Zermatt ao entardecer, com
Matterhorn (à esquerda) ao fundo.
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Comendador Francisco
Souto Neto
Zermatt e Matterhorn
Francisco Souto Neto
A estação de inverno de Zermatt, na Suíça,
situa-se quase aos pés do Matterhorn, um pico com 4.478 metros de
altura, que tem sido a meca dos alpinistas de todo o mundo.
O cume do Matterhorn marca a fronteira da
Suíça e da Itália, o que equivale a dizer que a montanha pertence metade à
Suíça, metade à Itália. No lado italiano tem o nome de Monte Cervino. Porém, é
no lado suíço que se avista seu ângulo mais famoso, conhecido em todo mundo até
como embalagem de chocolate.
Particularidades de Zermatt
O esqui pode ser praticado durante todo o ano
nos arredores de Zermatt, mas no auge da primavera e verão o lugar é também
ótimo para caminhadas através de trilhas muito bem sinalizadas, acessíveis a
todas as idades.
Chegamos a Zermatt num mês de primavera,
viajando a bordo do Glacier Express, um trem com janelas panorâmicas no teto,
que permitem aos passageiros apreciar a paisagem como um todo, incluindo o topo
nevado das montanhas.
Na cidade não circulam carros convencionais,
que são ali proibidos. São permitidos somente carros elétricos, uns veículos
minúsculos, lentos e silenciosos. Chegando à estação ferroviária, encontramos
uma parede repleta de telefones particulares, ligados individualmente a cada um
dos diversos hotéis da cidade. Tínhamos feito reserva, quando ainda no Brasil,
para uma estada de cinco dias no Hotel Dom. Seguindo instruções do próprio
hotel, logo encontramos o telefone pertencente ao mesmo, e liguei informando da
nossa chegada. Em poucos minutos o carro elétrico do hotel foi buscar-nos na
estação ferroviária, e logo depois nos instalávamos num dos apartamentos com a
sacada voltada para o Matterhorn.
FOTO 01 – Francisco Souto Neto em
Zermatt. Ao fundo, o Matterhorn.
FOTO 02 – Em Zermatt os automóveis
comuns são proibidos. Circulam apenas pequenos veículos elétricos, como o
ônibus que vai passando enquanto Francisco Souto Neto posa para a câmera.
FOTO 03 – Rubens Faria Gonçalves
andando pela principal rua de Zermatt.
FOTO 04 – Hotel Dom, onde nos
hospedamos. A seta indica Francisco Souto Neto na sacada do seu apartamento.
FOTO 05 – Casas típicas de Zermatt.
FOTO 6 – Ao fundo, a principal
igreja da cidade.
FOTO 07 – Zermatt com o Matterhorn
ao fundo.
Em Zermatt há trens de cremalheira e
teleféricos que levam a vários pontos acima da cidade, um dos quais Gornergrat,
onde há um observatório astronômico ao lado de um complexo de restaurantes e
lanchonetes, um lugar nevado mesmo no auge do verão, donde se tem uma das mais
belas vistas do Matterhorn. Outro passeio interessante é ao pico Sunnegga,
alcançado através de um metrô, o segundo metrô alpino que foi construído na
Suíça, denominado, muito apropriadamente, “Metrô Sunnegga”. Em questão de
minutos, o trem sobe em plano inclinado dentro de um túnel e em grande
velocidade até ao topo da montanha, de onde é possível retornar a Zermatt
através duma trilha que passa por florestas de coníferas alpinas e lagos azuis
que refletem as montanhas circundantes, dentre as quais o próprio Matterhorn,
que é a chamada “montanha da casa”.
FOTO 08 – Viajando de trem do centro
de Zermatt até ao Observatório Gornergrat, donde se tem uma visão privilegiada
do Matterhorn.
FOTO 09 – Chegando ao Observatório
Gornergrat.
FOTO 10 – A linda capela de
Gornergrat.
FOTO 11 – O Matterhorn às costas de
Francisco Souto Neto.
FOTO 12 – Rubens Faria Gonçalves com
o Matterhorn ao fundo.
FOTO 13 – A subida a pé ao topo de
Gornergrat, com o observatório atrás.
FOTO 14 – Na parte mais alta da montanha.
FOTO 15 – Na parte mais alta da montanha.
FOTO 16 – Na parte mais alta da montanha.
Apesar da neve, fazia pouco frio.
FOTO 17 – No dia seguinte, passeio de
dia inteiro pelas trilhas ao redor de Zermatt, com a cidade ao fundo.
FOTO 18 – Noutro dia ainda,
Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves tomam o metrô alpino Sunnega e
vão a outra alta montanha para conhecerem os lagos existentes naquelas alturas.
FOTO 20 – Descida a pé pelas trilhas
até Zermatt. Esta fotografia consta do livro VOZES DO PARANÁ Volume 9 (2017),
de Aroldo Murá, no capítulo com os traços biográficos de Francisco Souto Neto.
FOTO 21 – Noutro dia, dos muitos
passados em Zermatt, Rubens e Souto Neto tomam um funicular rumo a Monte Furi.
FOTO 22 – Em Furi, donde de avista
Zermatt muito abaixo.
FOTO 22 a – Francisco Souto Neto em
Furi, com Zermatt centenas de metros abaixo. O Matterhorn estava completamente encoberto
por nuvens ao fundo.
FOTO 23 – Francisco Souto Neto no
hall do Hotel Dom, com móveis muito parecidos com os da sua casa.
FOTO 24 – Francisco Souto Neto no
hall do Hotel Dom, com móveis muito parecidos com os da sua casa.
FOTO 26 – Souto no hall de entrada
do Hotel Dom.
FOTO 27 – No apartamento do Hotel
Dom.
FOTO 28 – Escrivaninha no
apartamento do Hotel Dom.
FOTO 29 – Em passeio por Zermatt,
casas típicas.
FOTO 30 – A mãe observa a filha
trabalhando na horta. O crucifixo ao lado do portão é comum nessa região da
Suíça, tanto quanto na Áustria.
Embora estivéssemos no começo da primavera e
fizesse algum calor, na nossa última noite em Zermatt a temperatura deu uma
grande guinada, e amanheceu nevando pesadamente. Isto me fez ver que a
propaganda da cidade, que dizia “Zermatt – Sun and Snow” (“Sol e Neve”),
justificava-se plenamente.
FOTOS 31 e 32 – Vista de nossa
sacada, a foto acima mostra o panorama de Zermatt na tarde de 30 de maio. O
Matterhorn, localizado bem ao centro da foto (à direita da torre da igreja)
quase não aparece porque estava encoberto por um súbito nevoeiro que envolveu a
montanha. À noite caiu a temperatura e começou uma nevada que se estendeu pela
manhã do dia 31, mudando radicalmente o panorama da cidade, como se vê na foto
abaixo. Foi como surgir um inverno em pleno verão.
FOTO 34 – Os jardins do Hotel Dom
tomados pela neve súbita.
Matterhorn e morte
Uma visita ao cemitério de Zermatt torna bem
evidente que o Matterhorn, mesmo sendo uma das mais belas montanhas do mundo,
tem uma história ligada a muitas mortes trágicas. Há dois séculos, desde que os
primeiros alpinistas tentaram escalar a referida montanha, já houve centenas de
mortes em cruéis acidentes. Muitos desses homens que perderam a vida na
montanha, estão enterrados no cemitério de Zermatt. As lápides trazem tristes
registros em vários idiomas, como espanhol, alemão, francês e outros, sempre
fazendo alusão aos jovens “mortos pelo Matterhorn”: uns na
face leste da montanha, outros quando já desciam e foram surpreendidos por uma
tempestade, e assim por diante.
Deste modo, a maravilhosa montanha nos leva a
uma reflexão sobre a vida e a morte. E a seus pés sucedem-se gerações e
gerações de visitantes, uns com o objetivo de conquistá-la, outros com o
propósito de contemplá-la de longe, respeitosamente, mas todos sempre movidos
pela paixão. A visão da silhueta dessa montanha-rainha não deixa indiferente
nem aos mais insensíveis.
FOTO 36 – Muitos túmulos daqueles
que morreram ao escalar o Matterhorn, de várias nacionalidades, e que agora
jazem para sempre no cemitério de Zermatt.
As pessoas que gostam de viajar pela Suíça, na
verdade buscam a visão dos seus vales floridos, dos lagos e rios de águas
extremamente limpas, e dos cumes nevados das montanhas. Cada uma dessas
montanhas tem sempre algo de especial, como o Jungfraujoch (a mais alta de
todas), o Niesen, o Rigi, o Eiger, o Monch... Mas nada se compara ao fascínio e
diáfana beleza que emanam do Matterhorn.
FOTO 37 – No trem panorâmico Glacier
Express, com as paredes de vidro, Francisco Souto Neto ao deixar as neves de
Zermatt para trás.
FOTO 38 – No trem panorâmico Glacier
Express, Rubens Faria Gonçaves filme em VHS a viagem, e logo o comboio corria
pelos verdejantes e floridos vales alpinos, em direção a outra bela cidade da
Suíça...
-o-
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