quinta-feira, 27 de abril de 2017

ZERMATT e MATTERHORN por FRANCISCO SOUTO NETO para o PORTAL IZA ZILLI.

Zermatt ao entardecer, com Matterhorn (à esquerda) ao fundo.

PORTAL IZA ZILLI
- O maior portal de comunicação social do Paraná -
 
Iza Zilli

Comendador Francisco Souto Neto

Zermatt e Matterhorn
Francisco Souto Neto

A estação de inverno de Zermatt, na Suíça, situa-se quase aos pés do Matterhorn, um pico com 4.478 metros de altura, que tem sido a meca dos alpinistas de todo o mundo.
O cume do Matterhorn marca a fronteira da Suíça e da Itália, o que equivale a dizer que a montanha pertence metade à Suíça, metade à Itália. No lado italiano tem o nome de Monte Cervino. Porém, é no lado suíço que se avista seu ângulo mais famoso, conhecido em todo mundo até como embalagem de chocolate.

Particularidades de Zermatt

O esqui pode ser praticado durante todo o ano nos arredores de Zermatt, mas no auge da primavera e verão o lugar é também ótimo para caminhadas através de trilhas muito bem sinalizadas, acessíveis a todas as idades.
Chegamos a Zermatt num mês de primavera, viajando a bordo do Glacier Express, um trem com janelas panorâmicas no teto, que permitem aos passageiros apreciar a paisagem como um todo, incluindo o topo nevado das montanhas.
Na cidade não circulam carros convencionais, que são ali proibidos. São permitidos somente carros elétricos, uns veículos minúsculos, lentos e silenciosos. Chegando à estação ferroviária, encontramos uma parede repleta de telefones particulares, ligados individualmente a cada um dos diversos hotéis da cidade. Tínhamos feito reserva, quando ainda no Brasil, para uma estada de cinco dias no Hotel Dom. Seguindo instruções do próprio hotel, logo encontramos o telefone pertencente ao mesmo, e liguei informando da nossa chegada. Em poucos minutos o carro elétrico do hotel foi buscar-nos na estação ferroviária, e logo depois nos instalávamos num dos apartamentos com a sacada voltada para o Matterhorn.

FOTO 01 – Francisco Souto Neto em Zermatt. Ao fundo, o Matterhorn.

FOTO 02 – Em Zermatt os automóveis comuns são proibidos. Circulam apenas pequenos veículos elétricos, como o ônibus que vai passando enquanto Francisco Souto Neto posa para a câmera.

FOTO 03 – Rubens Faria Gonçalves andando pela principal rua de Zermatt.

 
FOTO 04 – Hotel Dom, onde nos hospedamos. A seta indica Francisco Souto Neto na sacada do seu apartamento.

 
FOTO 05 – Casas típicas de Zermatt.

 
FOTO 6 – Ao fundo, a principal igreja da cidade.

 
FOTO 07 – Zermatt com o Matterhorn ao fundo.

Em Zermatt há trens de cremalheira e teleféricos que levam a vários pontos acima da cidade, um dos quais Gornergrat, onde há um observatório astronômico ao lado de um complexo de restaurantes e lanchonetes, um lugar nevado mesmo no auge do verão, donde se tem uma das mais belas vistas do Matterhorn. Outro passeio interessante é ao pico Sunnegga, alcançado através de um metrô, o segundo metrô alpino que foi construído na Suíça, denominado, muito apropriadamente, “Metrô Sunnegga”. Em questão de minutos, o trem sobe em plano inclinado dentro de um túnel e em grande velocidade até ao topo da montanha, de onde é possível retornar a Zermatt através duma trilha que passa por florestas de coníferas alpinas e lagos azuis que refletem as montanhas circundantes, dentre as quais o próprio Matterhorn, que é a chamada “montanha da casa”.

FOTO 08 – Viajando de trem do centro de Zermatt até ao Observatório Gornergrat, donde se tem uma visão privilegiada do Matterhorn.

FOTO 09 – Chegando ao Observatório Gornergrat.

 
FOTO 10 – A linda capela de Gornergrat.

 
FOTO 11 – O Matterhorn às costas de Francisco Souto Neto.

 
FOTO 12 – Rubens Faria Gonçalves com o Matterhorn ao fundo.

 
FOTO 13 – A subida a pé ao topo de Gornergrat, com o observatório atrás.

FOTO 14 – Na parte mais alta da montanha.

FOTO 15 – Na parte mais alta da montanha.

 
FOTO 16 – Na parte mais alta da montanha. Apesar da neve, fazia pouco frio.

FOTO 17 – No dia seguinte, passeio de dia inteiro pelas trilhas ao redor de Zermatt, com a cidade ao fundo.

FOTO 18 – Noutro dia ainda, Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves tomam o metrô alpino Sunnega e vão a outra alta montanha para conhecerem os lagos existentes naquelas alturas.

FOTO 19 – Souto e Rubens ao redor dos altos lagos alpinos.

FOTO 20 – Descida a pé pelas trilhas até Zermatt. Esta fotografia consta do livro VOZES DO PARANÁ Volume 9 (2017), de Aroldo Murá, no capítulo com os traços biográficos de Francisco Souto Neto.

 
FOTO 21 – Noutro dia, dos muitos passados em Zermatt, Rubens e Souto Neto tomam um funicular rumo a Monte Furi.

FOTO 22 – Em Furi, donde de avista Zermatt muito abaixo.

FOTO 22 a – Francisco Souto Neto em Furi, com Zermatt centenas de metros abaixo. O Matterhorn estava completamente encoberto por nuvens ao fundo.

 
FOTO 23 – Francisco Souto Neto no hall do Hotel Dom, com móveis muito parecidos com os da sua casa.

FOTO 24 – Francisco Souto Neto no hall do Hotel Dom, com móveis muito parecidos com os da sua casa.

FOTO 25 – Rubens Faria Gonçalves nos salões do Hotel Dom.

 
FOTO 26 – Souto no hall de entrada do Hotel Dom.

FOTO 27 – No apartamento do Hotel Dom.

FOTO 28 – Escrivaninha no apartamento do Hotel Dom.

 
FOTO 29 – Em passeio por Zermatt, casas típicas.

 
FOTO 30 – A mãe observa a filha trabalhando na horta. O crucifixo ao lado do portão é comum nessa região da Suíça, tanto quanto na Áustria.

Embora estivéssemos no começo da primavera e fizesse algum calor, na nossa última noite em Zermatt a temperatura deu uma grande guinada, e amanheceu nevando pesadamente. Isto me fez ver que a propaganda da cidade, que dizia “Zermatt – Sun and Snow” (“Sol e Neve”), justificava-se plenamente.

FOTOS 31 e 32 – Vista de nossa sacada, a foto acima mostra o panorama de Zermatt na tarde de 30 de maio. O Matterhorn, localizado bem ao centro da foto (à direita da torre da igreja) quase não aparece porque estava encoberto por um súbito nevoeiro que envolveu a montanha. À noite caiu a temperatura e começou uma nevada que se estendeu pela manhã do dia 31, mudando radicalmente o panorama da cidade, como se vê na foto abaixo. Foi como surgir um inverno em pleno verão.

FOTO 33 – Zermatt sob neve.

 
FOTO 34 – Os jardins do Hotel Dom tomados pela neve súbita.

Matterhorn e morte

Uma visita ao cemitério de Zermatt torna bem evidente que o Matterhorn, mesmo sendo uma das mais belas montanhas do mundo, tem uma história ligada a muitas mortes trágicas. Há dois séculos, desde que os primeiros alpinistas tentaram escalar a referida montanha, já houve centenas de mortes em cruéis acidentes. Muitos desses homens que perderam a vida na montanha, estão enterrados no cemitério de Zermatt. As lápides trazem tristes registros em vários idiomas, como espanhol, alemão, francês e outros, sempre fazendo alusão aos jovens “mortos pelo Matterhorn”: uns na face leste da montanha, outros quando já desciam e foram surpreendidos por uma tempestade, e assim por diante.
Deste modo, a maravilhosa montanha nos leva a uma reflexão sobre a vida e a morte. E a seus pés sucedem-se gerações e gerações de visitantes, uns com o objetivo de conquistá-la, outros com o propósito de contemplá-la de longe, respeitosamente, mas todos sempre movidos pela paixão. A visão da silhueta dessa montanha-rainha não deixa indiferente nem aos mais insensíveis.

FOTO 35 – No cemitério de Zermatt, uma homenagem aos mortos na escalada do Matterhorn.

FOTO 36 – Muitos túmulos daqueles que morreram ao escalar o Matterhorn, de várias nacionalidades, e que agora jazem para sempre no cemitério de Zermatt.

As pessoas que gostam de viajar pela Suíça, na verdade buscam a visão dos seus vales floridos, dos lagos e rios de águas extremamente limpas, e dos cumes nevados das montanhas. Cada uma dessas montanhas tem sempre algo de especial, como o Jungfraujoch (a mais alta de todas), o Niesen, o Rigi, o Eiger, o Monch... Mas nada se compara ao fascínio e diáfana beleza que emanam do Matterhorn.

FOTO 37 – No trem panorâmico Glacier Express, com as paredes de vidro, Francisco Souto Neto ao deixar as neves de Zermatt para trás.

FOTO 38 – No trem panorâmico Glacier Express, Rubens Faria Gonçaves filme em VHS a viagem, e logo o comboio corria pelos verdejantes e floridos vales alpinos, em direção a outra bela cidade da Suíça...

-o-

Nenhum comentário:

Postar um comentário