réveillon.
-o-